Fátima Guedes dá banho de felicidade ao harmonizar águas e mágoas de amor na correnteza do show ‘Sete chuvas’

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Fátima Guedes apresenta músicas inéditas, como ‘Chuva sertaneja’, no roteiro do show ‘Sete chuvas’
Marcelo Castello Branco / Divulgação Produção Fátima Guedes
♫ OPINIÃO SOBRE SHOW
Título: Sete chuvas
Artista: Fátima Guedes
Data e local: 17 de maio de 2025 no Teatro Rival Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)
Cotação: ★ ★ ★ ★
♬ Desacostumado de carinho, o cancioneiro de Fátima Guedes é banhado por águas densas que movem mágoas de amor. Águas e mágoas que desabam como tempestades no coração do ouvinte entre momentos de estiagem como Cheiro de mato (1980).
Ainda assim, sob a direção de João Batista, a compositora carioca conseguiu enfiar Faca (1992) e outras lâminas afiadas no roteiro do show Sete chuvas sem diluir o conceito e a atmosfera feliz deste espetáculo que chegou à cena na noite de ontem, 17 de maio, no palco do Teatro Rival Petrobras, casa que sempre abrigou a artista nascida em um mês de maio, no interminável ano de 1968.
Compositora avalizada instantaneamente por cantoras do porte de Elis Regina (1945 – 1982) e Nana Caymmi (1941 – 2025), Fátima Guedes harmonizou as águas e as mágoas de repertório próprio e alheio no fluxo de correnteza que se manteve fluente ao longo do show, orquestrado com sofisticação sob a direção musical do violonista Jean Charnaux, criador dos arranjos em que a melancolia de canções como a valsa Chove lá fora (Tito Madi, 1957) foi sublinhada pelo sopro de Eduardo Neves.
De cara, a cantora invocou Santa Bárbara (1991) quase a capella, pedindo luz para encarar as sombras dos “tempos violentos” e mostrando que a voz conserva o viço, impressão corroborada ao longo do show.
Feita a limpeza da alma, Fátima Guedes caiu em samba solar antes de fazer cair Chuva sertaneja (2025) – inédita de roteiro conceitual em que a compositora também apresentou A índia (2025), música adornada pelo vocal de tom indígena que pauta o tema – e de fazer brotar as cores vivas do arco-íris no canto e na bela luz do show (a cargo de Robson Braga) ao reviver a canção Arco-íris (1981).
Fátima Guedes se junta com o grupo Arranco de Varsóvia em boa parte do show ‘Sete chuvas’
Marcelo Castello Branco / Divulgação Produção Fátima Guedes
A entrada do Arranco de Varsóvia após a oitava música realçou a luminosidade do show Sete chuvas. Após assumir o palco para cantar o samba Água de chuva no mar (Carlos Caetano, Gerson Gomes e Wanderley Monteiro, 1999), o grupo se juntou a Fátima Guedes e assim ficou até o fim do show. Foi quando as vocalistas Andréa Dutra e Cacala Carvalho formaram trio com a cantora para regar Chovendo na roseira (Antonio Carlos Jobim, 1973) e voar sobre as harmonias de Passarim (Antonio Carlos Jobim, 1985).
Entre solos da cantora em músicas autorais como Onze fitas (1979) e Tanto que aprendi de amor (1980), números que simbolizaram momentos de “estiagem” no roteiro chuvoso, o trio surpreendeu ao mergulhar na praia do reggae com Oh! Chuva (Luis Carlinhos, 2001), sucesso do grupo de forró Falamansa.
À medida em que o show Sete chuvas foi se aproximando do fim, o clima ficou cada vez mais desanuviado, culminando com a luminosidade do samba Sempre bate o sol (2015), composto por Fátima Guedes e apresentado pela autora há dez anos com o Arranco de Varsóvia e com arranjo de Paulo Malaguti Pauleira, tecladista do grupo, em gravação feita para o álbum Transparente (2015).
O clima solar se expandiu no bis e se espalhou pela plateia quando as cantoras desceram do palco e circularam pelo público enquanto cantavam dois sambas aliciantes de Jorge Ben Jor, Chove chuva (1963) e Que maravilha (1969, parceria de Ben com Toquinho).
Na sequência, com Fátima Guedes já saindo à francesa, Andréa Dutra e Cacala Carvalho puxaram Flor de ir embora (1990) na plateia, arrematando Sete chuvas, show que lavou a alma do público com a cantora dando banho de felicidade entre águas e mágoas com o poder da lira de cancioneiro autoral que poetiza as tempestades do coração desacostumado de carinho.
