Abastecimento de água na Zona Sudeste é retomado gradativamente após 48 horas; moradores relatam prejuízos

Segundo a Águas de Teresina, o problema foi causado por uma intervenção no sistema de bombeamento, encarregado por conferir pressão no abastecimento da região Sudeste. Águas de Teresina explica como retomou o abastecimento na zona Sudeste
O abastecimento de água dos bairros da Zona Sudeste da capital está sendo retomado gradativamente após 48 horas. Moradores da região reclamaram que desde da sexta-feira (16) estavam sem água, convivendo com louça acumulada, idosos sem poder tomar banho e a espera de caminhões pipas prometidos pela empresa fornecedora.
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Segundo a Águas de Teresina, empresa responsável pelo abastecimento da capital, o problema foi causado por uma intervenção no sistema de bombeamento, encarregado por conferir pressão no abastecimento da região Sudeste. A partir das 23h do domingo (18) o abastecimento foi retomado de forma gradual, iniciando pelas áreas mais baixas e posteriormente as mais altas.
“Por conta dessa despressurização, a região mais alta não estava recebendo água, mas a mais baixa estava. Então tivemos que parar esse abastecimento, secar o reservatório para poder fazer a manutenção de um registro [que impossibilitava o abastecimento]”, explica Murilo Formiga, gerente executivo de Operações da Águas de Teresina.
Muitas consequências ficaram
O bairro Dirceu, também localizado na Zona Sudeste da capital, é um dos mais populosos da cidade. São mais de 250 mil moradores que enfrentam diariamente problemas com abastecimento de água. "Falta água aqui todo dia, de 11h até 6h da manhã", relatou o morador do Dirceu, Francisco Lavor.
Para a dona de casa Larissa Ferreira, do bairro Renascença, o maior prejuízo que fica é a conta de água. "Temos que gastar o pouco que temos para comprar água e no fim do mês ainda vem o talão para a gente pagar", comenta Larissa.
Ainda na sexta-feira, outros moradores do bairro entraram em contato com a empresa Águas de Teresina e receberam um retorno de que o abastecimento seria regularizado no sábado (17), mas não aconteceu. Com novas cobranças por parte da população, a empresa informou o envio de caminhões pipa no domingo (18).
"Estávamos na esperança do caminhão pipa chegar no domingo e não veio. Compramos um galão de água meio-dia para poder fazer o almoço. A louça ficou mais de um dia acumulada, porque eu disse para a gente economizar água. Só deu para meus sogros que são idosos tomarem banho e para fazer o café da manhã", disse a moradora e estudante, Beatriz Mesquita.
Outros moradores do bairro Renascença esperam pelos caminhões pipas com baldes na porta de casa. A moradora Gorete, que tem uma filha com sequelas de cirurgia e que precisa de cinco banhos por dia, lamenta a situação. "Aqui em casa tá sem água desde quinta-feira (15) e nem água mineral a gente encontra para comprar. O litro de água mineral tá custando R$ 5,50. Os comerciantes estão aumentando o preço e se aproveitando da situação da gente", relatou Gorete.
Torneira pingando; falta de água
Samantha Rufino/g1
*Caroline Rosário, estagiária sob supervisão de Lucas Marreiros.
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