‘Você consegue me dar uma senha?’: Operador de TI preso por facilitar ataque hacker foi abordado em bar; veja depoimento

Fantástico obteve acesso ao depoimento em vídeo de João Nazareno Roque, que confessou ter fornecido senhas e instalado códigos para hackers. R$ 800 milhões viraram fumaça, no maior ataque ao sistema financeiro no Brasil.
João Nazareno Roque, programador júnior preso na sexta-feira (4) passada, suspeito de facilitar o maior ataque hacker já registrado ao sistema financeiro brasileiro, teria sido abordado por criminosos para fornecer credenciais de acesso aos sistemas da empresa C&M.
Em depoimento, João contou que os bandidos sabiam onde ele trabalhava e que foi abordado por criminosos em um bar, onde recebeu a proposta:
"Ele só perguntou isso: 'Você trabalha no TI? Você consegue me dar uma senha?'”. Pouco depois, recebeu cerca de R$ 5 mil em troca do login e senha que davam acesso ao sistema da C&M.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o acesso permitiu a invasão e o desvio milionário de recursos. De acordo com a investigação, ele ainda teria seguido instruções dos golpistas para instalar conjuntos de códigos maliciosos nos computadores da empresa. Também afirmou que sempre depois de fazer contato com a quadrilha descartava os celulares.
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A ação viabilizou o roubo de aproximadamente R$ 541 milhões de contas reserva da BMP, uma das instituições financeiras afetadas pelo ataque. A C&M Softwares é responsável por integrar sistemas de diferentes bancos ao Banco Central.
O delegado Paulo Eduardo Barbosa afirmou que João confessou ter participado do esquema. No entanto, a defesa alega que ele foi manipulado e não sabia da dimensão do crime. “Ele serviu de fantoche”, disse o advogado Jonas Reis.
Assista ao vídeo com o trecho do depoimento a partir de 2:05.
Depoimento de suspeito preso por ataque hacker detalha esquema que desviou mais de R$ 540 milhões
Reprodução/Fantástico
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João Nazareno Roque, programador júnior preso na sexta-feira (4) passada, suspeito de facilitar o maior ataque hacker já registrado ao sistema financeiro brasileiro, teria sido abordado por criminosos para fornecer credenciais de acesso aos sistemas da empresa C&M.
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