Empresário executado a mando de funcionário: o que se sabe e falta esclarecer sobre crime no ES

O empresário Wallace Lovato, de 42 anos, foi morto com um tiro na cabeça no meio da rua em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução/Redes sociais
Quatro pessoas já foram presas pela execução do empresário Wallace Lovato, de 42 anos, morto com um tiro na cabeça em Vila Velha, na Grande Vitória, enquanto entrava em seu carro, na saída da empresa onde era CEO e fundador, a Globalsys.
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Entre as pessoas presas até agora, uma deles é Bruno Valadares de Almeida, suspeito de ser o mandante do crime. Ele era diretor financeiro da empresa da vítima. O caso segue em segredo de Justiça, mas a principal suspeita é de que o crime tenha sido motivado pela descoberta de um desvio financeiro.
Confira abaixo o que já se sabe sobre a morte do empresário e o que ainda precisa ser esclarecido:
Quem era a vítima?
Como o crime aconteceu?
Qual a motivação do crime?
O empresário tentou reagir?
Wallace vinha recebendo ameaças?
O carro usado no crime foi encontrado?
Quem são os suspeitos do crime?
Quem foi preso pelo crime?
O que diz a defesa do suspeito de ser mandante?
O que diz a família do empresário?
1. Quem era a vítima?
Empresário Wallace Lovato, de 42 anos, morto com tiro na cabeça em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução/Redes sociais
A vítima era Wallace Lovato, um empresário de 42 anos. Ele era CEO e fundador da empresa de tecnologia e inovação Globalsys, que presta serviços de informática para grandes empresas. A empresa de Lovato foi fundada em 2010 e surgiu da proposta de desenvolver tecnologia avançada no mercado capixaba e nacional.
Além disso, outras empresas também foram criadas por ele, como a Box 027, uma rede de mercados autônomos, sem a presença de funcionários para pegar ou passar os produtos. O modelo virou sucesso a partir da pandemia.
O empresário era constantemente convidado a participar de podcasts, eventos e mídias especializadas, onde abordava temas como transformação digital, inteligência de mercado e o impacto da tecnologia no setor empresarial.
Era casado e pai de duas crianças.
2. Como o crime aconteceu?
Vídeo mostra momento em que empresário é executado em Vila Velha
Wallace foi morto com um tiro na cabeça (assista no vídeo acima), no dia 9 de junho, quando saía do prédio onde fica a empresa dele e seguia em direção ao carro que estava estacionado na rua. Câmeras de segurança da região mostraram de diferentes ângulos a ação dos criminosos.
Em um deles, por volta das 16h45, a vítima aparece com uma mochila nas costas em pé ao lado do próprio carro e parece falar ao telefone. Momentos depois, um veículo estacionado logo atrás sai da vaga, para ao lado do empresário e atira. A ação dura segundos e o empresário cai no chão, enquanto o carro cinza com os suspeitos foge.
3. Qual a motivação do crime?
A principal linha de investigação aponta que Lovato contratou uma consultoria, que descobriu um desvio financeiro de dinheiro praticado pelo seu diretor financeiro dentro da empresa, Bruno Valadares de Almeida. A suspeita é de que, temendo as consequências da descoberta, o diretor teria planejado o crime.
4. O empresário tentou reagir?
Wallace Lovato, de 42 anos, estava ao lado do próprio carro quando foi executado na cabeça em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução
Nas imagens registradas no momento do crime, é possível ver que o empresário é pego de surpresa pelos criminosos e não teve tempo de reagir. Ele morreu ao ser atingido pelo tiro na cabeça.
A vítima chegou a ser socorrida no próprio carro, mas não resistiu.
5. Wallace vinha recebendo ameaças?
Não há informações se o empresário estava recebendo algum tipo de ameaça ou se contou sobre a suspeita de desvio para algum familiar ou outro funcionário. A polícia ainda não divulgou detalhes do caso.
6. O carro usado no crime foi encontrado?
O carro usado pelo atirador para cometer o crime foi encontrado no dia seguinte ao assassinato. Ele foi localizado próximo à Terceira Ponte, na Grande Vitória. Segundo a polícia, o veículo tinha placa clonada.
7. Quem são os suspeitos do crime?
Até o momento, foram identificados cinco suspeitos de envolvimento na morte do empresário. O diretor financeiro da Globalsys, o motorista do carro usado no crime, o atirador e dois intermediários.
