Novas regras de Milei: brasileiros que moram na Argentina dizem que preocupação é 'inevitável'

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Para universitária de Brasília, medida vai desestimular ainda mais ida de alunos; 'Muitos já estão preferindo o Paraguai'. Jornalista em processo de obter residência permanente teme impactos na regularização dos documentos. Javier Milei, presidente da Argentina
Pablo Porciuncula/AFP
O governo de Javier Milei, da Argentina, anunciou nesta quarta-feira (14) mudanças nas regras de migração e cobrança por serviços públicos, como saúde e educação, para estrangeiros que vivem no país. As novas regras devem ser formalizadas por meio de decreto.
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O jornalista Eduardo Moura, de Brasília, vive em Buenos Aires há cerca de dois meses e está em processo de obtenção da residência temporária (saiba mais abaixo). Segundo ele, a notícia foi recebida com surpresa.
"Sabemos que o governo atual tem um perfil mais rígido, mas o impacto direto sobre quem está tentando se regularizar no país não era esperado", diz.
Para a estudante de medicina Letícia Lopes, que é também é do Distrito Federal, e vive em Buenos Aires há cinco anos, o decreto deve "desestimular ainda mais" a presença de alunos estrangeiros.
"Desde o ano passado, a quantidade de novos estudantes estrangeiros diminuiu. Muitos voltaram ao Brasil ou foram estudar no Paraguai, principalmente os das universidades particulares", diz a universitária.
Letícia não deve ser afetada pela medida porque tem residência permanente na Argentina. As novas regras podem afetar principalmente residentes transitórios, temporários e em situação irregular.
No entanto, Letícia diz que o governo Milei tem direcionado as críticas ao público estrangeiro nas universidades públicas. "Em 2024, o governo Milei escolheu os estrangeiros como alvo do problema de falta de verba", diz a estudante
A brasileira conta que tem colegas que já desistiram do curso por causa do atual contexto.
"Como sou residente permanente, essas medidas não me afetam diretamente, mas alguns alunos se mudaram para o Paraguai. O país vizinho é mais acessível para viver e as universidades particulares são mais baratas", diz Letícia.
'É inevitável uma certa preocupação', diz jornalista que espera documentos para residir na Argentina
Javier Milei muda regras para restringir imigração
O jornalista Eduardo Moura, de 41 anos, se mudou para a capital argentina acompanhando a transferência do marido. Ele entrou com um pedido de residência porque pretende permanecer no país por pelo menos dois anos, mas teme pela própria situação.
"Já protocolei o pedido junto à Migraciones e agora aguardo a validação final, que deve sair em cerca de dois meses. Com as novas regras, é inevitável uma certa preocupação. Ainda não está claro como essas medidas vão impactar os processos em andamento", afirma.
Veja as medidas anunciadas
Nenhum estrangeiro condenado poderá entrar no país, e aqueles que cometerem qualquer crime em território argentino serão deportados, independentemente da pena.
Será exigido o pagamento pelos serviços de saúde para residentes transitórios, temporários e irregulares, e será obrigatória a apresentação de um seguro médico no momento da entrada na Argentina.
Universidades nacionais estão autorizados a estabelecerem uma cobrança para cursos universitários voltados a residentes temporários, caso optem por isso.
A cidadania argentina só será concedida a quem tiver residido de forma contínua no país por pelo menos dois anos ou tenha realizado um investimento relevante para a Argentina.
Para residência permanente, será necessário comprovar meios de subsistência suficientes e ausência de antecedentes criminais.
LEIA TAMBÉM:
DECRETO DE MILEI: como as medidas impactarão os brasileiros que moram na Argentina
VENDA DE SENTENÇAS: PF cumpre mandados contra suspeitos de atrapalhar investigação
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
Pablo Porciuncula/AFP
O governo de Javier Milei, da Argentina, anunciou nesta quarta-feira (14) mudanças nas regras de migração e cobrança por serviços públicos, como saúde e educação, para estrangeiros que vivem no país. As novas regras devem ser formalizadas por meio de decreto.
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O jornalista Eduardo Moura, de Brasília, vive em Buenos Aires há cerca de dois meses e está em processo de obtenção da residência temporária (saiba mais abaixo). Segundo ele, a notícia foi recebida com surpresa.
"Sabemos que o governo atual tem um perfil mais rígido, mas o impacto direto sobre quem está tentando se regularizar no país não era esperado", diz.
Para a estudante de medicina Letícia Lopes, que é também é do Distrito Federal, e vive em Buenos Aires há cinco anos, o decreto deve "desestimular ainda mais" a presença de alunos estrangeiros.
"Desde o ano passado, a quantidade de novos estudantes estrangeiros diminuiu. Muitos voltaram ao Brasil ou foram estudar no Paraguai, principalmente os das universidades particulares", diz a universitária.
Letícia não deve ser afetada pela medida porque tem residência permanente na Argentina. As novas regras podem afetar principalmente residentes transitórios, temporários e em situação irregular.
No entanto, Letícia diz que o governo Milei tem direcionado as críticas ao público estrangeiro nas universidades públicas. "Em 2024, o governo Milei escolheu os estrangeiros como alvo do problema de falta de verba", diz a estudante
A brasileira conta que tem colegas que já desistiram do curso por causa do atual contexto.
"Como sou residente permanente, essas medidas não me afetam diretamente, mas alguns alunos se mudaram para o Paraguai. O país vizinho é mais acessível para viver e as universidades particulares são mais baratas", diz Letícia.
'É inevitável uma certa preocupação', diz jornalista que espera documentos para residir na Argentina
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O jornalista Eduardo Moura, de 41 anos, se mudou para a capital argentina acompanhando a transferência do marido. Ele entrou com um pedido de residência porque pretende permanecer no país por pelo menos dois anos, mas teme pela própria situação.
"Já protocolei o pedido junto à Migraciones e agora aguardo a validação final, que deve sair em cerca de dois meses. Com as novas regras, é inevitável uma certa preocupação. Ainda não está claro como essas medidas vão impactar os processos em andamento", afirma.
Veja as medidas anunciadas
Nenhum estrangeiro condenado poderá entrar no país, e aqueles que cometerem qualquer crime em território argentino serão deportados, independentemente da pena.
Será exigido o pagamento pelos serviços de saúde para residentes transitórios, temporários e irregulares, e será obrigatória a apresentação de um seguro médico no momento da entrada na Argentina.
Universidades nacionais estão autorizados a estabelecerem uma cobrança para cursos universitários voltados a residentes temporários, caso optem por isso.
A cidadania argentina só será concedida a quem tiver residido de forma contínua no país por pelo menos dois anos ou tenha realizado um investimento relevante para a Argentina.
Para residência permanente, será necessário comprovar meios de subsistência suficientes e ausência de antecedentes criminais.
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