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Tecnologia criada na UFV auxilia na recuperação ambiental do RS após enchentes; processo inclui resgate de DNA da vegetação nativa e plantio de 6 mil árvores

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Tecnologia criada na UFV auxilia na recuperação ambiental do RS após enchentes; processo inclui resgate de DNA da vegetação nativa e plantio de 6 mil árvores
Objetivo é acelerar a recuperação ambiental das margens dos rios em até 10 anos, segundo pesquisador. A técnica já contribuiu também para o reflorestamento da região de Brumadinho, após a tragédia em 2019. Mais de seis mil mudas de 30 espécies florestais nativas, dos biomas Pampa e Mata Atlântica, vão ser plantadas no projeto da UFV no Rio Grande do Sul
Glêison dos Santos
As enchentes no Rio Grande do Sul devastaram boa parte do estado no ano passado e ainda deixam cicatrizes, inclusive no ecossistema. Flora e fauna das margens dos rios foram afetadas pelo efeito dos vários dias dos alagamentos e também pelo arraste de solo e plantas nas enchentes.
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Umas das tecnologias que visa acelerar a reconstrução gaúcha foi criada na Universidade Federal de Viçosa (UFV), há mais de 1.800 quilômetros de distância do RS, e pretende acelerar a proteção das margens do rio. Trara-se do Projeto Reflora-RS, que prevê a recuperação da vegetação nativa como forma de recuperação e prevenção contra possíveis novas tragédias naturais.
Seis mil mudas serão plantadas pelo Projeto Reflora
O projeto, criado pelos pesquisadores da universidade mineira em 2020, combina duas tecnologias desenvolvidas pela UFV: o resgate de DNA e a indução ultraprecoce do florescimento de espécies nativas.
O objetivo, segundo o professor do Departamento de Engenharia Florestal (DEF) Glêison dos Santos, é usar a tecnologia de resgate de DNA de espécies nativas para acelerar a recuperação ambiental das margens dos rios do estado do Rio Grande do Sul em até 10 anos.
“A tecnologia permite o florescimento precoce das principais espécies atingidas pelas enchentes de forma mais rápida.Com isso são produzidas mais sementes em menor tempo”.
Árvores no RS que tiveram o DNA resgatado pelo projeto
Glêison dos Santos
Mais de seis mil mudas de 30 espécies florestais nativas, dos biomas Pampa e Mata Atlântica, vão ser plantadas no estado.
“O desenvolvimento de tecnologias inovadoras com a técnica de Resgate de DNA é fundamental para responder mais rapidamente aos processos de recuperação que são necessários após a ocorrência de desastres naturais. Essas novas tecnologias fazem com que o ambiente se recupere mais rápido e torne-se mais resiliente a fatores adversos do clima e solo”, explica o professor.
A previsão é de que as ações durem três anos, e os principais passos serão: coleta de DNA em campo para as mudas, enxertia, florescimento das plantas e plantio nas regiões atingidas pelas enchentes.
Professor Glêison dos Santos é um dos pesquisadores envolvidos no Projeto Reflora, no Rio Grande do Sul
Glêison dos Santos
Tecnologia também usada na tragédia de Brumadinho
Logo após criação da tecnologia, em 2020, veio a primeira aplicação na recuperação ambiental do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho.
Tecnologia foi aplicada pela Vale, em Brumadinho, após a tragédia ambiental em 2019
Glêison dos Santos
O professor destacou o papel das universidades em gerar valor ambiental e social, a partir das novas tecnologias geradas, transferindo o que foi desenvolvido na academia para a sociedade.
“O projeto de resgate de DNA é um case de sucesso de geração de inovação e transferência de valor para a sociedade e também de parceria universidade e empresas, pois rapidamente várias delas adotaram a nova tecnologia gerada para resolver de forma mais rápida os danos ambientais causados à natureza”.
Também houve aplicações em projetos para a redução dos impactos ambientias, como nas mineradoras mineiras de Conceição do Mato Dentro, Nova Lima e Ouro Branco, e também na Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará.
A tecnologia também é aplicada a diversos biomas, como a Amazônica, Cerrado e Mata Atlântica para ajudar no reflorestamento.
Para alavancar o processo, a tecnologia também será cedida para universidades gaúchas e o Governo do Rio Grande do Sul. Durante a cessão, não haverá cobrança de royalties pelo uso da tecnologia, patenteada pela instituição mineira.
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O projeto tem investimento de cerca de R$ 7,5 milhões, sendo R$ 2,86 milhões da empresa de celulose CMPC, R$ 2,34 milhões da Embrapii Fibras Florestais, vinculada ao Departamento de Engenharia Florestal da UFV, e R$ 2,30 milhões de contrapartida econômica da própria UFV.
Também serão financiadas bolsas para professores e para estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
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