RJ é o único estado brasileiro que reduziu o número de moradores estrangeiros em 12 anos, diz IBGE

População estrangeira no estado caiu de 96,8 mil para 80,2 mil entre 2010 e 2022, na contramão do crescimento nacional de mais de 70%, segundo dados do Censo Demográfico 2022. A Praia de Ipanema também conta com corredores tanto no calçadão quanto na areia. O surfe também é bastante praticado em um dos lugares mais conhecidos do Rio.
Alexandre Macieira/ Riotur
O Rio de Janeiro foi o único estado do país a registrar queda no número de moradores estrangeiros nos últimos 12 anos, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27).
De acordo com a nova publicação do Censo Demográfico, o total de residentes nascidos em outros países caiu de 96.821 pessoas em 2010 para 80.292 em 2022, uma redução de 16.529 pessoas, o equivalente a —17% no período.
Os dados evidenciam o contraste entre a realidade do Rio de Janeiro e a tendência nacional de crescimento acelerado da população estrangeira.
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RJ é o único estado brasileiro que reduziu o número de moradores estrangeiros em 12 anos, diz IBGE
Divulgação IBGE
Enquanto o Rio apresentava essa redução, o Brasil como um todo viu sua população de estrangeiros e naturalizados saltar 70,3% - de 592.448 para 1.009.341 pessoas -, revertendo uma trajetória de declínio observada desde 1960 (veja mais detalhes na reportagem).
Os números fazem parte da publicação "Fecundidade e Migração", que integra o Censo Demográfico 2022.
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Com grandes florestas urbanas, Grande Rio tem 37% dos moradores vivendo em ruas sem nenhuma árvore
RJ tem maior proporção de espíritas do país; maioria dos fluminenses se diz católica, seguida por evangélicos
A pesquisa investigou o lugar de nascimento de todos os moradores do país, permitindo identificar o número de estrangeiros residentes em cada unidade da federação.
A metodologia considera como estrangeiros aqueles nascidos fora do Brasil, independentemente da nacionalidade atual.
RJ perde população
O fenômeno migratório no Rio de Janeiro não se limita à redução de estrangeiros. O estado registrou o maior saldo migratório negativo do país em 2022, com perda líquida de 165.360 habitantes para outras unidades da federação.
Isso significa que, para cada 100 pessoas que chegaram ao estado, 203 o deixaram - uma taxa líquida de migração de -1,03%.
Os principais destinos dos fluminenses que deixaram o estado foram:
São Paulo (21,4%)
Minas Gerais (17,7%)
Espírito Santo (7,3%)
Censo do IBGE mostra mudança no perfil religioso do Brasil
Apesar da saída expressiva, o Rio ainda atrai um número relevante de brasileiros vindos de outros estados, especialmente de Minas Gerais (21%), Paraíba (14%) e Ceará (9,4%). Ao todo, 1.960.207 moradores do estado em 2022 não eram naturais do Rio de Janeiro.
Novos padrões de deslocamento
A Região Sudeste como um todo passou por significativas mudanças em seus fluxos migratórios.
São Paulo, tradicional polo de atração do país, registrou pela primeira vez saldo migratório negativo, embora continue recebendo grandes contingentes da Bahia, Minas Gerais e Paraná.
O Rio de Janeiro, por sua vez, reforçou sua tendência de perda populacional líquida para Minas Gerais e São Paulo.
Rio de Janeiro volta a registrar a madrugada mais fria do ano
Reprodução/ TV Globo
Em escala nacional, o Censo 2022 revelou que 36,9% dos brasileiros (cerca de 79 milhões) residiam em município diferente daquele em que nasceram. Esse dado ilustra a intensa mobilidade interna que caracteriza o país.
Outros estados ganham estrangeiros
A redução de estrangeiros morando no Rio de Janeiro contrasta com o cenário nacional. No Brasil, o número de gringos residentes passou de 592 mil em 2010 para mais de 1 milhão em 2022.
Essa mudança foi impulsionada principalmente pela chegada de imigrantes da América Latina, como venezuelanos, haitianos, bolivianos e colombianos.
Na Região Sudeste, por exemplo, São Paulo viu sua população estrangeira crescer de 226 mil para 318 mil no mesmo período. Minas Gerais e Espírito Santo também registraram aumentos, ainda que em menor escala.
Já estados como Roraima, Amazonas e Santa Catarina apresentaram os maiores crescimentos proporcionais, com destaque para o impacto da crise migratória da Venezuela.