8. Quem foi preso pelo crime?
Da esquerda para direita: Arthur Luppi (motorista); Arthur Barros (atirador); Efferson Ferreira (intermediário); e Bruno Valadares (mandante).
Reprodução/ Redes Sociais
Bruno Valadares de Almeida, de 39 anos: suspeito de ser o mandante do assassinato. Segundo as investigações, Lovato descobriu um desvio de dinheiro praticado por Bruno dentro da empresa. Ele foi preso no dia 12 de julho em uma casa no bairro Jardim Colorado, em Vila Velha;
Eferson Ferreira Alves, idade não informada: se entregou na delegacia de Vila Velha em 23 de junho. É apontado pela polícia como intermediário do crime;
Arthur Neves de Barros, de 35 anos: foi preso no dia 19 de junho quando saía de casa na cidade de Sumé na Paraíba. Apontado como atirador.
Arthur Laudevino Candeas Luppi, de 22 anos: preso no dia 17 de junho em Minas Gerais. Apontado como motorista.
Intermediário de nome não revelado: antes do caso estar sob segredo de Justiça, a polícia tinha afirmado que um mandado de prisão de um intermediário havia sido expedido. Não há informações sobre a identidade do suspeito.
9. O que diz a defesa do suspeito de ser mandante?
A defesa de Bruno Valadares de Almeida afirma que ele é inocente, mas que vai respeitar o processo legal e não vai prestar mais esclarecimentos.
"A assessoria também comunica que já foi solicitada a habilitação nos autos do processo, a fim de assegurar o pleno direito de defesa e contribuir para o esclarecimento da verdade dos fatos. Demais informações serão oportunamente divulgadas, conforme o regular andamento do processo e as decisões que forem sendo proferidas pela Justiça", afirmou a equipe jurídica.
Os outros suspeitos não divulgaram nota de suas defesas, mas em depoimento à polícia no momento das prisões negaram a participação no crime.
10. O que diz a família do empresário?
Após a prisão do diretor financeiro, o CEO da Globalsys, Thiago Molino, disse em comunicado à imprensa que a família de Wallace está impactada com a prisão do suspeito.
"O trabalho sempre foi um dos principais motores da vida de Wallace. É muito triste para nós saber que um filho, marido e pai de duas crianças se foi e que a suspeita recai nos interesses comerciais e financeiros", disse a nota.
Molino ainda informou que está tomando todas as providências para rescindir qualquer contrato com o investigado.
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Quatro pessoas já foram presas pela execução do empresário Wallace Lovato, de 42 anos, morto com um tiro na cabeça em Vila Velha, na Grande Vitória, enquanto entrava em seu carro, na saída da empresa onde era CEO e fundador, a Globalsys.
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Entre as pessoas presas até agora, uma deles é Bruno Valadares de Almeida, suspeito de ser o mandante do crime. Ele era diretor financeiro da empresa da vítima. O caso segue em segredo de Justiça, mas a principal suspeita é de que o crime tenha sido motivado pela descoberta de um desvio financeiro.
Confira abaixo o que já se sabe sobre a morte do empresário e o que ainda precisa ser esclarecido:
Quem era a vítima?
Como o crime aconteceu?
Qual a motivação do crime?
O empresário tentou reagir?
Wallace vinha recebendo ameaças?
O carro usado no crime foi encontrado?
Quem são os suspeitos do crime?
Quem foi preso pelo crime?
O que diz a defesa do suspeito de ser mandante?
O que diz a família do empresário?
1. Quem era a vítima?
Empresário Wallace Lovato, de 42 anos, morto com tiro na cabeça em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução/Redes sociais
A vítima era Wallace Lovato, um empresário de 42 anos. Ele era CEO e fundador da empresa de tecnologia e inovação Globalsys, que presta serviços de informática para grandes empresas. A empresa de Lovato foi fundada em 2010 e surgiu da proposta de desenvolver tecnologia avançada no mercado capixaba e nacional.
Além disso, outras empresas também foram criadas por ele, como a Box 027, uma rede de mercados autônomos, sem a presença de funcionários para pegar ou passar os produtos. O modelo virou sucesso a partir da pandemia.
O empresário era constantemente convidado a participar de podcasts, eventos e mídias especializadas, onde abordava temas como transformação digital, inteligência de mercado e o impacto da tecnologia no setor empresarial.
Era casado e pai de duas crianças.
