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Carro importado de 1949, atração no litoral de SP, já levou noivas a igreja e participou de filmagem internacional

Carro importado de 1949, atração no litoral de SP, já levou noivas a igreja e participou de filmagem internacional
Studebaker do modelo Champion é de um casal de santistas. Eles já receberam ofertas de R$ 300 mil e apartamento na Ilha Porchat pelo veículo. Carro norte-americano de 75 anos chama atenção pelas ruas de Santos (SP)
Um carro norte-americano, com 75 anos de existência, chama atenção pelas ruas de Santos, no litoral de São Paulo. Com painel e lataria originais, o Studebaker Champion (1949) é motivo de orgulho para uma família da cidade, que já recebeu propostas de R$ 300 mil e até um apartamento em troca do veículo (assista acima).
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Quando o dono de oficina mecânica José Carlos Vicente Soares, de 74 anos, e a professora aposentada Marli Mesquita Soares, de 70, saem de carro, é certo que serão elogiados. Ele pertencia ao falecido Américo, também mecânico e pai da santista, e ficou de herança para o “genro mais chegado”.
“Nós passeávamos muito nesse carro. E ele tinha uma paixão… o amor da vida dele era esse carro. Ele podia ter vários carros se ele quisesse, mas nunca quis ter outro. A vida inteira foi esse só”, contou Marli à reportagem.
Entre outros momentos importantes, o carro vinho levou diversas noivas a igrejas, incluindo a filha do casal e as de Américo. Já teve várias cores, incluindo o original azul claro, mas Marli e José Carlos mantiveram a tonalidade avermelhada que o pai dela escolheu.
Studebaker de 1949 é atração nas ruas de Santos, no litoral de SP
Restauração completa
José Carlos se formou em contabilidade, mas há 30 anos tem uma oficina mecânica na cidade do litoral paulista. Muito ciumento, ele comprou o carro da sogra por R$ 13 mil em 2000, pouco após o falecimento de Américo. Restaurou os bancos e a pintura, trocou as rodas e colocou direção hidráulica. Hoje, o veículo tem até uma mini televisão.
“Ele [carro] ficou parado dois anos, porque o Zé Carlos mandou restaurar todinho. Deixou na ‘lata’, foi todo personalizado”, disse Marli.
O painel do carro tem o nome de Américo, pai de Marli, que após comprá-lo instalou um teto solar. Desde que adquiriu o veículo, José Carlos fez as mudanças para proporcionar viagens mais seguras e confortáveis à própria família. O próximo desejo é a instalação de um ar-condicionado elétrico.
Marli quando criança e depois, já adulta, ao lado do Studebaker
Marli Mesquita Soares/Arquivo pessoal
Atração em todo lugar
O Studebaker não passa despercebido. Há praticamente 24 anos, o casal ouve comentários e elogios quando sai de casa com dele. E não é apenas em Santos que essa relíquia de quatro rodas funciona.
“Fomos para Campos do Jordão, Poços de Caldas, Serra Negra, Piracicaba…[...] Quando quebra, quebra aqui em Santos. Eu dei sorte”, brincou José.
Não faltam momentos marcantes com o carro antigo. Há uma década, Marli e o marido estavam na Bolsa do Café, no Centro, onde ocorria uma filmagem de comercial internacional. De acordo com ela, quando os responsáveis notaram o Studebaker, os convenceram a incluir o veículo no projeto.
“Quiseram que eu ficasse dentro do carro como se eu fosse atriz. Um rapaz vinha do lado de fora, conversar comigo, como se fosse meu namorado, para mostrar o carro. Diz que ia sair essa reportagem [filmagem] fora do Brasil”, recordou Marli.
Américo e a esposa, Glória (mãe de Marli), ao lado do Studebaker
Marli Mesquita Soares/Arquivo pessoal
'Não tem preço'
Como mecânico, José reconhece que todo carro pode envelhecer. Não foram poucas as ofertas para adquirir a raridade. Certa vez, propuseram R$ 300 mil, mas Marli garantiu ao g1: ‘não tem preço’.
“Já ofereceram apartamento no Ilha Porchat, mas não vendo por nada. A intenção não é vender. O pessoal fala: ‘quer trocar, quer trocar?’”, recordou.
Para que o carro siga funcionando bem, José Carlos faz manutenção todos os anos e investe em peças boas. As borrachas que substituiu, por exemplo, vieram do Tennessee (Estados Unidos) e custaram 4 mil dólares. "Todo fim de semana dou uma enceradinha, uma limpada", afirmou.
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