Série sobre Raul Seixas tem cenas doidonas para mostrar como ele se tornou lenda do rock brasileiro

Precisa de se destacar nas redes sociais.
Conheça nossos planos de gestão de mídias sociais a partir de R$590,00 mês. Entre em contato
BID Mídia Patrocinado

Lançada pelo Globoplay, 'Raul Seixas: Eu Sou' é dividida em oito episódios e mescla fatos com mitos e metáforas. 'Relação entre Raul Seixas e Paulo Coelho era como casamento', diz João Zappa
Raul Seixas é engolido por uma poltrona, fica nu em uma jaula e vê um disco voador na série "Raul Seixas: Eu Sou", lançada nesta quinta-feira (26) no Globoplay. Nada disso aconteceu na realidade. Doidonas, essas e outras cenas surgem para fazer jus à fama do músico de Maluco Beleza.
“Produzir uma série careta sobre o Raul Seixas seria uma tragédia. Um pecado”, afirma Pedro Morelli, que codirigiu os episódios ao lado de seu pai, Paulo. “A gente estava determinado a ousar. Tentamos fazer cenas meio surrealistas, que captassem o que se passava dentro da cabeça dele. Cenas sensoriais para retratar aquela loucura, inspiração ou o que ele vivia...”
O roqueiro, que faria 80 anos neste sábado (28), morreu por uma parada cardiorrespiratória em 1989. A série narra sua trajetória na arte que o consagrou como um gigante na música brasileira.
Ravel Andrade como Raul Seixas em 'Raul Seixas: Eu Sou'
Divulgação
Um maluco total, na loucura real
Voz de sucessos hippies como “Metamorfose Ambulante”, “Tente Outra Vez” e “Cowboy Fora da Lei”, Raul ficou famoso ao reunir baião e folk em músicas repletas de brasilidade. Suas canções têm sátiras, reflexões filosóficas, odes à liberdade e um quê místico.
Com pegada psicodélica, a cinebiografia explica como ele — aqui interpretado por Ravel Andrade — se tornou essa estrela lendária e influenciou um montão de brasileiros durante a contracultura dos anos 1970.
Dividida em oito episódios, a série mescla fatos com mitos e metáforas. Por exemplo, Raul disse várias vezes que, em 1974, passou dias ao lado de John Lennon em Nova York — a história nunca foi comprovada, mas na série ganha espaço porque, verdadeira ou não, orbita sua figura mítica.
O mesmo vale para fatos concretos que abrilhantam Raul, como ele ter sido produtor de "Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua" (Sérgio Sampaio), uma das canções mais aclamadas do país.
Ravel Andrade como Raul Seixas em 'Raul Seixas: Eu Sou'
Divulgação
Controlando a minha maluquez
A trama não é linear e mostra as várias fases de Raul. Soa quase como um símbolo de “Gita”, um dos maiores hits do baiano. A canção tem versos como: “Eu sou a mosca da sopa/ e o dente do tubarão/ eu sou os olhos do cego/ e a cegueira da visão/ É, mas eu sou o amargo da língua/ a mãe, o pai e o avô/ o filho que ainda não veio/ o início, o fim e o meio”.
“A complexidade do Raul é a graça dele. Ele é justamente essa metamorfose ambulante. Ele era múltiplo. Com a família, era tímido e delicado. No show, crescia e explodia. Ele dizia: ‘Sou um ator tão bom que finjo ser compositor e poeta, e todo mundo acredita’”, conta Paulo.
Durante o processo de pesquisa, o diretor entrevistou mais de 20 pessoas ligadas ao artista. Viu alguns desenhos que ele fez quando criança, seus objetos de coleção, um baú de sua família e daí por diante.
Além de mostrar como o músico se tornou um astro, a série expõe problemas e controvérsias que o rodeavam, sobretudo seu comportamento autodestrutivo.
"A gente não quis passar pano ou deixar de mostrar os extremos que Raul viveu", afirma Paulo. "Uma de suas ex-mulheres conta que houve um momento de sua vida em que ele bebia 23 horas por dia."
Paulo explica que, nessa época, Raul acreditava fielmente que "ser artista" era sinônimo de "ser radical".
Ravel Andrade como Raul Seixas em 'Raul Seixas: Eu Sou'
Divulgação
Misturada com minha lucidez
Quanto às cenas musicais da série, Pedro explica que o vocal do protagonista é uma mescla de gravações. Houve uma edição para juntar as vozes do próprio Raul, a de Ravel e a do músico Tony Gambel, que canta de forma muito similar à do roqueiro (muito mesmo).
Além de Raul, outros artistas brasileiros são retratados na série. Entre eles, está o escritor Paulo Coelho, o grande parceiro musical do baiano. Juntos, eles compuseram dezenas de letras, incluindo "Sociedade Alternativa" e "Gita".
Coelho é quem costumava dar o tom místico para as letras. Foi ele quem estimulou Raul a se aprofundar em princípios da filosofia Thelema, que exalta o extremo da liberdade.
"Os fãs do Raul têm uma bronca com alguns de seus parceiros musicais. Quase como uma coisa maternal com o ídolo, de proteção. Tipo 'ah, abandonou o Raul'... Mas uma coisa que aprendi é a respeitar esse encontro dos dois", afirma João Pedro Zappa, que na série faz o papel de Paulo Coelho.
"É Paulo que introjeta aquelas ideias [místicas] nas músicas, mas, ao mesmo tempo, é o Raul que ensina o Paulo a se comunicar com as massas, dialogar com o sentimento humano", diz João.
