Ex-PM monitorou Fernando Iggnácio por 8 meses antes de execução, aponta MPRJ

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Ex-policial enviou vídeos em tempo real para mostrar que estava próximo à residência de veraneio de Fernando em Ilha Grande, na Costa Verde. Defesa de Rogério Andrade nega participação no crime. Homem que monitorou Fernando Iggnácio mandou fotos do terreno da casa do contraventor, executado em novembro de 2020
Reprodução
Investigações do Ministério Público do Rio apontaram que Gilmar Eneas Lisboa, preso por seguir os passos do bicheiro Fernando Iggnácio antes de ele ser executado, começou a monitorar a vítima pelo menos oito meses antes do crime.
O monitoramento foi citado esta semana em uma audiência sobre o processo da morte de Fernando Iggnácio, no qual o contraventor Rogério Andrade é réu.
Imagens obtidas a partir da quebra de sigilo de Márcio Araújo, apontado como o homem que contratou Lisboa e os executores do crime, mostram que o ex-policial enviou vídeos da casa de veraneio de Iggnácio na Ponta da Raposinha, em Ilha Grande, na Costa Verde do Estado.
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No dia 11 de novembro de 2020, Fernando Iggnácio voltava justamente do local quando foi executado no estacionamento de um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Os tiros de fuzil calibre 556 atingiram o homem quando ele se preparava para entrar em seu carro.
Saiba quem era Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade que foi executado no Rio
O bicheiro Rogério Andrade, rival de Iggnácio, foi preso acusado de ser o mandante do crime. Sua defesa nega as acusações (leia mais ao final da reportagem).
Atualmente Andrade está preso em um presídio Federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira, acompanhou por videoconferência uma audiência do processo em que responde pelo crime. Neste processo, apenas ele e Gilmar Eneas Lisboa foram denunciados pelo MPRJ.
Márcio Araújo de Souza se entregou à polícia em 2021, suspeito de ter contratado os executores do crime. Depois, deixou a cadeia por decisão do Supremo Tribunal Federal e foi reconduzido à Polícia Militar do Rio de Janeiro. Em 2023, ele foi alvo de um suposto atentado, mas sobreviveu. O crime nunca foi solucionado.
Ele responde em liberdade a um processo em separado pelo homicídio de Fernando Iggnácio. Por determinação da Justiça, foi obrigado a utilizar uma tornozeleira eletrônica. Ele também foi proibido de deixar o país.
Rogério Andrade, sobrinho de Castor, foi preso por ser suspeito de mandar matar o rival Fernando Iggnácio (de óculos), genro de Castor.
Reprodução TV Globo
Ygor Farofa (E), o ex-PM Pedro Cordeiro (C), ao lado do PM Rodrigo das Neves (de boné); e Otto Cordeiro (no alto da imagem)
Reprodução
Detalhes da casa e desconfiança de funcionários
A investigação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ.
Nos contatos de Márcio Araújo, Lisboa era identificado pelo codinome "Tribidi". Ele deu detalhes de como era a residência e o terreno onde ficava a casa da família de Fernando Iggnácio.
Em uma parte das mensagens, ele diz que alguns vídeos ficaram tremidos porque, durante o monitoramento, ele avistou um funcionário que teria ficado desconfiado.
"Essa é a casa que ele fica. Algumas filmagens não ficaram boa (sic) porque um funcionário dele estava desconfiado. Está filmado a parte dos fundos da casa e a frente. Só tem funcionário e um segurança no cais comprido", diz Tribidi (Lisboa).
Alvo era o 'Cabeludo'
Uma outra mensagem do mesmo dia 16 de março indica um padrão na conduta da organização criminosa, segundo o MPRJ.
O codinome da vítima, Fernando Iggnácio, é o mesmo utilizado por Rogério Andrade, em mensagens criptografadas para Márcio Araújo: "Cabeludo".
"O cais de ferro na cor verde fica nos fundos da casa do cabeludo"
"Tribidi envia diversos vídeos da casa, além de passar para Araújo informações relevantes como presença de seguranças, presença de funcionários, local exato onde Cabeludo fica e posição ideal para parar barcos", diz um trecho da denúncia do MPRJ.
