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Tribunal do crime: como organizações criminosas sequestram, julgam e executam seus alvos

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Tribunal do crime: como organizações criminosas sequestram, julgam e executam seus alvos
O Profissão Repórter desta terça-feira (13) revelou detalhes de julgamentos clandestinos promovidos pelo crime organizado. Edição de 13/05/2025
Criminosos sequestros, julgam, torturam e matam quem descumpre regras impostas pela facção. O Profissão Repórter desta terça-feira (13) mostrou como age o chamado "tribunal do crime". Assista à íntegra do programa no vídeo acima.
Um dos casos mais recentes ocorreu em 13 de abril, na zona leste de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a estudante da USP Bruna Oliveira da Silva é perseguida e agarrada por um homem. Dias depois, o corpo de Bruna foi encontrado em um estacionamento a dois quilômetros do local do desaparecimento. O principal suspeito, Esteliano Madureira, teve sua imagem divulgada pela polícia. Onze dias após o crime, ele foi encontrado morto, com sinais de tortura. A principal hipótese é de que tenha sido executado por um tribunal do crime.
“A gente entende o sentimento de justiça por parte da família, mas toda pessoa tem direito a um julgamento legal. E se ele fosse inocente?”, questiona o delegado Rogério Thomaz.
Em Sorocaba, a 100 km da capital paulista, a polícia investiga casos semelhantes. Um deles envolve Gleverton Aparecido, de 24 anos, que tinha deficiência intelectual e epilepsia. Ele foi acusado, sem provas, de abuso sexual. Segundo a polícia, o boato chegou à facção que atua na região, que o sequestrou, torturou e executou.
“Ele foi amarrado, filmado e forçado a confessar o crime sob tortura psicológica”, relata o delegado Rodrigo Ayres, da DEIC de Sorocaba.
Cinco pessoas foram condenadas pela participação no crime.
Boato levou à execução de jovem com deficiência intelectual pelo tribunal do crime
Reprodução/TV Globo
'A gente não quer ver o corpo'
Áudios revelam julgamento do tribunal do crime: 'A gente não quer ver o corpo'
A reportagem também teve acesso a áudios de um julgamento ocorrido em 2008. André, o homem acusado de abuso sexual e de integrar uma facção rival ao PCC, foi julgado por membros da organização, inclusive com participação de presos. Ele foi executado, mas os criminosos foram cobrados por não ocultarem o corpo adequadamente.
“O que nós passamos para vocês é xeque mate. Nós não queríamos que aparecesse nada. Não queríamos ver nada. Corpo, nada. Não foi isso, não?”, indaga um dos integrantes em gravação.
Vídeo mostra 'julgamento'
VÍDEO: tribunal do crime interroga jovem acusado de passar a mão em uma menina
Em 2021, câmeras de segurança registraram um homem passando a mão em uma menina dentro de uma mercearia. As imagens chegaram ao PCC, que sequestrou e executou o suspeito. Um vídeo mostra momento do tribunal do crime (veja no vídeo acima).
O corpo do jovem nunca foi encontrado.
“É um estado paralelo. Isso não é um tribunal, é uma barbárie”, diz a delegada do Deic de Piracicaba, Juliana Ricci.
O advogado de Luiz Henrique França que aparece no vídeo discorda da condenação de seu cliente. Ele afirma que o vídeo possui conteúdo de "julgamento" e seu estava em um momento de lazer entre Luís e o rapaz que foi executado.
Câmera de segurança flagra homem passando a mão em adolescente em um comércio
Reprodução/TV Globo
Funcionamento
O promotor Aluísio Maciel, que atuou em pelo menos dez júris envolvendo o “tribunal do crime”, explica o funcionamento do sistema:
"Você tem um sequestro, um julgamento com sintonia interna (lideranças do sistema prisional) e externa (lideranças das ruas). Uma vez julgados e decretados, eles são executados e o corpo ocultado".
Vídeo mostra jovem sendo 'julgado' pelo tribunal do crime
Reprodução/TV Globo
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