A composição da população estrangeira no Brasil passou por uma transformação radical no período analisado pelo IBGE:
Venezuelanos saltaram de 2.869 (2010) para 271.514 (2022);
Portugueses caíram de 137.972 para 104.345, tornando-se o segundo maior grupo;
Latino-americanos como um todo passaram de 183.448 para 646.015;
Europeus diminuíram de 263.393 para 203.284.
Alexandre Macieira/ Riotur
O Rio de Janeiro foi o único estado do país a registrar queda no número de moradores estrangeiros nos últimos 12 anos, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27).
De acordo com a nova publicação do Censo Demográfico, o total de residentes nascidos em outros países caiu de 96.821 pessoas em 2010 para 80.292 em 2022, uma redução de 16.529 pessoas, o equivalente a —17% no período.
Os dados evidenciam o contraste entre a realidade do Rio de Janeiro e a tendência nacional de crescimento acelerado da população estrangeira.
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RJ é o único estado brasileiro que reduziu o número de moradores estrangeiros em 12 anos, diz IBGE
Divulgação IBGE
Enquanto o Rio apresentava essa redução, o Brasil como um todo viu sua população de estrangeiros e naturalizados saltar 70,3% - de 592.448 para 1.009.341 pessoas -, revertendo uma trajetória de declínio observada desde 1960 (veja mais detalhes na reportagem).
Os números fazem parte da publicação "Fecundidade e Migração", que integra o Censo Demográfico 2022.
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A metodologia considera como estrangeiros aqueles nascidos fora do Brasil, independentemente da nacionalidade atual.
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O fenômeno migratório no Rio de Janeiro não se limita à redução de estrangeiros. O estado registrou o maior saldo migratório negativo do país em 2022, com perda líquida de 165.360 habitantes para outras unidades da federação.
Isso significa que, para cada 100 pessoas que chegaram ao estado, 203 o deixaram - uma taxa líquida de migração de -1,03%.
Os principais destinos dos fluminenses que deixaram o estado foram:
São Paulo (21,4%)
Minas Gerais (17,7%)
Espírito Santo (7,3%)
Censo do IBGE mostra mudança no perfil religioso do Brasil
Apesar da saída expressiva, o Rio ainda atrai um número relevante de brasileiros vindos de outros estados, especialmente de Minas Gerais (21%), Paraíba (14%) e Ceará (9,4%). Ao todo, 1.960.207 moradores do estado em 2022 não eram naturais do Rio de Janeiro.
Novos padrões de deslocamento
A Região Sudeste como um todo passou por significativas mudanças em seus fluxos migratórios.
São Paulo, tradicional polo de atração do país, registrou pela primeira vez saldo migratório negativo, embora continue recebendo grandes contingentes da Bahia, Minas Gerais e Paraná.
O Rio de Janeiro, por sua vez, reforçou sua tendência de perda populacional líquida para Minas Gerais e São Paulo.
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Reprodução/ TV Globo
Em escala nacional, o Censo 2022 revelou que 36,9% dos brasileiros (cerca de 79 milhões) residiam em município diferente daquele em que nasceram. Esse dado ilustra a intensa mobilidade interna que caracteriza o país.
Outros estados ganham estrangeiros
A redução de estrangeiros morando no Rio de Janeiro contrasta com o cenário nacional. No Brasil, o número de gringos residentes passou de 592 mil em 2010 para mais de 1 milhão em 2022.
Essa mudança foi impulsionada principalmente pela chegada de imigrantes da América Latina, como venezuelanos, haitianos, bolivianos e colombianos.
Na Região Sudeste, por exemplo, São Paulo viu sua população estrangeira crescer de 226 mil para 318 mil no mesmo período. Minas Gerais e Espírito Santo também registraram aumentos, ainda que em menor escala.
Já estados como Roraima, Amazonas e Santa Catarina apresentaram os maiores crescimentos proporcionais, com destaque para o impacto da crise migratória da Venezuela.
A composição da população estrangeira no Brasil passou por uma transformação radical no período analisado pelo IBGE:
Venezuelanos saltaram de 2.869 (2010) para 271.514 (2022);
Portugueses caíram de 137.972 para 104.345, tornando-se o segundo maior grupo;
Latino-americanos como um todo passaram de 183.448 para 646.015;
Europeus diminuíram de 263.393 para 203.284.
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