‘Eu nasci com a TV Globo’: Flávio Fachel conta a evolução da comunicação desde 1965 e monta ‘cápsula do tempo’

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Âncora do Bom Dia Rio preparou uma reportagem em primeira pessoa sobre como o público se comunicava com a TV. Ele ainda propôs um recado conjunto para 2035. ‘Eu nasci com a TV Globo’: Flávio Fachel conta a evolução da comunicação desde 1965
Mensagem. Diz o dicionário: “Comunicação, geralmente uma informação, um aviso ou um pedido dirigido a alguém”.
Há 60 anos que elas chegam aqui — enviadas por você e recebidas por nós.
Esta, que escrevo hoje, é mais uma dessas mensagens. De alguém que também nasceu junto com a TV Globo, em 1965, e que cresceu admirando aquela tela iluminada, capaz mudar a vida de qualquer um.
Com a chegada da TV Globo, as pessoas ganharam:
uma nova forma de se conectar com o mundo;
um novo jeito de saber o que estava acontecendo;
um meio de cobrar as autoridades;
um espelho para ver a própria história na tela de uma televisão.
Flávio Fachel no estúdio do Bom Dia Rio
Reprodução/TV Globo
Mas não era fácil
Para conseguir essa conexão, lá em 1965, o telespectador precisava escrever uma carta (com selos) e enviá-la pelo correio. Ou então usar o telefone, mas poucos tinham um desses na época.
Lá em casa, um aparelho desses, caro, só chegou no início dos anos 80. Junto, vinha um livrão, com todos os números cadastrados: a lista telefônica.
A de 1965, ano do nascimento da TV Globo, trazia o número do Jornal O Globo. O da TV só iria aparecer na lista no ano seguinte.
A museóloga Carina Mesquita conta que o catálogo era “um artigo de luxo”. “Eram poucos os assinantes. Quem tinha acesso eram as pessoas com maior poder aquisitivo, empresas que podiam fazer as divulgações e ter suas próprias linhas telefônicas. Somente a partir do fim dos anos 80, início dos anos 90, isso se popularizou”, ensinou.
O barbeiro Jean Bispo também viveu a época das listas — e, por tabela, a dos orelhões. Eram telefones públicos que ficavam nas calçadas, e as ligações eram pagas com fichas ou cartões que tinham que ser comprados nas bancas de jornais. Hoje, é tudo peça de museu.
“Tinha que correr no orelhão, brigar, dependendo do assunto que fosse, para alguém dar a vez”, lembrou.
Meios de comunicação: da carta ao QR Code
Reprodução/TV Globo
Também podia ‘bater na porta’
Lá no início dos anos 90, o ambientalista Paulo Maia também preparava uma mensagem. Ele tentava chamar a atenção do país para uma nova preocupação na época: o meio ambiente. A internet começava a engatinhar, e uma linha telefônica ainda custava o preço de um carro. Então, Paulo decidiu entregar em mãos, na emissora, uma carta.
“Nós tínhamos uma preocupação muito grande com os pinguins que migravam da Patagônia para a costa brasileira. Eu queria que a população soubesse disso e escrevi uma carta”, lembrou.
“É muita cara de pau! Eu com meus 20 e poucos anos, fui para a porta da TV Globo e falei: ‘Olha, eu queria — olha a pretensão! —, eu queria protocolar uma carta’. Aí o rapaz olhou para mim, não lembro se era um rapaz ou uma moça: ‘O que você quer fazer, rapaz?’ Eu falei: ‘Preciso falar com o jornalismo, eu queria deixar essa carta aqui na porta. Deixei. No pé da carta tinha o telefone da minha vizinha!”, narrou.
“Aí ligaram para a vizinha, eu não me recordo bem o nome da repórter que ligou, e disseram para ela: ‘Eu queria falar com o Paulo Maia.’ E ela falou: ‘É o meu vizinho! Liga daqui a 30 minutos!’. Bateu lá em casa, e eu voltei, comecei a me tremer todo”, descreveu.
E a sensação de ver a carta ser respondida? “Fiquei todo arrepiado.”
Os telefones enfim se popularizaram. Que o diga a Associação de Moradores de Copacabana. Para eles, as mensagens enviadas à Globo sempre foram parte da solução dos problemas da região.
“Hoje é praticamente instantâneo. Mas antigamente, na época do telefonema, tinha a central de atendimento. A gente tinha anotado na nossa agenda, de papel ainda! A gente ligava e falava com o plantonista. Todos conhecidos!”, lembrou Horácio Magalhães.
Nesses 60 anos, nossa redação esteve sempre com os olhos nas cartas, com o ouvido no telefone, com o computador ligado, com o celular na mão e, hoje, com o QR Code pronto para você. Usamos todas as formas possíveis de comunicação para manter contato.
O tempo não para
O futuro está sempre chegando. Nessa transformação permanente e veloz, ninguém sabe, exatamente, como serão as mensagens recebidas pela Globo daqui a 10 anos.
Mas sabemos qual será a primeira: esta carta, transformada em reportagem, será guardada uma cápsula do tempo para ser aberta lá em 2035, junto com mais mensagens de gente que faz e vive essa relação com a TV Globo.
“Para daqui a 10 anos, a única mensagem que eu deixo é: apesar da tecnologia, apesar das vantagens das novas ferramentas que você tem nas mãos, seu celular, seu tablet, o que for, apesar disso tudo, não acredite na primeira notícia. Sempre cheque, sempre verifique a verdade”, revelou o ator Tony Ramos.