"Eles viviam como se fosse um casamento. Uma relação de amor e briga. Intriga e ciúmes. Provocações. Então, um relacionamento um pouco tóxico, mas eles chegaram a se corresponder de forma carinhosa dizendo: 'Você foi o meu melhor inimigo'".
Raul Seixas é engolido por uma poltrona, fica nu em uma jaula e vê um disco voador na série "Raul Seixas: Eu Sou", lançada nesta quinta-feira (26) no Globoplay. Nada disso aconteceu na realidade. Doidonas, essas e outras cenas surgem para fazer jus à fama do músico de Maluco Beleza.
“Produzir uma série careta sobre o Raul Seixas seria uma tragédia. Um pecado”, afirma Pedro Morelli, que codirigiu os episódios ao lado de seu pai, Paulo. “A gente estava determinado a ousar. Tentamos fazer cenas meio surrealistas, que captassem o que se passava dentro da cabeça dele. Cenas sensoriais para retratar aquela loucura, inspiração ou o que ele vivia...”
O roqueiro, que faria 80 anos neste sábado (28), morreu por uma parada cardiorrespiratória em 1989. A série narra sua trajetória na arte que o consagrou como um gigante na música brasileira.
Ravel Andrade como Raul Seixas em 'Raul Seixas: Eu Sou'
Divulgação
Um maluco total, na loucura real
Voz de sucessos hippies como “Metamorfose Ambulante”, “Tente Outra Vez” e “Cowboy Fora da Lei”, Raul ficou famoso ao reunir baião e folk em músicas repletas de brasilidade. Suas canções têm sátiras, reflexões filosóficas, odes à liberdade e um quê místico.
Com pegada psicodélica, a cinebiografia explica como ele — aqui interpretado por Ravel Andrade — se tornou essa estrela lendária e influenciou um montão de brasileiros durante a contracultura dos anos 1970.
Dividida em oito episódios, a série mescla fatos com mitos e metáforas. Por exemplo, Raul disse várias vezes que, em 1974, passou dias ao lado de John Lennon em Nova York — a história nunca foi comprovada, mas na série ganha espaço porque, verdadeira ou não, orbita sua figura mítica.
O mesmo vale para fatos concretos que abrilhantam Raul, como ele ter sido produtor de "Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua" (Sérgio Sampaio), uma das canções mais aclamadas do país.
Ravel Andrade como Raul Seixas em 'Raul Seixas: Eu Sou'
Divulgação
Controlando a minha maluquez
A trama não é linear e mostra as várias fases de Raul. Soa quase como um símbolo de “Gita”, um dos maiores hits do baiano. A canção tem versos como: “Eu sou a mosca da sopa/ e o dente do tubarão/ eu sou os olhos do cego/ e a cegueira da visão/ É, mas eu sou o amargo da língua/ a mãe, o pai e o avô/ o filho que ainda não veio/ o início, o fim e o meio”.
“A complexidade do Raul é a graça dele. Ele é justamente essa metamorfose ambulante. Ele era múltiplo. Com a família, era tímido e delicado. No show, crescia e explodia. Ele dizia: ‘Sou um ator tão bom que finjo ser compositor e poeta, e todo mundo acredita’”, conta Paulo.
Durante o processo de pesquisa, o diretor entrevistou mais de 20 pessoas ligadas ao artista. Viu alguns desenhos que ele fez quando criança, seus objetos de coleção, um baú de sua família e daí por diante.
Além de mostrar como o músico se tornou um astro, a série expõe problemas e controvérsias que o rodeavam, sobretudo seu comportamento autodestrutivo.
"A gente não quis passar pano ou deixar de mostrar os extremos que Raul viveu", afirma Paulo. "Uma de suas ex-mulheres conta que houve um momento de sua vida em que ele bebia 23 horas por dia."
Paulo explica que, nessa época, Raul acreditava fielmente que "ser artista" era sinônimo de "ser radical".
Ravel Andrade como Raul Seixas em 'Raul Seixas: Eu Sou'
Divulgação
Misturada com minha lucidez
Quanto às cenas musicais da série, Pedro explica que o vocal do protagonista é uma mescla de gravações. Houve uma edição para juntar as vozes do próprio Raul, a de Ravel e a do músico Tony Gambel, que canta de forma muito similar à do roqueiro (muito mesmo).
Além de Raul, outros artistas brasileiros são retratados na série. Entre eles, está o escritor Paulo Coelho, o grande parceiro musical do baiano. Juntos, eles compuseram dezenas de letras, incluindo "Sociedade Alternativa" e "Gita".
Coelho é quem costumava dar o tom místico para as letras. Foi ele quem estimulou Raul a se aprofundar em princípios da filosofia Thelema, que exalta o extremo da liberdade.
"Os fãs do Raul têm uma bronca com alguns de seus parceiros musicais. Quase como uma coisa maternal com o ídolo, de proteção. Tipo 'ah, abandonou o Raul'... Mas uma coisa que aprendi é a respeitar esse encontro dos dois", afirma João Pedro Zappa, que na série faz o papel de Paulo Coelho.
"É Paulo que introjeta aquelas ideias [místicas] nas músicas, mas, ao mesmo tempo, é o Raul que ensina o Paulo a se comunicar com as massas, dialogar com o sentimento humano", diz João.
"Eles viviam como se fosse um casamento. Uma relação de amor e briga. Intriga e ciúmes. Provocações. Então, um relacionamento um pouco tóxico, mas eles chegaram a se corresponder de forma carinhosa dizendo: 'Você foi o meu melhor inimigo'".
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
0 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0