2. Como o crime aconteceu?
Vídeo mostra momento em que empresário é executado em Vila Velha
Wallace foi morto com um tiro na cabeça (assista no vídeo acima), no dia 9 de junho, quando saía do prédio onde fica a empresa dele e seguia em direção ao carro que estava estacionado na rua. Câmeras de segurança da região mostraram de diferentes ângulos a ação dos criminosos.
Em um deles, por volta das 16h45, a vítima aparece com uma mochila nas costas em pé ao lado do próprio carro e parece falar ao telefone. Momentos depois, um veículo estacionado logo atrás sai da vaga, para ao lado do empresário e atira. A ação dura segundos e o empresário cai no chão, enquanto o carro cinza com os suspeitos foge.
3. Qual a motivação do crime?
A principal linha de investigação aponta que Lovato contratou uma consultoria, que descobriu um desvio financeiro de dinheiro praticado pelo seu diretor financeiro dentro da empresa, Bruno Valadares de Almeida. A suspeita é de que, temendo as consequências da descoberta, o diretor teria planejado o crime.
4. O empresário tentou reagir?
Wallace Lovato, de 42 anos, estava ao lado do próprio carro quando foi executado na cabeça em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução
Nas imagens registradas no momento do crime, é possível ver que o empresário é pego de surpresa pelos criminosos e não teve tempo de reagir. Ele morreu ao ser atingido pelo tiro na cabeça.
A vítima chegou a ser socorrida no próprio carro, mas não resistiu.
5. Wallace vinha recebendo ameaças?
Não há informações se o empresário estava recebendo algum tipo de ameaça ou se contou sobre a suspeita de desvio para algum familiar ou outro funcionário. A polícia ainda não divulgou detalhes do caso.
6. O carro usado no crime foi encontrado?
O carro usado pelo atirador para cometer o crime foi encontrado no dia seguinte ao assassinato. Ele foi localizado próximo à Terceira Ponte, na Grande Vitória. Segundo a polícia, o veículo tinha placa clonada.
7. Quem são os suspeitos do crime?
Até o momento, foram identificados cinco suspeitos de envolvimento na morte do empresário. O diretor financeiro da Globalsys, o motorista do carro usado no crime, o atirador e dois intermediários.
8. Quem foi preso pelo crime?
Da esquerda para direita: Arthur Luppi (motorista); Arthur Barros (atirador); Efferson Ferreira (intermediário); e Bruno Valadares (mandante).
Reprodução/ Redes Sociais
Bruno Valadares de Almeida, de 39 anos: suspeito de ser o mandante do assassinato. Segundo as investigações, Lovato descobriu um desvio de dinheiro praticado por Bruno dentro da empresa. Ele foi preso no dia 12 de julho em uma casa no bairro Jardim Colorado, em Vila Velha;
Eferson Ferreira Alves, idade não informada: se entregou na delegacia de Vila Velha em 23 de junho. É apontado pela polícia como intermediário do crime;
Arthur Neves de Barros, de 35 anos: foi preso no dia 19 de junho quando saía de casa na cidade de Sumé na Paraíba. Apontado como atirador.
Arthur Laudevino Candeas Luppi, de 22 anos: preso no dia 17 de junho em Minas Gerais. Apontado como motorista.
Intermediário de nome não revelado: antes do caso estar sob segredo de Justiça, a polícia tinha afirmado que um mandado de prisão de um intermediário havia sido expedido. Não há informações sobre a identidade do suspeito.
9. O que diz a defesa do suspeito de ser mandante?
A defesa de Bruno Valadares de Almeida afirma que ele é inocente, mas que vai respeitar o processo legal e não vai prestar mais esclarecimentos.
"A assessoria também comunica que já foi solicitada a habilitação nos autos do processo, a fim de assegurar o pleno direito de defesa e contribuir para o esclarecimento da verdade dos fatos. Demais informações serão oportunamente divulgadas, conforme o regular andamento do processo e as decisões que forem sendo proferidas pela Justiça", afirmou a equipe jurídica.
Os outros suspeitos não divulgaram nota de suas defesas, mas em depoimento à polícia no momento das prisões negaram a participação no crime.
10. O que diz a família do empresário?
Após a prisão do diretor financeiro, o CEO da Globalsys, Thiago Molino, disse em comunicado à imprensa que a família de Wallace está impactada com a prisão do suspeito.
"O trabalho sempre foi um dos principais motores da vida de Wallace. É muito triste para nós saber que um filho, marido e pai de duas crianças se foi e que a suspeita recai nos interesses comerciais e financeiros", disse a nota.
Molino ainda informou que está tomando todas as providências para rescindir qualquer contrato com o investigado.
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