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Com quase 90% de áreas impactadas, Acre lidera desmatamento ao redor de sítios arqueológicos

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Com quase 90% de áreas impactadas, Acre lidera desmatamento ao redor de sítios arqueológicos
Dados, que compreendem período entre 1985 a 2023, são do projeto MapBiomas, que disponibilizou, de forma inédita, as informações dos quase 28 mil sítios arqueológicos cadastrados e georreferenciados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Cresce o desmatamento ao redor de sítios arqueológicos no Acre
Divulgação Iphan
? Dados do projeto MapBiomas, que disponibilizou, de forma inédita, informações dos quase 28 mil sítios arqueológicos cadastrados e georreferenciados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mostram que o Acre lidera o desmatamento ao redor de sítios arqueológicos, com quase 90% de áreas impactadas.
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⚠️ Uma análise das mudanças na cobertura e uso da terra nas últimas décadas no entorno de sítios arqueológicos do país mostra perdas significativas das áreas de vegetação nativa em todo o país. Nesse cenário, o Acre é o estado com maior percentual de áreas impactadas pela mudança do uso da terra ao redor dos sítios, seguido por Rio de Janeiro e Espírito Santo, com mais de 75%.
O cenário local mostra ainda que a área de vegetação nativa diminuiu de 70% para 10% no intervalo durante os quase 40 anos de análise, de acordo com o levantamento do MapBiomas.
A Amazônia apresentou o maior aumento proporcional de áreas com perda de vegetação nativa no entorno, passando de 19% para 47,5% no mesmo período.
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Em 1985, mais da metade da área no entorno de 100 metros dos sítios eram de florestas, savanas e campos naturais, e 41,7% sofreram alterações na vegetação original.
Quase 40 anos depois, em 2023, o cenário se inverteu: apenas 41,5% continuam rodeados por áreas de vegetação nativa e quase 50% se encontram em áreas já desmatadas e ocupadas, por exemplo, por pastagens, agricultura e áreas urbanas.
Riscos
Eduardo Neves, arqueólogo da Universidade de São Paulo (USP), que colaborou com os dados divulgados pelo projeto MapBiomas, afirma que o desmatamento das áreas no entorno desses sítios coloca em risco a preservação desses locais.
"Isso quer dizer que os sítios que eram recobertos por florestas anteriormente, hoje em dia são em áreas desmatadas. Esse desmatamento, dependendo da escala, da mudança de uso da terra, pode trazer consequências muito ruins para os sítios. Pode levar até à destruição desses sítios. E a destruição do Patrimônio Arqueológico é irreversível", explicou ele.
O arqueólogo ainda disse que se o sítio for destruído, não é possível que seja reconstruído. "É um patrimônio que é o único. Por isso que a gente tem que tomar bastante cuidado para entender a dimensão desses impactos", frisou.
Segundo Eduardo, essas mudanças no Acre se devem à transformação das áreas de floresta em áreas de pastagem e de agricultura para plantio de soja.
"Esses sítios arqueológicos no Acre são sítios muito interessantes, porque são estruturas geométricas, de geoglifos. As escavadas na terra é um patrimônio único que a gente encontra nessa parte da Amazônia e que tem sido muito impactado pela conversão do uso da terra para agropecuária, inicialmente para plantio de pastagem, de pasto, e agora da soja também", disse.
Ainda de acordo com o pesquisador da USP, os problemas atingem outros biomas, além da Amazônia. "Os estados que tiveram mais alerta de desmatamentos em sítios foram no Rio Grande do Norte e o Paraná. A gente percebe então que esse problema não está restrito apenas a Amazônia. Até o Rio Grande do Norte que tem uma vegetação de Caatinga esse tipo de impacto está acontecendo", complementou.
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Abertura para pastagem
Em outubro de 2024, um levantamento inédito do MapBiomas apontou que a abertura de áreas de pastagem foi a principal causa do desmatamento da Amazônia entre 1985 e 2023.
Imagens de satélite analisadas pela rede mostram que, nesse período, a área de pastagem cresceu mais de 363%, passando de 12,7 milhões de hectares para 59 milhões.
Isso representa uma expansão de 46,3 milhões de hectares em menos de quatro décadas. Com isso, somente em 2023, os pastos ocupavam 14% da Amazônia.
Mesmo com Acre entre estados de maior vegetação urbana, Rio Branco foi a capital que mais perdeu área verde em 20 anos. A conclusão é de um levantamento do MapBiomas, divulgado no dia 8 de novembro de 2024.
De acordo com o MapBiomas, o estado tinha 43,3% da zona urbana coberta por vegetação em 2003. Em 2023, a abrangência de vegetação na área urbana caiu para 32,8% no Acre.
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