De projeto a instituto: iniciativa na Chapada dos Veadeiros atua há 15 anos para evitar extinção do pato-mergulhão

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Com menos de 250 indivíduos na natureza, espécie símbolo das águas limpas brasileiras é protegida por uma rede de pesquisadores e ações de educação ambiental. Pato-mergulhão fotografado no PARNA Chapada dos Veadeiros (GO)
Andre Dib/Acervo do Instituto Pato-mergulhão
Considerado um dos patos mais raros do mundo, o pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) sobrevive hoje em poucos refúgios no Brasil, como os Parques Nacionais da Serra da Canastra (MG), Chapada dos Veadeiros (GO) e a Estação Ecológica Serra Geral (TO).
Com uma estimativa populacional de apenas 70 a 90 indivíduos adultos na região da Chapada, o trabalho de conservação ajuda a proteger outros animais da região, uma vez que o pato-mergulhão é considerado uma espécie guarda-chuva.
Diante desse desafio, o Instituto Pato-mergulhão tem liderado uma série de iniciativas de monitoramento, reprodução e educação ambiental com foco na proteção da ave e de seu habitat. O esforço já soma 15 anos de atuação no território goiano e recentemente ganhou força com novos apoiadores e parcerias.
Um dos principais projetos em andamento é o "Mergus Para Sempre: Evitando a extinção do pato-mergulhão na Chapada dos Veadeiros", que conta com o apoio da BluestOne Brasil. A iniciativa promove o monitoramento da espécie, coleta de ovos e ações com moradores da região.
Família de patos-mergulhões fotografada no PARNA Chapada dos Veadeiros
Andre Dib / Acervo do Instituto Pato-mergulhão
No projeto "Mergus Para Sempre: Pato-Água-Gente", financiado pelo CEPF Cerrado e pelo governo do Canadá, o foco é sensibilizar comunidades e proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) sobre os benefícios sociais, econômicos e ambientais da preservação dos ecossistemas locais. A proposta também visa difundir Soluções baseadas na Natureza (SbN) como ferramenta para a tomada de decisões em políticas públicas.
Além disso, uma parceria com a Log Nature garante suporte com equipamentos para as expedições de campo realizadas pela equipe técnica.
Ameaças e estratégias de sobrevivência
Entre as principais ameaças ao pato-mergulhão estão a perda de habitat por desmatamento, a contaminação das águas por agrotóxicos, a poluição e a implantação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) - que alteram o fluxo dos rios cristalinos onde a espécie vive.
Outro risco importante é a fragmentação dos habitats, que reduz a variabilidade genética dos indivíduos e aumenta sua vulnerabilidade a doenças e mudanças ambientais. Para tentar reverter esse quadro, está em andamento a criação de um Programa de Cativeiro, com foco em futuras ações de reintrodução da espécie em áreas seguras.
Espécie guarda-chuva é sensível a perturbações no ambiente
Andre Dib / Acervo do Instituto Pato-mergulhão
Educação ambiental como aliada
Um dos pilares da atuação do Instituto Pato-mergulhão é a Educomunicação Socioambiental, conceito que une educação e comunicação para engajar comunidades locais na conservação. A proposta é oferecer meios para que a própria sociedade possa produzir conteúdos e disseminar informações sobre a proteção do pato-mergulhão e de seus habitats.
“A conservação do pato-mergulhão depende de esforços integrados que conciliem proteção ao meio ambiente, pesquisa científica, açõe sintegradas de manejo e educação ambiental, de forma a garantir a manutenção dos ecossistemas aquáticos e a sobrevivência desta espécie”, afirma Gislaine Disconzi,
Do projeto ao instituto
Com uma equipe multidisciplinar formada por biólogos, hidrogeólogos, comunicadores, guias de turismo, especialistas em segurança, escalada e rafting, o projeto cresceu, ganhou corpo e se tornou um instituto. A profissionalização foi um passo importante para ampliar o alcance e garantir a sustentabilidade das ações no longo prazo.
Apesar dos esforços, o futuro do pato-mergulhão ainda é incerto. A tendência populacional da espécie é de declínio, principalmente por conta das ameaças aos recursos hídricos e à conectividade dos habitats. No entanto, o trabalho integrado de conservação, educação e ciência dá sinais de esperança.
