Mãe suspeita de negociar bebê por R$ 500 diz à polícia que queria doar o filho no AM

Mãe confirma venda de bebê para casal em Manacapuru
A mãe suspeita de negociar o recém-nascido por R$ 500 com um casal paulista afirmou, em depoimento na tarde desta segunda-feira (14), que a intenção era doar o bebê, e não vendê-lo. Segundo as investigações da Polícia Civil, a suposta venda teria como objetivo quitar uma dívida com um agiota.
Apesar de terem sido presos em flagrante ao tentarem sair com o bebê da maternidade em Manacapuru, na última sexta-feira (11), Luiz Armando dos Santos, de 40 anos, e Wesley Fabiano Lourenço, de 38, foram liberados após audiência de custódia no domingo (13). Nesta terça-feira (15), a Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva do casal paulista.
A negociação para a entrega do recém-nascido teria sido feita com o comerciante local José Uberlane Pinheiro de Magalhães, de 47 anos, conhecido como “Sabão”, que está preso e é apontado como o intermediador da venda.
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Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança compareceu voluntariamente à sede da Delegacia Especializada de Polícia de Manacapuru (DEP) e relatou que conheceu o casal por meio de uma pessoa natural do município que mora em São Paulo. Ela afirmou ter decidido doar a criança por não ter condições financeiras de criá-la. Durante o depoimento, confirmou ainda que possui uma dívida de R$ 1 mil com um agiota.
"Ela disse que conhece essa pessoa que está em São Paulo, que foi quem fez o contato com o casal, e admite ter recebido várias quantias através do intermediador, mas afirma que sua intenção era doar o filho, pois não tinha condições financeiras", explicou a delegada titular da DEP, Joyce Coelho.
A mãe também disse ter autorizado a entrada de um dos suspeitos na sala de parto. “Mas negou que tenha autorizado ele a registrar a criança como pai biológico”, destacou a delegada.
Ela confirmou que este é seu oitavo filho. Por isso, o Conselho Tutelar irá elaborar um relatório para verificar em que condições estão as outras sete crianças.
"Ela disse que de fato é seu oitavo parto. Nós iremos esperar o relatório do Conselho Tutelar, que está bem atuante neste caso, para verificar a situação dessas crianças", concluiu Joyce.
O caso
Wesley Fabian Lourenço ao lado de recém-nascido que teria tentado comprar por R$500 no Amazonas.
Reprodução/Redes Sociais
Conforme as investigações, o casal suspeito de comprar o bebê estava em Manacapuru desde junho, acompanhando a gestação com a intenção de levar a criança para São Paulo. A polícia também identificou a atuação de uma mulher natural do município, com histórico de facilitar adoções ilegais, que teria ajudado no processo.
"Com base em tudo isso, confirmamos que existe um esquema de adoção ilegal, envolvendo pagamentos em dinheiro. Por isso, realizamos o flagrante e apreendemos os celulares dos três presos. A quebra de sigilo será solicitada para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los conforme a lei", afirmou Joyce Coelho.
A delegada informou ainda que há indícios de que o casal tenha levado outra criança anteriormente, embora isso ainda não tenha sido confirmado. Segundo ela, os dois já haviam tentado adotar uma criança em outro processo, que foi arquivado por falta de documentação e tentativa de fraude.
Joyce também afirmou que a mãe do bebê deverá ser indiciada ao longo da investigação. “Haverá mais indiciados, como a mãe da criança, a esposa do intermediador e outra pessoa, caso seja identificada e comprovada a participação dela nessa rede de adoção ilegal”, disse.
O casal paulista e o intermediador da venda do bebê vão responder pelos crimes de tráfico de pessoas com a finalidade de adoção ilegal e segue à disposição da Justiça.
Em nota, o advogado do casal paulista, Rafael Duarte, afirmou que os dois negam envolvimento na tentativa de compra do recém-nascido e estão colaborando com as autoridades no processo legal.
