Médica aponta danos ao fígado, coração e pâncreas por excesso de bebida alcoólica; homem morreu na BA após ingerir 13 copos

Diego Maradona de Souza Silva bebeu em excesso após topar participar de aposta com colegas. Especialista destacou que não há dose segura para o organismo. Vítima morreu após beber 13 copos de bebida alcóolica na Bahia
Redes sociais
O consumo de bebida alcoólica pode ter efeitos prejudiciais à saúde, causando uma grande variedade de danos a quem ingere a substância. Não só o fígado, como a maioria das pessoas pensam, mas também o pâncreas, o coração e o sistema nervoso podem ser afetados.
É o que aponta a hepatologista Nayana Vaz, médica do hospital Mater Dei Salvador, na capital baiana. Em entrevista ao g1, na quinta-feira (3), a especialista alertou para os perigos da prática.
No último domingo (29), o gari Diego Maradona de Souza Silva, de 36 anos, morreu após ingerir 13 copos de bebida alcoólica de uma só vez, na cidade de Remanso, no norte da Bahia, enquanto participava de uma aposta.
Segundo Nayana Vaz, não há uma quantidade segura para ingestão de álcool, quando se pensa no mal que a bebida pode provocar ao corpo.
A especialista destaca que uma dose padrão produz um aumento aproximado de 20 mg/dL na concentração de álcool no sangue, sendo metabolizada em aproximadamente uma hora. Porém, isso pode variar de pessoa para pessoa.
A intoxicação aguda pelo álcool pode se desenvolver a partir de concentrações de álcool maiores que 50 mg/dL, aproximadamente após duas a três doses. No caso em questão, o consumo de álcool ocorreu em quantidades muito maiores e em um curto espaço de tempo.
Médica aponta danos ao fígado, coração e pâncreas por excesso de bebida alcoólica
Arquivo Pessoal
"A intoxicação aguda por etanol, conhecida como embriaguez, pode se manifestar por desinibição e mal-estar inicial, podendo evoluir para náuseas, vômitos, perda de memória a condições mais graves, como dificuldade para falar, deambular, coordenação prejudicada e até mesmo o coma. Depressão respiratória e morte também podem ocorrer nesses casos. Além disso, o álcool aumenta a chance de quedas e traumas", pontuou a hepatologista.
"O consumo de álcool aumenta a pressão arterial, está associado ao maior risco de AVC [acidente vascular cerebral], além de também está relacionado ao desenvolvimento de cânceres", acrescentou.
Nayana Vaz explica também que o diagnóstico da intoxicação é difícil, pois a maioria das pessoas que consomem a bebida alcoólica nega ou minimiza a hipótese. Entre os principais sintomas, estão:
fala prejudicada;
coordenação prejudicada;
marcha instável;
nistagmo (movimentos involuntários e repetitivos dos olhos);
atenção ou memória prejudicadas;
sonolência excessiva.
"Alguém com comportamento inadequado ou sinais psicológicos de embriaguez, durante ou após o consumo de álcool, deverá ser encaminhado ao serviço médico de urgência".
Além disso, conforme destacou a médica, a intoxicação aguda pelo álcool representa um sinal de transtornos relacionados ao uso excessivo de álcool.
"A avaliação do risco de dependência de bebidas alcoólicas é fundamental para encaminhar os pacientes a uma unidade de dependência alcoólica multidisciplinar, a fim de reduzir o risco de novos episódios de intoxicação e de prevenir a evolução das lesões relacionadas como consumo crônico do álcool", afirmou.
Morte da vítima
Homem morre após beber 13 copos de cachaça no interior da Bahia
Diego Maradona de Souza Silva estava em um bar de Remanso com outras três pessoas, na manhã do último domingo, quando começou a beber.
Um dos colegas dele decidiu fazer uma aposta: se Diego e os outros dois amigos bebessem 13 copos americanos (aproximadamente 200 ml) de uma bebida alcoólica, ele pagaria uma garrafa para o grupo. O tipo da bebida não foi divulgado.
Todos toparam a aposta, mas só Diego conseguiu ir até o fim e de fato beber os 13 copos. As outras duas pessoas beberam quatro e seis copos.
Após ingerir as 13 doses da bebida, Diego se levantou da mesa do bar e foi em direção à rua, mas caiu no gramado. Ainda conforme informado pela família, os colegas acreditaram que ele estava dormindo e seguiram dentro do bar.
