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'Milagre estar viva', diz mulher que ficou tetraplégica após acidente em parque aquático no interior de SP

'Milagre estar viva', diz mulher que ficou tetraplégica após acidente em parque aquático no interior de SP
Acidente aconteceu em Artur Nogueira (SP) no dia 1º de março de 2025. Segundo família, parque chegou a custear gastos com transporte da família, mas suspendeu suporte após alta de Denise. Mulher atingida por estrutura de metal em Arthur Nogueira fala pela 1° vez em entrevista
A mulher de 39 anos que ficou tetraplégica após ser atingida por uma estrutura de metal em um parque aquático de Artur Nogueira (SP), em março deste ano, falou pela primeira vez sobre o acidente em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, nesta sexta-feira (13).
Denise da Silva Bezerra foi ferida na cabeça e acabou sofrendo fraturas na coluna. Ficou internada por quase 40 dias e teve alta em 6 de abril. Sem conseguir se mover do pescoço para baixo, ela diz que não se lembra do acidente e ainda não sabe se o quadro será definitivo, mas tem esperança.
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"Eu saí do hospital com quadro de tetraplegia e eles me deram de seis meses a um ano para ver o que eu posso recuperar ou não. Foi muito grave e disseram que era um milagre estar viva".
"Está sendo muito difícil. Um dia você se vê andando, trabalhando, conversando, fazendo tudo o que tem que fazer no seu dia a dia. No outro, você está em cima de uma cama. Está sendo difícil, mas tenho fé, muita fé em Deus, que um dia eu vou voltar", desabafa.
Família viu rotina mudar após acidente
Denise da Silva Bezerra, de 39 anos, ficou tetraplégica após ser atingida por estrutura metálica em parque aquático
Reprodução/EPTV
Desde que deixou o hospital, Denise vive em um quarto adaptado na casa da mãe. Antes do acidente, ela e o marido Jonatan Cardoso haviam comprado uma padaria. Hoje o estabelecimento é administrado por familiares que precisaram deixar o emprego, como relata a irmã.
"Saí do meu emprego, que tinha seis anos, junto com o irmão dele [do marido de Denise], para poder tocar a padaria que eles tinham comprado. Compraram recentemente, com a compra tem seus compromissos, e não poderia parar", conta.
"Nossa rotina mudou tudo, porque ela é uma pessoa acamada hoje, precisa ser alimentada, precisa de banho no leito, remédios. Nossa vida, hoje, é uma rede de apoio para ela. Nossa vida mudou drasticamente", completa a mulher.
Segundo Jonatan, o hospital chegou a arcar com gastos de transporte, como gasolina e pedágio, durante a internação de Denise. Atualmente, tudo é custeado pela família, que precisa dedicar tempo e dinheiro com os cuidados da mulher.
"No momento, agora, só a gente da família que está arcando com tudo. A princípio, na gasolina, pedágio, eles [o parque] até ajudaram no começo. No momento em que descobriram que ela ia ter alta, mandaram uma mensagem falando que, daqui para frente, seria apenas advogado", diz.
A reportagem tentou entrar em contato com o parque aquático para pedir um posicionamento sobre as reclamações da família, mas não teve retorno. A Polícia Civil continua investigando o caso e aguarda o laudo conclusivo para apurar as responsabilidades do acidente.
O acidente
Mulher perde movimento de braços e pernas após ser atingida na cabeça por estrutura metálica de parque aquático
Reprodução EPTV
Denise estava na piscina do parque aquático, no bairro Sítio São João, quando foi atingida pela estrutura que servia de suporte para um banner. Com o impacto, a mulher perdeu a consciência e caiu na piscina.
O marido mergulhou para resgatá-la e os brigadistas fizeram os primeiros socorros. "Ela não viu. Veio um vento forte que empurrou a estrutura, caiu na piscina e acertou em cheio a cabeça dela", afirmou Jonatan em entrevista na época.
Denise foi encaminhada ao Pronto Socorro (PS) de Artur Nogueira e depois ao HC da Unicamp. A Polícia Civil foi ao local e fez a perícia técnica. O caso foi registrado como lesão corporal na delegacia de Artur Nogueira.
O que diz o parque aquático
Logo após o acidente, o parque aquático Green Camp informou que a estrutura metálica que atingiu Denise era alugada, montada por uma empresa terceirizada, e que se desprendeu por conta do vento.
À época, também afirmou que lamentava o acidente e que prestava a a assistência necessária. Segundo os familiares, atualmente, o parque não oferece mais nenhum suporte.
A produção da EPTV tentou localizar o parque para pedir um novo posicionamento, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.
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