“Os acusados têm endereço fixo, exercem ocupações lícitas e estão colaborando integralmente com a Justiça. Merecem, portanto, o respeito à presunção de inocência, princípio fundamental do Estado Democrático de Direito, garantido pela Constituição Federal e por tratados internacionais assinados pelo Brasil”, declarou a defesa.
Na manhã desta terça-feira (15), o empresário José Uberlane Pinheiro de Magalhães, de 47 anos, conhecido como "Sabão", se entregou na delegacia de Manacapuru, acompanhado de um advogado. As investigações apontam que ele teria recebido o pagamento e repassado o valor à mãe da criança.
PRISÃO: Casal é preso suspeito de tentar comprar um bebê recém nascido no interior do Amazonas
VALOR: Mulher tentou vender recém-nascido a casal paulista por R$ 500 para pagar dívida com agiota no Amazonas, diz suspeito
Esquema de adoção ilegal
Casal paulista preso por tentar comprar bebê no Amazonas
Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil acredita que o grupo pode integrar um esquema mais amplo de adoções ilegais, envolvendo outras pessoas e estados.
A investigação também apurou que, em São Paulo, uma mulher natural de Manacapuru, já conhecida por facilitar adoções ilegais, ajudou no processo. A identidade dela não foi divulgada pelas autoridades.
"Essa moça mora em São Paulo. Ela consegue possíveis clientes para adoção ilegal", afirmou Joyce Coelho.
Os celulares dos três presos foram apreendidos, e a quebra de sigilo será solicitada para identificar outros possíveis envolvidos. Segundo a delegada Joyce Coelho, o objetivo é responsabilizar todos os participantes conforme a lei.
Outro ponto que chama a atenção da polícia é a suspeita de que o casal paulista já tenha levado outra criança em uma ocasião anterior, embora isso ainda não tenha sido confirmado. Além disso, eles tiveram um processo de adoção arquivado por falta de documentação e tentativa de fraude.
Casal paulista é preso suspeito de comprar recém-nascido por R$ 500 em Manacapuru
Carro de casal paulista preso por tentar comprar bebê no Amazonas
Divulgação/PC-AM
A mãe suspeita de negociar o recém-nascido por R$ 500 com um casal paulista afirmou, em depoimento na tarde desta segunda-feira (14), que a intenção era doar o bebê, e não vendê-lo. Segundo as investigações da Polícia Civil, a suposta venda teria como objetivo quitar uma dívida com um agiota.
Apesar de terem sido presos em flagrante ao tentarem sair com o bebê da maternidade em Manacapuru, na última sexta-feira (11), Luiz Armando dos Santos, de 40 anos, e Wesley Fabiano Lourenço, de 38, foram liberados após audiência de custódia no domingo (13). Nesta terça-feira (15), a Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva do casal paulista.
A negociação para a entrega do recém-nascido teria sido feita com o comerciante local José Uberlane Pinheiro de Magalhães, de 47 anos, conhecido como “Sabão”, que está preso e é apontado como o intermediador da venda.
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Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança compareceu voluntariamente à sede da Delegacia Especializada de Polícia de Manacapuru (DEP) e relatou que conheceu o casal por meio de uma pessoa natural do município que mora em São Paulo. Ela afirmou ter decidido doar a criança por não ter condições financeiras de criá-la. Durante o depoimento, confirmou ainda que possui uma dívida de R$ 1 mil com um agiota.
"Ela disse que conhece essa pessoa que está em São Paulo, que foi quem fez o contato com o casal, e admite ter recebido várias quantias através do intermediador, mas afirma que sua intenção era doar o filho, pois não tinha condições financeiras", explicou a delegada titular da DEP, Joyce Coelho.
A mãe também disse ter autorizado a entrada de um dos suspeitos na sala de parto. “Mas negou que tenha autorizado ele a registrar a criança como pai biológico”, destacou a delegada.
Ela confirmou que este é seu oitavo filho. Por isso, o Conselho Tutelar irá elaborar um relatório para verificar em que condições estão as outras sete crianças.