Fátima Guedes estreia o show ‘Sete chuvas’ no palco do Teatro Rival Petrobras na noite de sábado, 17 de maio
Marcelo Castello Branco / Divulgação Produção Fátima Guedes
Marcelo Castello Branco / Divulgação Produção Fátima Guedes
♫ OPINIÃO SOBRE SHOW
Título: Sete chuvas
Artista: Fátima Guedes
Data e local: 17 de maio de 2025 no Teatro Rival Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)
Cotação: ★ ★ ★ ★
♬ Desacostumado de carinho, o cancioneiro de Fátima Guedes é banhado por águas densas que movem mágoas de amor. Águas e mágoas que desabam como tempestades no coração do ouvinte entre momentos de estiagem como Cheiro de mato (1980).
Ainda assim, sob a direção de João Batista, a compositora carioca conseguiu enfiar Faca (1992) e outras lâminas afiadas no roteiro do show Sete chuvas sem diluir o conceito e a atmosfera feliz deste espetáculo que chegou à cena na noite de ontem, 17 de maio, no palco do Teatro Rival Petrobras, casa que sempre abrigou a artista nascida em um mês de maio, no interminável ano de 1968.
Compositora avalizada instantaneamente por cantoras do porte de Elis Regina (1945 – 1982) e Nana Caymmi (1941 – 2025), Fátima Guedes harmonizou as águas e as mágoas de repertório próprio e alheio no fluxo de correnteza que se manteve fluente ao longo do show, orquestrado com sofisticação sob a direção musical do violonista Jean Charnaux, criador dos arranjos em que a melancolia de canções como a valsa Chove lá fora (Tito Madi, 1957) foi sublinhada pelo sopro de Eduardo Neves.
De cara, a cantora invocou Santa Bárbara (1991) quase a capella, pedindo luz para encarar as sombras dos “tempos violentos” e mostrando que a voz conserva o viço, impressão corroborada ao longo do show.
Feita a limpeza da alma, Fátima Guedes caiu em samba solar antes de fazer cair Chuva sertaneja (2025) – inédita de roteiro conceitual em que a compositora também apresentou A índia (2025), música adornada pelo vocal de tom indígena que pauta o tema – e de fazer brotar as cores vivas do arco-íris no canto e na bela luz do show (a cargo de Robson Braga) ao reviver a canção Arco-íris (1981).
Fátima Guedes se junta com o grupo Arranco de Varsóvia em boa parte do show ‘Sete chuvas’
Marcelo Castello Branco / Divulgação Produção Fátima Guedes
A entrada do Arranco de Varsóvia após a oitava música realçou a luminosidade do show Sete chuvas. Após assumir o palco para cantar o samba Água de chuva no mar (Carlos Caetano, Gerson Gomes e Wanderley Monteiro, 1999), o grupo se juntou a Fátima Guedes e assim ficou até o fim do show. Foi quando as vocalistas Andréa Dutra e Cacala Carvalho formaram trio com a cantora para regar Chovendo na roseira (Antonio Carlos Jobim, 1973) e voar sobre as harmonias de Passarim (Antonio Carlos Jobim, 1985).
Entre solos da cantora em músicas autorais como Onze fitas (1979) e Tanto que aprendi de amor (1980), números que simbolizaram momentos de “estiagem” no roteiro chuvoso, o trio surpreendeu ao mergulhar na praia do reggae com Oh! Chuva (Luis Carlinhos, 2001), sucesso do grupo de forró Falamansa.
À medida em que o show Sete chuvas foi se aproximando do fim, o clima ficou cada vez mais desanuviado, culminando com a luminosidade do samba Sempre bate o sol (2015), composto por Fátima Guedes e apresentado pela autora há dez anos com o Arranco de Varsóvia e com arranjo de Paulo Malaguti Pauleira, tecladista do grupo, em gravação feita para o álbum Transparente (2015).
O clima solar se expandiu no bis e se espalhou pela plateia quando as cantoras desceram do palco e circularam pelo público enquanto cantavam dois sambas aliciantes de Jorge Ben Jor, Chove chuva (1963) e Que maravilha (1969, parceria de Ben com Toquinho).
Na sequência, com Fátima Guedes já saindo à francesa, Andréa Dutra e Cacala Carvalho puxaram Flor de ir embora (1990) na plateia, arrematando Sete chuvas, show que lavou a alma do público com a cantora dando banho de felicidade entre águas e mágoas com o poder da lira de cancioneiro autoral que poetiza as tempestades do coração desacostumado de carinho.
Fátima Guedes estreia o show ‘Sete chuvas’ no palco do Teatro Rival Petrobras na noite de sábado, 17 de maio
Marcelo Castello Branco / Divulgação Produção Fátima Guedes
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