'Já tive que me livrar de vários cachorros' diz vizinho acusado de ameaças e agressões no Paraná

José Vicente Tezza, de 76 anos seria o responsável pela morte de, pelo menos um cão, por estrangulamento. 'Já tive que me livrar de vários cachorros' diz idoso
Em Foz do Iguaçu, uma briga entre vizinhos virou caso de polícia, como retratado em reportagem do Fantástico do último domingo (18). Entre outras acusações, o idoso José Vicente Tezza, de 76 anos, teria estrangulado, pelo menos, um cachorro na rua onde mora, na cidade paranaense.
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Em depoimento à polícia, José confessou ter matado mais de um animal. "Eu já tive que me livrar de vários cachorros na avenida. Já teve cachorro que eu tive que enfrentar com a mão mesmo", respondeu o idoso ao ser questionado se já tinha estrangulado um cachorro.
José Vicente Tezza é acusado de maus tratos a animais após ter, supostamente, estrangulado uma cadela de apenas quatro meses.
TV Globo/Reprodução
Um dos casos teria acontecido em março deste ano. José foi filmado após supostamente ter estrangulado uma cadela chamada Lili, de apenas quatro meses. O laudo apontou sinais de asfixia e envenenamento da cachorra. O idoso foi denunciado pelo Ministério Público na última quarta-feira (14), por crime de maus-tratos a animais.
De acordo com a cuidadora, a vendedora Maria Eduarda Machado, Lili era a última sobrevivente de uma ninhada de seis cães. Todos os irmãos dela morreram envenenados em um período de três semanas. "Nunca passou pela minha cabeça que um senhor, um ser humano, poderia fazer isso com um animal tão indefeso, ela era muito pequena, e ela não fazia mal, era muito dócil", diz.
No entanto, essa não seria a primeira vez que ele foi denunciado por um crime parecido. Em 1998, um homem o denunciou de ter pulado o muro e matado sua cadela a pauladas. Ele foi condenado apenas por invasão domiciliar.
Denúncias de agressão
A história de José se tornou mais conhecida por conta de um vídeo publicado pela médica veterinária Giovana Nantes Giacomini, que diz estar sendo vítima de sabotagens, agressões verbais e físicas cometidas por ele, que é vizinho de sua clínica veterinária.
As agressões começaram em 2020, logo após a aquisição do imóvel. Nos primeiros dias, a cerca elétrica da casa foi cortada várias vezes. E, segundo Giovana, os episódios se intensificaram com o tempo.
José destruiu câmeras de segurança, quebrou refletores, lançou água para provocar curtos-circuitos e chegou a usar bombinhas para danificar a cerca elétrica. Parte das ações foi registrada por câmeras de segurança. Em outro momento, a mãe da veterinária chegou a ser agredida pelo homem: ela caiu e quebrou o dedo.
"Eu não sei te falar como vai resolver, mas eu preciso de uma solução. Pra não ter medo de estar dentro da minha própria casa. Eu preciso de paz", desabafou Giovana.
O Fantástico entrou em contato com os advogados de José, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
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