General que comandou o Planalto no 8 de janeiro é rejeitado e vai para a reserva
No jargão militar, Dutra foi duplamente "caroneado ", expressão usada quando um general mais “moderno” ou seja, que se formou na Aman depois dele, passa à frente na lista e é promovido. General do Exército Gustavo Henrique Dutra, em depoimento à CPI dos Atos Golpistas
TV Globo/Reprodução
O general de divisão Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que estava à frente do Comando Militar do Planalto durante os ataques de 8 de janeiro de 2023, foi rejeitado nas promoções recentes ao posto de general de quatro estrelas. Com a decisão do Alto Comando do Exército, Dutra será compulsoriamente transferido para a reserva.
No jargão militar, Dutra foi duplamente "caroneado " — expressão usada quando um general mais “moderno” ou seja, que se formou na Aman depois dele, passa à frente na lista e é promovido. No Exército o quesito antiguidade é levado muito a sério. Ser “caroneado” é um recado duro dado pelo Alto Comando.
Promovidos a general quatro estrelas:
General de Divisão Viana Filho (Infantaria, turma de 1987)
General de Divisão Alcides (Cavalaria, turma de 1988)
General de Divisão Basto (Infantaria, turma de 1988)
Deixados de lado:
General de Divisão Dutra (Infantaria, turma de 1987)
General de Divisão Pinto Sampaio (Infantaria, turma de 1987)
General de Divisão Allão (Artilharia, turma de 1987)
General de Divisão Valença (Engenharia, turma de 1987)
General de Divisão Alan (Comunicações, turma de 1987)
General de Divisão Pontual (Infantaria, turma de 1987)
Segundo fontes militares, pesaram contra Dutra dois fatores principais. O primeiro é justamente sua atuação no dia 8 de janeiro, quando estava no comando do CMP durante a invasão das sedes dos Três Poderes.
O segundo fator seria sua origem nas Forças Especiais, grupo que tem perdido espaço nas últimas promoções dentro do Exército. Alguns dos seus integrantes são investigados por suposta participação na tentativa de golpe de Estado da qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado.
Atualmente não há nenhum "Kid Preto" no Alto Comando, ou seja, nenhum representante das forças especiais.
A decisão de não promover Dutra marca o fim de sua carreira ativa no Exército, encerrando sua trajetória no alto escalão com a passagem automática para a reserva.
Na CPI, senador bolsonarista chora e diz que general 'presta continência para comunista'
TV Globo/Reprodução
O general de divisão Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que estava à frente do Comando Militar do Planalto durante os ataques de 8 de janeiro de 2023, foi rejeitado nas promoções recentes ao posto de general de quatro estrelas. Com a decisão do Alto Comando do Exército, Dutra será compulsoriamente transferido para a reserva.
No jargão militar, Dutra foi duplamente "caroneado " — expressão usada quando um general mais “moderno” ou seja, que se formou na Aman depois dele, passa à frente na lista e é promovido. No Exército o quesito antiguidade é levado muito a sério. Ser “caroneado” é um recado duro dado pelo Alto Comando.
Promovidos a general quatro estrelas:
General de Divisão Viana Filho (Infantaria, turma de 1987)
General de Divisão Alcides (Cavalaria, turma de 1988)
General de Divisão Basto (Infantaria, turma de 1988)
Deixados de lado:
General de Divisão Dutra (Infantaria, turma de 1987)
General de Divisão Pinto Sampaio (Infantaria, turma de 1987)
General de Divisão Allão (Artilharia, turma de 1987)
General de Divisão Valença (Engenharia, turma de 1987)
General de Divisão Alan (Comunicações, turma de 1987)
General de Divisão Pontual (Infantaria, turma de 1987)
Segundo fontes militares, pesaram contra Dutra dois fatores principais. O primeiro é justamente sua atuação no dia 8 de janeiro, quando estava no comando do CMP durante a invasão das sedes dos Três Poderes.
O segundo fator seria sua origem nas Forças Especiais, grupo que tem perdido espaço nas últimas promoções dentro do Exército. Alguns dos seus integrantes são investigados por suposta participação na tentativa de golpe de Estado da qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado.
Atualmente não há nenhum "Kid Preto" no Alto Comando, ou seja, nenhum representante das forças especiais.
A decisão de não promover Dutra marca o fim de sua carreira ativa no Exército, encerrando sua trajetória no alto escalão com a passagem automática para a reserva.
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