VÍDEOS: Destaques Terra da Gente
Veja mais conteúdos sobre a natureza no Terra da Gente
Andre Dib/Acervo do Instituto Pato-mergulhão
Considerado um dos patos mais raros do mundo, o pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) sobrevive hoje em poucos refúgios no Brasil, como os Parques Nacionais da Serra da Canastra (MG), Chapada dos Veadeiros (GO) e a Estação Ecológica Serra Geral (TO).
Com uma estimativa populacional de apenas 70 a 90 indivíduos adultos na região da Chapada, o trabalho de conservação ajuda a proteger outros animais da região, uma vez que o pato-mergulhão é considerado uma espécie guarda-chuva.
Diante desse desafio, o Instituto Pato-mergulhão tem liderado uma série de iniciativas de monitoramento, reprodução e educação ambiental com foco na proteção da ave e de seu habitat. O esforço já soma 15 anos de atuação no território goiano e recentemente ganhou força com novos apoiadores e parcerias.
Um dos principais projetos em andamento é o "Mergus Para Sempre: Evitando a extinção do pato-mergulhão na Chapada dos Veadeiros", que conta com o apoio da BluestOne Brasil. A iniciativa promove o monitoramento da espécie, coleta de ovos e ações com moradores da região.
Família de patos-mergulhões fotografada no PARNA Chapada dos Veadeiros
Andre Dib / Acervo do Instituto Pato-mergulhão
No projeto "Mergus Para Sempre: Pato-Água-Gente", financiado pelo CEPF Cerrado e pelo governo do Canadá, o foco é sensibilizar comunidades e proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) sobre os benefícios sociais, econômicos e ambientais da preservação dos ecossistemas locais. A proposta também visa difundir Soluções baseadas na Natureza (SbN) como ferramenta para a tomada de decisões em políticas públicas.
Além disso, uma parceria com a Log Nature garante suporte com equipamentos para as expedições de campo realizadas pela equipe técnica.
Ameaças e estratégias de sobrevivência
Entre as principais ameaças ao pato-mergulhão estão a perda de habitat por desmatamento, a contaminação das águas por agrotóxicos, a poluição e a implantação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) - que alteram o fluxo dos rios cristalinos onde a espécie vive.
Outro risco importante é a fragmentação dos habitats, que reduz a variabilidade genética dos indivíduos e aumenta sua vulnerabilidade a doenças e mudanças ambientais. Para tentar reverter esse quadro, está em andamento a criação de um Programa de Cativeiro, com foco em futuras ações de reintrodução da espécie em áreas seguras.
Espécie guarda-chuva é sensível a perturbações no ambiente
Andre Dib / Acervo do Instituto Pato-mergulhão
Educação ambiental como aliada
Um dos pilares da atuação do Instituto Pato-mergulhão é a Educomunicação Socioambiental, conceito que une educação e comunicação para engajar comunidades locais na conservação. A proposta é oferecer meios para que a própria sociedade possa produzir conteúdos e disseminar informações sobre a proteção do pato-mergulhão e de seus habitats.
“A conservação do pato-mergulhão depende de esforços integrados que conciliem proteção ao meio ambiente, pesquisa científica, açõe sintegradas de manejo e educação ambiental, de forma a garantir a manutenção dos ecossistemas aquáticos e a sobrevivência desta espécie”, afirma Gislaine Disconzi,
Do projeto ao instituto
Com uma equipe multidisciplinar formada por biólogos, hidrogeólogos, comunicadores, guias de turismo, especialistas em segurança, escalada e rafting, o projeto cresceu, ganhou corpo e se tornou um instituto. A profissionalização foi um passo importante para ampliar o alcance e garantir a sustentabilidade das ações no longo prazo.
Apesar dos esforços, o futuro do pato-mergulhão ainda é incerto. A tendência populacional da espécie é de declínio, principalmente por conta das ameaças aos recursos hídricos e à conectividade dos habitats. No entanto, o trabalho integrado de conservação, educação e ciência dá sinais de esperança.
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