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IBGE lança mapa-múndi invertido com Brasil no centro; objetivo é 'ressaltar liderança' em fóruns internacionais, diz presidente

IBGE lança mapa-múndi invertido com Brasil no centro; objetivo é 'ressaltar liderança' em fóruns internacionais, diz presidente
Polêmico, Marcio Pochmann, presidente do IBGE, tem se posicionado no centro de uma crise política no órgão nos últimos meses. Ele citou a influência do Brasil nos Brics, no Mercosul e a realização da COP 30 em novembro para colocar o país no centro do mundo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta quarta-feira (7) uma versão do mapa-múndi com o Brasil no centro, também identificado como "mapa invertido".
Segundo o instituto, o novo mapa traz destacados os países que compõe o BRICs, o Mercosul, os países de língua portuguesa e do bioma amazônico, além da cidade do Rio de Janeiro, como capital dos BRICS, a cidade de Belém — como capital da COP 30 — e o Ceará como sede do Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global.
"A novidade busca ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais como no Brics e Mercosul e na realização da COP 30 no ano de 2025", afirmou o presidente do instituto, Marcio Pochmann, em uma rede social.
Ele acrescentou que o mapa-múndi invertido "estimula a reflexão sobre como nos vemos nesse novo mundo em que as transformações ocorrem mais rapidamente e exigem um protagonismo brasileiro ainda maior".
Mapa-múndi com Brasil no centro
IBGE
Controverso, Pochmann, tem se posicionado no centro de uma crise no IBGE, órgão público responsável por indicadores importantes da economia — como o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação oficial do país, entre outros.
O corpo técnico do instituto, que teme por perda de credibilidade do órgão, divulgou em janeiro deste ano uma carta aberta, assinada por mais de 600 pessoas, acusando Pochmann de autoritarismo.
À época, o presidente do IBGE sugeriu que servidores que o criticam mentem, o que teria aumentado a gravidade da crise interna.
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Brics
O Brics, citado por Pochmann, é um grupo formado por onze países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. "Serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas", informa, em seu site.
No fim do ano passado, o então eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu que os países membros do Brics se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar outra moeda que substitua o dólar, sob pena de sofrerem tarifas de 100%.
Em abril, em meio à guerra comercial iniciada por Donald Trump contra Pequim, a China pressiona por uma reunião extraordinária de ministros de comércio do Brics, com o objetivo de discutir o comércio internacional e as tarifas dos Estados Unidos. Para isso, é preciso convencer o Brasil, que ocupa a presidência rotativa do BRICS, a convocar o encontro.
Mercosul
Já o Mercosul é um bloco comercial, que visa integração regional, formado inicialmente pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai ao qual recentemente incorporaram-se a Venezuela (suspensa por conta da "ruptura da ordem democrática") e a Bolívia, que ingressou no ano passado.
Em meio a tensões comerciais decorrentes do tarifaço norte-americano, o bloco tem buscado ampliar o diálogo com a Europa.
Após 25 anos de negociação, o Mercosul fechou, no fim de 2024, um acordo de livre comércio com a União Europeia - que prevê a redução de tarifas comerciais e facilitação de investimentos. Mas o acordo ainda precisa ratificado pelos parlamentos nacionais de todos os países do Mercosul para entrar em vigor.
COP 30
A COP 30, por sua vez, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, prevista para novembro deste ano em Belém (PA) debaterá questões-chave que devem orientar o debate no principal evento da ONU sobre crise climática global.
O objetivo central é implementar as estratégias do Acordo de Paris, firmado ainda em 2015, para conter o aquecimento global abaixo de 2°C até o final do século, algo considerado indispensável ampliar os investimentos em preservação ambiental nos países em desenvolvimento - uma articulação complexa que pretende alcançar a cifra de US$ 1 trilhão por ano.

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