Linnpy

G
G1
4h

Aliados dizem a Motta que não cabe pautar anistia para barrar tarifaço porque tema diz respeito à soberania

Precisa de se destacar nas redes sociais.
Precisa de se destacar nas redes sociais.
Conheça nossos planos de gestão de mídias sociais a partir de R$590,00 mês. Entre em contato
BID Mídia Patrocinado
Aliados dizem a Motta que não cabe pautar anistia para barrar tarifaço porque tema diz respeito à soberania
Parlamentares alinhados a Bolsonaro cobram votação afirmando que tema pode levar Trump a desistir de medida; PT diz que 'não tem como negociar'. Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), relataram à Globonews que fizeram chegar a ele o entendimento de que não cabe pautar o projeto conhecido como "PL da Anistia" como uma forma de evitar o tarifaço contra o Brasil anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O entendimento dos líderes, conforme esses relatos, é de que o tarifaço é um tema que diz respeito à soberania do Brasil e que, diante disso, "morreu" a ideia de colocar em votação a anistia neste momento.
Em nota, o presidente Lula já declarou que o Brasil é um país soberano e que não aceita ser tutelado por ninguém.
Em entrevista à Globonews, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse entender que, se o Congresso Nacional pautar o projeto da anistia, Donald Trump poderia rever o tarifaço.
Flávio Bolsonaro cita 'troca' da anistia pelo 'fim' da taxa de 50% de Trump ao Brasil
A oposição ainda não chegou a um texto de consenso, mas, segundo Flávio, a ideia seria de anistia "ampla, geral e irrestrita".
"Se nós estamos aqui neste momento discutindo como sair dessa enrascada, eu estou falando qual é o caminho: a gente sai dessa enrascada voltando o Brasil à normalidade. Para começar — e estou dizendo bem claro, para começar —, eu imagino que é isso, que vai ser um gesto importante: é aprovar uma anistia ampla, geral e irrestrita. Na carta, ele fala que há uma 'caça às bruxas' a Bolsonaro, então, vamos acabar com a caça às bruxas", afirmou o senador.
Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa.
Indiciado pela Polícia Federal e denunciado pela Procuradoria Geral da República por suspeita de envolvimento em uma trama golpista, Bolsonaro nega as acusações.
David Alcolumbre, presidente do Senado, e Hugo Motta, presidente da Câmara, participam de uma coletiva de imprensa após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada, em Brasília, em 3 de junho de 2025
Reuters/Adriano Machado
Questionados sobre o projeto da anistia, aliados de Hugo Motta dizem que a nota conjunta divulgada por ele e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), delimitou o entendimento da cúpula do Congresso de que as negociações com os EUA cabem ao campo diplomático e ao campo econômico.
Com isso, agentes político-partidários ficariam excluídos de eventuais negociações paralelas, colocando à mesa — por exemplo — a hipótese da anistia.
O entendimento, acrescentam esses aliados, é que está em jogo a soberania do Brasil.
"A decisão dos Estados Unidos de impor novas taxações sobre setores estratégicos da economia brasileira deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial", afirmaram Motta e Alcolumbre em nota conjunta.
À Globonews, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), disse avaliar que não há "chance alguma" de o plenário da Câmara pautar a anistia. Para o parlamentar, colocar o projeto em pauta representaria o Brasil "se render ao Trump".
"Aqui só temos um caminho. Isso [trocar tarifas pela anistia] é inegociável, seria abrir mão da soberania, seria não termos um Poder Judiciário independente. Não tem como negociar nesses termos. Só tem um caminho, avançar com o julgamento. O Brasil tem que mostrar que as instituições aqui são fortes. [...] O Brasil não tem como recuar", afirmou.
Encontro na embaixada dos EUA
Nesta sexta, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro, se encontrou em Brasília com o encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar.
Número dois na hierarquia da embaixada, Escobar comanda a representação diplomática americana no Brasil porque o presidente Donald Trump não indicou embaixador para o posto desde que a embaixadora indicada pelo então governo de Joe Biden retornou ao país.
O encontro pegou mal entre integrantes do governo Lula. Fontes na diplomacia afirmaram que o encontro foi um "desastre" porque não gerou efeito prático, uma vez que Tarcísio não fala em nome do Estado brasileiro e Escobar não fala em nome do órgão de comércio americano.
Para diplomatas, Tarcísio demonstrou que "não entende nada" de diplomacia profissional.
Em uma rede social, o governador confirmou o encontro com Escobar e disse que os dois conversaram sobre as consequências das tarifas de Trump para a economia.
"Vamos abrir diálogo com as empresas paulistas, lastreado em dados e argumentos consolidados, para buscar soluções efetivas. É preciso negociar. Narrativas não resolverão o problema. A responsabilidade é de quem governa", publicou.
Em nota, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil também confirmou o encontro de Escobar com Tarcísio, argumentando que o estado de São Paulo concentra o maior volume de investimentos americanos no Brasil.
"Ressaltamos que diplomatas americanos se reúnem regularmente com governadores brasileiros. A Embaixada dos EUA promove os interesses das empresas americanas e a cooperação bilateral", afirmou a representação diplomática.

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar