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Congresso instala comissão que vai votar MP do pacote tributário que substitui aumento do IOF

Congresso instala comissão que vai votar MP do pacote tributário que substitui aumento do IOF
Governo publica MP que substitui parte do aumento do IOF
O Congresso Nacional instalou nesta terça-feira (15), Comissão mista para apreciar a medida provisória que traz um novo pacote de medidas tributárias sobre aplicações financeiras para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) decretado em maio.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o presidente do colegiado. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) será o relator da matéria. A vice-presidência ainda não foi definida.
As novas regras trazidas pela MP reduzem o imposto sobre empresas e seguros do tipo VGBL e amplia a tributação sobre apostas esportivas (bets), criptoativos e investimentos isentos como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agropecuário (LCA).
O texto também aumenta alíquota para apostas nas bets, que passará de 15% para 18% em outubro de 2025. A alíquota de 5% de LCI e LCA passará a valer a partir de janeiro de 2026.
Outra mudança é a alíquota unificada de 17,5% sobre os rendimentos de investimentos que hoje seguem uma tabela regressiva, com taxas que variam de 15% a 22,5%, dependendo do prazo da aplicação.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista à GloboNews
Fábio Tito/g1
As medidas foram formalizadas por meio de uma medida provisória e um decreto presidencial, após reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e líderes partidários, na casa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O objetivo é reverter o desgaste político gerado pelo decreto anterior e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio das contas públicas com novas fontes de arrecadação.
IOF menor para empresas e seguro VGBL
Entre os pontos centrais da proposta, está a redução de até 80% da alíquota do IOF sobre operações de risco sacado — utilizadas por empresas em operações de antecipação de recebíveis.
O governo também reduziu a tributação sobre seguros do tipo VGBL, forma de previdência privada usada por milhões de brasileiros.
A queda na arrecadação prevista será compensada com outras medidas tributárias.
Para compensar as perdas com a redução do IOF, o governo confirmou:
Alíquota de 5% de IR sobre Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que hoje são isentas;
Aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18% sobre a receita líquida (GGR);
Tributação de criptoativos, com regulamentação específica;
Uniformização da alíquota do IR sobre aplicações financeiras em 17,5%;
Equalização da CSLL para instituições financeiras, que passa a variar entre 15% e 20%, com eliminação da alíquota reduzida de 9% para fintechs.
O pacote inclui ainda um "pente-fino" nas regras de compensação de créditos tributários, para evitar manobras abusivas por parte de empresas, e uma meta de corte de 10% em gastos tributários.
Reação política e próximos passos
O novo pacote surge após a edição de um decreto presidencial, há cerca de duas semanas, que elevava o IOF em diversas transações financeiras.
A reação foi imediata no Congresso e no mercado: mais de 20 projetos foram apresentados para derrubar o decreto.
O governo então revogou parte da medida no mesmo dia, mantendo a cobrança apenas em algumas operações, e se comprometeu a apresentar uma alternativa.
Em 28 de maio, Haddad se reuniu com Hugo Motta e Davi Alcolumbre, que deram ao governo um prazo de dez dias para reformular a proposta.
Veja os principais pontos do pacote publicado
Reduções no IOF
Redução de até 80% sobre operações de risco sacado;
Redução da alíquota para seguros do tipo VGBL;
IOF mínimo para Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC);
Isenção de IOF para retorno de investimentos estrangeiros diretos.
Medidas de compensação
IR de 5% sobre LCI e LCA (antes isentas);
Aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18%;
Tributação de criptoativos;
Uniformização da alíquota de IR sobre aplicações financeiras (17,5%);
Alíquota de CSLL para instituições financeiras entre 15% e 20%;
Corte de 10% em gastos tributários;
Regras mais rígidas para compensações de crédito tributário.

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