"Ela disse que de fato é seu oitavo parto. Nós iremos esperar o relatório do Conselho Tutelar, que está bem atuante neste caso, para verificar a situação dessas crianças", concluiu Joyce.
O caso
Wesley Fabian Lourenço ao lado de recém-nascido que teria tentado comprar por R$500 no Amazonas.
Reprodução/Redes Sociais
Conforme as investigações, o casal suspeito de comprar o bebê estava em Manacapuru desde junho, acompanhando a gestação com a intenção de levar a criança para São Paulo. A polícia também identificou a atuação de uma mulher natural do município, com histórico de facilitar adoções ilegais, que teria ajudado no processo.
"Com base em tudo isso, confirmamos que existe um esquema de adoção ilegal, envolvendo pagamentos em dinheiro. Por isso, realizamos o flagrante e apreendemos os celulares dos três presos. A quebra de sigilo será solicitada para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los conforme a lei", afirmou Joyce Coelho.
A delegada informou ainda que há indícios de que o casal tenha levado outra criança anteriormente, embora isso ainda não tenha sido confirmado. Segundo ela, os dois já haviam tentado adotar uma criança em outro processo, que foi arquivado por falta de documentação e tentativa de fraude.
Joyce também afirmou que a mãe do bebê deverá ser indiciada ao longo da investigação. “Haverá mais indiciados, como a mãe da criança, a esposa do intermediador e outra pessoa, caso seja identificada e comprovada a participação dela nessa rede de adoção ilegal”, disse.
O casal paulista e o intermediador da venda do bebê vão responder pelos crimes de tráfico de pessoas com a finalidade de adoção ilegal e segue à disposição da Justiça.
Em nota, o advogado do casal paulista, Rafael Duarte, afirmou que os dois negam envolvimento na tentativa de compra do recém-nascido e estão colaborando com as autoridades no processo legal.
“Os acusados têm endereço fixo, exercem ocupações lícitas e estão colaborando integralmente com a Justiça. Merecem, portanto, o respeito à presunção de inocência, princípio fundamental do Estado Democrático de Direito, garantido pela Constituição Federal e por tratados internacionais assinados pelo Brasil”, declarou a defesa.
Na manhã desta terça-feira (15), o empresário José Uberlane Pinheiro de Magalhães, de 47 anos, conhecido como "Sabão", se entregou na delegacia de Manacapuru, acompanhado de um advogado. As investigações apontam que ele teria recebido o pagamento e repassado o valor à mãe da criança.
PRISÃO: Casal é preso suspeito de tentar comprar um bebê recém nascido no interior do Amazonas
VALOR: Mulher tentou vender recém-nascido a casal paulista por R$ 500 para pagar dívida com agiota no Amazonas, diz suspeito
Esquema de adoção ilegal
Casal paulista preso por tentar comprar bebê no Amazonas
Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil acredita que o grupo pode integrar um esquema mais amplo de adoções ilegais, envolvendo outras pessoas e estados.
A investigação também apurou que, em São Paulo, uma mulher natural de Manacapuru, já conhecida por facilitar adoções ilegais, ajudou no processo. A identidade dela não foi divulgada pelas autoridades.
"Essa moça mora em São Paulo. Ela consegue possíveis clientes para adoção ilegal", afirmou Joyce Coelho.
Os celulares dos três presos foram apreendidos, e a quebra de sigilo será solicitada para identificar outros possíveis envolvidos. Segundo a delegada Joyce Coelho, o objetivo é responsabilizar todos os participantes conforme a lei.
Outro ponto que chama a atenção da polícia é a suspeita de que o casal paulista já tenha levado outra criança em uma ocasião anterior, embora isso ainda não tenha sido confirmado. Além disso, eles tiveram um processo de adoção arquivado por falta de documentação e tentativa de fraude.
Casal paulista é preso suspeito de comprar recém-nascido por R$ 500 em Manacapuru
Carro de casal paulista preso por tentar comprar bebê no Amazonas
Divulgação/PC-AM
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