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Prefeito João Vitor, que matou policial a tiros no Maranhão, é preso em São Luís

Prefeito João Vitor, que matou policial a tiros no Maranhão, é preso em São Luís
Justiça determina prisão preventiva de prefeito que matou PM a tiros em vaquejada no MA
O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), foi preso na manhã desta terça-feira (15), após ter matado a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva, no município de Trizidela do Vale, no Maranhão, na noite do dia 6 de julho.
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O prefeito se entregou na sede da Polícia Civil, em São Luís, um dia após a Justiça aceitar o pedido de busca e apreensão e prisão preventiva realizado pela Delegacia de Pedreiras, que investiga o caso. Na última segunda (14), o prefeito foi procurado na prefeitura e na casa onde mora em Igarapé Grande, mas não foi encontrado.
Prefeito João Vitor Xavier se entregando à polícia
Reprodução/Redes Sociais
O juiz Luiz Emilio Braúna Bittencourt Júnior determinou a prisão com o objetivo de garantir a ordem pública e também para apreender a arma do crime, que ainda não foi localizada.
Logo após se entregar, João Vitor foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), na região do Campus do Bacanga, da UFMA, para realizar exame de corpo de delito. Em seguida, será levado para uma unidade prisional.
Atualmente, o prefeito é investigado e ainda não foi indiciado pelo crime de homicídio. Se for levado a julgamento, João Vitor Xavier, também deverá ser julgado em tribunais superiores, já que possui foro privilegiado.
Homicídio por causa de luz de farol do carro
Prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier, é suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva
Arquivo pessoal
Segundo testemunhas, o crime ocorreu durante uma vaquejada em Trizidela do Vale (MA), quando o policial militar Geidson Thiago, conhecido como 'Dos Santos', pediu ao prefeito para reduzir a intensidade dos faróis do carro, pois a luz estaria incomodando as pessoas presentes no local.
Relatos de testemunhas apontaram que houve uma confusão entre o prefeito e o PM, e João Vitor Xavier teria sacado uma arma e efetuado disparos contra o policial, que estava de folga. Os tiros teriam sido pelas costas.
O PM ainda chegou a ser socorrido e levado a um hospital em Pedreiras, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para uma unidade com mais estrutura. No entanto, ele não resistiu e morreu durante o atendimento. O policial era lotado no 19º Batalhão de Polícia Militar. Ele foi sepultado no dia 8 de julho.
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Prefeito havia apresentado à polícia, mas foi solto
A prisão também ocorre uma semana após o próprio prefeito ter se apresentado, na Delegacia de Presidente Dutra, onde prestou depoimento, mas foi liberado. Segundo o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, ele não ficou preso porque 'não havia flagrante'.
Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, de 27 anos.
Divulgação/Redes sociais
Prefeito pediu licença remunerada do cargo
Após o crime, o prefeito João Vitor pediu a licença médica alegando que iria cuidar de sua defesa e para 'tratamentos psiquiátricos'. O afastamento é pelo período de 125 dias (pouco mais de quatro meses), podendo ser interrompido com seu retorno a qualquer momento. Durante a licença, João Vitor vai continuar recebendo mensalmente o salário como prefeito, de R$ 13.256,08 (líquido).
No documento, o prefeito alega que está "profundamente abalado (...), circunstância que demanda cuidados médicos específicos, sobretudo por ser um paciente bariátrico", disse.
Na última quarta-feira (9), a Câmara Municipal de Vereadores de Igarapé Grande aceitou o pedido de licença, por unanimidade, e empossou a vice, Maria Etelvina.
O que diz a defesa
A defesa do prefeito alega que João agiu em legítima defesa, pois o policial militar teria sacado uma arma durante uma discussão relacionada ao farol ligado do carro do prefeito. No entanto, de forma preliminar, testemunhas e a Polícia Civil contestam essa versão.
“Foram cerca de cinco tiros, provavelmente todos pelas costas. O corpo da vítima foi encaminhado para o IML de Timon, para perícia”, afirmou o delegado de Pedreiras, Diego Maciel, ao g1.
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No depoimento prestado à Polícia Civil, João afirmou que jogou a arma no local do crime, mas o armamento ainda não foi encontrado. Imagens de uma câmera de segurança (veja abaixo), registradas no dia do crime, também não mostram o prefeito descartando a arma em nenhum ponto da cena.
Prefeito de Igarapé Grande é suspeito de matar PM em vaquejada
Em relação à posse da arma, João afirmou que o revólver calibre .38, utilizado no crime, havia sido adquirido há dois anos, como um presente de um eleitor. O prefeito também declarou que a arma não possuía registro nem autorização para posse.
Uma das imagens coletadas pela polícia mostra um homem, que seria o prefeito João Vitor, se dirigindo até um carro preto, de onde parece pegar um objeto. Em seguida, ele caminha em direção a um grupo de pessoas, onde há uma aglomeração e, por fim, corre de volta ao veículo e vai embora.
De acordo com o delegado de Pedreiras, Diego Maciel, as imagens foram registradas no local da vaquejada onde estavam o policial militar e o prefeito. Embora não mostrem o momento exato do crime, há a suspeita de que o prefeito tenha efetuado os disparos enquanto o policial estava de costas, e depois fugido do local. Segundo a polícia, as imagens ainda passarão por perícia.
Prefeito é suspeito de matar PM no Maranhão

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