Flávio Fachel fecha a cápsula do tempo durante o Bom Dia Rio
Reprodução/TV Globo
Bom Dia Rio 'conversa' com o espectador de forma simples
Mensagem. Diz o dicionário: “Comunicação, geralmente uma informação, um aviso ou um pedido dirigido a alguém”.
Há 60 anos que elas chegam aqui — enviadas por você e recebidas por nós.
Esta, que escrevo hoje, é mais uma dessas mensagens. De alguém que também nasceu junto com a TV Globo, em 1965, e que cresceu admirando aquela tela iluminada, capaz mudar a vida de qualquer um.
Com a chegada da TV Globo, as pessoas ganharam:
uma nova forma de se conectar com o mundo;
um novo jeito de saber o que estava acontecendo;
um meio de cobrar as autoridades;
um espelho para ver a própria história na tela de uma televisão.
Flávio Fachel no estúdio do Bom Dia Rio
Reprodução/TV Globo
Mas não era fácil
Para conseguir essa conexão, lá em 1965, o telespectador precisava escrever uma carta (com selos) e enviá-la pelo correio. Ou então usar o telefone, mas poucos tinham um desses na época.
Lá em casa, um aparelho desses, caro, só chegou no início dos anos 80. Junto, vinha um livrão, com todos os números cadastrados: a lista telefônica.
A de 1965, ano do nascimento da TV Globo, trazia o número do Jornal O Globo. O da TV só iria aparecer na lista no ano seguinte.
A museóloga Carina Mesquita conta que o catálogo era “um artigo de luxo”. “Eram poucos os assinantes. Quem tinha acesso eram as pessoas com maior poder aquisitivo, empresas que podiam fazer as divulgações e ter suas próprias linhas telefônicas. Somente a partir do fim dos anos 80, início dos anos 90, isso se popularizou”, ensinou.
O barbeiro Jean Bispo também viveu a época das listas — e, por tabela, a dos orelhões. Eram telefones públicos que ficavam nas calçadas, e as ligações eram pagas com fichas ou cartões que tinham que ser comprados nas bancas de jornais. Hoje, é tudo peça de museu.
“Tinha que correr no orelhão, brigar, dependendo do assunto que fosse, para alguém dar a vez”, lembrou.
Meios de comunicação: da carta ao QR Code
Reprodução/TV Globo
Também podia ‘bater na porta’
Lá no início dos anos 90, o ambientalista Paulo Maia também preparava uma mensagem. Ele tentava chamar a atenção do país para uma nova preocupação na época: o meio ambiente. A internet começava a engatinhar, e uma linha telefônica ainda custava o preço de um carro. Então, Paulo decidiu entregar em mãos, na emissora, uma carta.
“Nós tínhamos uma preocupação muito grande com os pinguins que migravam da Patagônia para a costa brasileira. Eu queria que a população soubesse disso e escrevi uma carta”, lembrou.
“É muita cara de pau! Eu com meus 20 e poucos anos, fui para a porta da TV Globo e falei: ‘Olha, eu queria — olha a pretensão! —, eu queria protocolar uma carta’. Aí o rapaz olhou para mim, não lembro se era um rapaz ou uma moça: ‘O que você quer fazer, rapaz?’ Eu falei: ‘Preciso falar com o jornalismo, eu queria deixar essa carta aqui na porta. Deixei. No pé da carta tinha o telefone da minha vizinha!”, narrou.
“Aí ligaram para a vizinha, eu não me recordo bem o nome da repórter que ligou, e disseram para ela: ‘Eu queria falar com o Paulo Maia.’ E ela falou: ‘É o meu vizinho! Liga daqui a 30 minutos!’. Bateu lá em casa, e eu voltei, comecei a me tremer todo”, descreveu.
E a sensação de ver a carta ser respondida? “Fiquei todo arrepiado.”
Os telefones enfim se popularizaram. Que o diga a Associação de Moradores de Copacabana. Para eles, as mensagens enviadas à Globo sempre foram parte da solução dos problemas da região.
“Hoje é praticamente instantâneo. Mas antigamente, na época do telefonema, tinha a central de atendimento. A gente tinha anotado na nossa agenda, de papel ainda! A gente ligava e falava com o plantonista. Todos conhecidos!”, lembrou Horácio Magalhães.
Nesses 60 anos, nossa redação esteve sempre com os olhos nas cartas, com o ouvido no telefone, com o computador ligado, com o celular na mão e, hoje, com o QR Code pronto para você. Usamos todas as formas possíveis de comunicação para manter contato.
O tempo não para
O futuro está sempre chegando. Nessa transformação permanente e veloz, ninguém sabe, exatamente, como serão as mensagens recebidas pela Globo daqui a 10 anos.
Mas sabemos qual será a primeira: esta carta, transformada em reportagem, será guardada uma cápsula do tempo para ser aberta lá em 2035, junto com mais mensagens de gente que faz e vive essa relação com a TV Globo.
“Para daqui a 10 anos, a única mensagem que eu deixo é: apesar da tecnologia, apesar das vantagens das novas ferramentas que você tem nas mãos, seu celular, seu tablet, o que for, apesar disso tudo, não acredite na primeira notícia. Sempre cheque, sempre verifique a verdade”, revelou o ator Tony Ramos.
Flávio Fachel fecha a cápsula do tempo durante o Bom Dia Rio
Reprodução/TV Globo
Bom Dia Rio 'conversa' com o espectador de forma simples
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