Após recorde de incêndios em 2024, Ribeirão Preto anuncia plano de contingência na estiagem

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Força-tarefa com secretarias municipais e órgãos de segurança buscam antecipar ações preventivas diante do histórico de queimadas. Autoridades criam plano de contingência contra incêndios em Ribeirão Preto
Com o histórico alarmante de queimadas que atingiram Ribeirão Preto (SP) em 2024, a Prefeitura anunciou um plano de contingência para o período de estiagem. A medida, em fase de implementação, envolve secretarias municipais, além de órgãos como a Guarda Civil Metropolitana (GCM), Saerp, RP Mobi, Corpo de Bombeiros, polícias rodoviárias e demais forças de segurança.
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“É um trabalho em conjunto para termos ações preventivas e até mesmo ações de reparação, caso alguma coisa aconteça”, afirma o comandante da GCM, Edson Ferreira da Silva.
Em 2024, a região enfrentou mais de 100 dias consecutivos sem chuva. A estiagem severa transformou a paisagem e encobriu o céu com fumaça, agravando as condições do ar. Durante esse período, o Governo de São Paulo montou um gabinete de crise e instalou um posto avançado de combate às queimadas em Ribeirão Preto, reforçando a gravidade da situação.
“Esses trabalhos estão sendo feitos por conta de experiências anteriores. Esse plano de contingência é exatamente para isso. É um plano de ações preventivas para que não mais passemos por momentos como tivemos em experiências passadas”, reforça o comandante.
Na época, um incêndio transformou a rotina de moradores de um condomínio na zona Sul da cidade. Eles precisaram deixar suas casas após o fogo se alastrar pela área e se aproximar das residências.
Extensas áreas de preservação também foram devastadas. A Estação Ecológica Jataí, maior reserva de cerrado do estado de São Paulo, teve 73% da sua área destruída pelo fogo. Dos 11 mil hectares, oito mil foram consumidos pelas chamas.
Moradores evacuam condomínio em Ribeirão Preto após incêndio atingir casas
Reprodução/Redes Sociais
Foco na prevenção e combate a incêndios
Com patrulhamentos intensificados nas áreas rurais e ações de orientação à população, o plano quer coibir práticas criminosas e garantir respostas rápidas. A ideia também é criar canais de comunicação diretos entre os órgãos responsáveis.
“As ações preventivas são patrulhas, fazendo visita a essas áreas rurais, áreas vulneráveis nessa estiagem. (...) São orientações aos nossos patrulheiros fazer prevenção de orientação e ficar atento a algum ato criminoso que possa acontecer.”
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Além das estratégias operacionais, há reforço no alerta sobre a legislação: provocar incêndios em matas é crime, e a população pode colaborar denunciando.
“Atear fogos em mata é crime. Observou algo em atitude suspeita e estranha, entra em contato pelo 193, 192, 190 e todos os serviços de emergência para que seja acionado, e a gente vai imediatamente no local.”
Cuidados redobrados
Para o professor Marcelo Pereira de Souza, da USP, a principal arma contra o fogo é a antecipação. Cortar o capim seco, fazer aceiros e treinar equipes são passos decisivos.
“O mais importante de todo esse processo é acabar com o combustível, é fazer aceiro, é cortar o capim. As concessionárias, as fazendas, os donos de terrenos aqui em Ribeirão Preto precisam acabar com esse combustível."
Ele destaca ainda os impactos à saúde e ao meio ambiente. “Uma queimada de grandes proporções não tem vencedores, só tem vencidos. (...) Temos a perda de biodiversidade, muito carbono na atmosfera faz com que a gente tenha ainda um aumento desse efeito de gás estufa, o que é muito prejudicial a tudo.”
Incêndio em plantação na região de Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/EPTV
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Com o histórico alarmante de queimadas que atingiram Ribeirão Preto (SP) em 2024, a Prefeitura anunciou um plano de contingência para o período de estiagem. A medida, em fase de implementação, envolve secretarias municipais, além de órgãos como a Guarda Civil Metropolitana (GCM), Saerp, RP Mobi, Corpo de Bombeiros, polícias rodoviárias e demais forças de segurança.
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“É um trabalho em conjunto para termos ações preventivas e até mesmo ações de reparação, caso alguma coisa aconteça”, afirma o comandante da GCM, Edson Ferreira da Silva.
Em 2024, a região enfrentou mais de 100 dias consecutivos sem chuva. A estiagem severa transformou a paisagem e encobriu o céu com fumaça, agravando as condições do ar. Durante esse período, o Governo de São Paulo montou um gabinete de crise e instalou um posto avançado de combate às queimadas em Ribeirão Preto, reforçando a gravidade da situação.
“Esses trabalhos estão sendo feitos por conta de experiências anteriores. Esse plano de contingência é exatamente para isso. É um plano de ações preventivas para que não mais passemos por momentos como tivemos em experiências passadas”, reforça o comandante.
Na época, um incêndio transformou a rotina de moradores de um condomínio na zona Sul da cidade. Eles precisaram deixar suas casas após o fogo se alastrar pela área e se aproximar das residências.
Extensas áreas de preservação também foram devastadas. A Estação Ecológica Jataí, maior reserva de cerrado do estado de São Paulo, teve 73% da sua área destruída pelo fogo. Dos 11 mil hectares, oito mil foram consumidos pelas chamas.
Moradores evacuam condomínio em Ribeirão Preto após incêndio atingir casas
Reprodução/Redes Sociais
Foco na prevenção e combate a incêndios
Com patrulhamentos intensificados nas áreas rurais e ações de orientação à população, o plano quer coibir práticas criminosas e garantir respostas rápidas. A ideia também é criar canais de comunicação diretos entre os órgãos responsáveis.
“As ações preventivas são patrulhas, fazendo visita a essas áreas rurais, áreas vulneráveis nessa estiagem. (...) São orientações aos nossos patrulheiros fazer prevenção de orientação e ficar atento a algum ato criminoso que possa acontecer.”
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“Atear fogos em mata é crime. Observou algo em atitude suspeita e estranha, entra em contato pelo 193, 192, 190 e todos os serviços de emergência para que seja acionado, e a gente vai imediatamente no local.”
Cuidados redobrados
Para o professor Marcelo Pereira de Souza, da USP, a principal arma contra o fogo é a antecipação. Cortar o capim seco, fazer aceiros e treinar equipes são passos decisivos.
“O mais importante de todo esse processo é acabar com o combustível, é fazer aceiro, é cortar o capim. As concessionárias, as fazendas, os donos de terrenos aqui em Ribeirão Preto precisam acabar com esse combustível."
Ele destaca ainda os impactos à saúde e ao meio ambiente. “Uma queimada de grandes proporções não tem vencedores, só tem vencidos. (...) Temos a perda de biodiversidade, muito carbono na atmosfera faz com que a gente tenha ainda um aumento desse efeito de gás estufa, o que é muito prejudicial a tudo.”
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