O homem só foi levado para uma unidade de saúde após uma pessoa que passava pela rua notar que ele espumava pela boca. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, foram feitos os procedimentos de glicose e reanimação, mas Diego não reagiu e morreu. Os outros dois amigos que participaram da aposta também foram levados para a UPA, mas foram liberados.
Segundo a família de Diego, ele lidava com problemas com álcool. O baiano deixou uma esposa grávida e duas filhas. Ele foi enterrado nesta segunda-feira (30).
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O consumo de bebida alcoólica pode ter efeitos prejudiciais à saúde, causando uma grande variedade de danos a quem ingere a substância. Não só o fígado, como a maioria das pessoas pensam, mas também o pâncreas, o coração e o sistema nervoso podem ser afetados.
É o que aponta a hepatologista Nayana Vaz, médica do hospital Mater Dei Salvador, na capital baiana. Em entrevista ao g1, na quinta-feira (3), a especialista alertou para os perigos da prática.
No último domingo (29), o gari Diego Maradona de Souza Silva, de 36 anos, morreu após ingerir 13 copos de bebida alcoólica de uma só vez, na cidade de Remanso, no norte da Bahia, enquanto participava de uma aposta.
Segundo Nayana Vaz, não há uma quantidade segura para ingestão de álcool, quando se pensa no mal que a bebida pode provocar ao corpo.
A especialista destaca que uma dose padrão produz um aumento aproximado de 20 mg/dL na concentração de álcool no sangue, sendo metabolizada em aproximadamente uma hora. Porém, isso pode variar de pessoa para pessoa.
A intoxicação aguda pelo álcool pode se desenvolver a partir de concentrações de álcool maiores que 50 mg/dL, aproximadamente após duas a três doses. No caso em questão, o consumo de álcool ocorreu em quantidades muito maiores e em um curto espaço de tempo.
Médica aponta danos ao fígado, coração e pâncreas por excesso de bebida alcoólica
Arquivo Pessoal
"A intoxicação aguda por etanol, conhecida como embriaguez, pode se manifestar por desinibição e mal-estar inicial, podendo evoluir para náuseas, vômitos, perda de memória a condições mais graves, como dificuldade para falar, deambular, coordenação prejudicada e até mesmo o coma. Depressão respiratória e morte também podem ocorrer nesses casos. Além disso, o álcool aumenta a chance de quedas e traumas", pontuou a hepatologista.
"O consumo de álcool aumenta a pressão arterial, está associado ao maior risco de AVC [acidente vascular cerebral], além de também está relacionado ao desenvolvimento de cânceres", acrescentou.
Nayana Vaz explica também que o diagnóstico da intoxicação é difícil, pois a maioria das pessoas que consomem a bebida alcoólica nega ou minimiza a hipótese. Entre os principais sintomas, estão:
fala prejudicada;
coordenação prejudicada;
marcha instável;
nistagmo (movimentos involuntários e repetitivos dos olhos);
atenção ou memória prejudicadas;
sonolência excessiva.
"Alguém com comportamento inadequado ou sinais psicológicos de embriaguez, durante ou após o consumo de álcool, deverá ser encaminhado ao serviço médico de urgência".
Além disso, conforme destacou a médica, a intoxicação aguda pelo álcool representa um sinal de transtornos relacionados ao uso excessivo de álcool.
"A avaliação do risco de dependência de bebidas alcoólicas é fundamental para encaminhar os pacientes a uma unidade de dependência alcoólica multidisciplinar, a fim de reduzir o risco de novos episódios de intoxicação e de prevenir a evolução das lesões relacionadas como consumo crônico do álcool", afirmou.
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Todos toparam a aposta, mas só Diego conseguiu ir até o fim e de fato beber os 13 copos. As outras duas pessoas beberam quatro e seis copos.
Após ingerir as 13 doses da bebida, Diego se levantou da mesa do bar e foi em direção à rua, mas caiu no gramado. Ainda conforme informado pela família, os colegas acreditaram que ele estava dormindo e seguiram dentro do bar.
O homem só foi levado para uma unidade de saúde após uma pessoa que passava pela rua notar que ele espumava pela boca. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, foram feitos os procedimentos de glicose e reanimação, mas Diego não reagiu e morreu. Os outros dois amigos que participaram da aposta também foram levados para a UPA, mas foram liberados.
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