'O Cabeludo é o que interessa': Rogério Andrade teria ordenado morte de Fernando Iggnácio em mensagens de app criptografado
Reprodução e Jose Lucena/Estadão
Defesas respondem
O advogado Raphael Mattos, que representa Rogério Andrade, questionou a análise das mensagens utilizadas como provas do envolvimento de Rogério no crime:
"O Ministério Público ofereceu denúncia, baseada em análise dele próprio, de fotos de duas mensagens, datadas 9 meses antes dos fatos, sem qualquer suporte técnico, conforme dito pelo seus próprios funcionários contratados, que em razão disso, um suposto codinome, seria o senhor Rogério. Não há nada mais. Negamos qualquer participação nos fatos."
O advogado Diogo Macruz, que é responsável pela defesa de Gilmar Enéas Lisboa, não respondeu até a publicação desta reportagem.
Procurada, a defesa de Márcio Araújo de Souza afirmou que ele nega qualquer participação no crime, e que confia que, ao final do processo, restará evidenciada sua inocência.
A defesa também diz que espera por uma perícia eletrônica em diversos equipamentos para fazer suas alegações finais no processo.
Reprodução
Investigações do Ministério Público do Rio apontaram que Gilmar Eneas Lisboa, preso por seguir os passos do bicheiro Fernando Iggnácio antes de ele ser executado, começou a monitorar a vítima pelo menos oito meses antes do crime.
O monitoramento foi citado esta semana em uma audiência sobre o processo da morte de Fernando Iggnácio, no qual o contraventor Rogério Andrade é réu.
Imagens obtidas a partir da quebra de sigilo de Márcio Araújo, apontado como o homem que contratou Lisboa e os executores do crime, mostram que o ex-policial enviou vídeos da casa de veraneio de Iggnácio na Ponta da Raposinha, em Ilha Grande, na Costa Verde do Estado.
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No dia 11 de novembro de 2020, Fernando Iggnácio voltava justamente do local quando foi executado no estacionamento de um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Os tiros de fuzil calibre 556 atingiram o homem quando ele se preparava para entrar em seu carro.
Saiba quem era Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade que foi executado no Rio
O bicheiro Rogério Andrade, rival de Iggnácio, foi preso acusado de ser o mandante do crime. Sua defesa nega as acusações (leia mais ao final da reportagem).
Atualmente Andrade está preso em um presídio Federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira, acompanhou por videoconferência uma audiência do processo em que responde pelo crime. Neste processo, apenas ele e Gilmar Eneas Lisboa foram denunciados pelo MPRJ.
Márcio Araújo de Souza se entregou à polícia em 2021, suspeito de ter contratado os executores do crime. Depois, deixou a cadeia por decisão do Supremo Tribunal Federal e foi reconduzido à Polícia Militar do Rio de Janeiro. Em 2023, ele foi alvo de um suposto atentado, mas sobreviveu. O crime nunca foi solucionado.
Ele responde em liberdade a um processo em separado pelo homicídio de Fernando Iggnácio. Por determinação da Justiça, foi obrigado a utilizar uma tornozeleira eletrônica. Ele também foi proibido de deixar o país.
Rogério Andrade, sobrinho de Castor, foi preso por ser suspeito de mandar matar o rival Fernando Iggnácio (de óculos), genro de Castor.
Reprodução TV Globo
Ygor Farofa (E), o ex-PM Pedro Cordeiro (C), ao lado do PM Rodrigo das Neves (de boné); e Otto Cordeiro (no alto da imagem)
Reprodução
Detalhes da casa e desconfiança de funcionários
A investigação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ.
Nos contatos de Márcio Araújo, Lisboa era identificado pelo codinome "Tribidi". Ele deu detalhes de como era a residência e o terreno onde ficava a casa da família de Fernando Iggnácio.
Em uma parte das mensagens, ele diz que alguns vídeos ficaram tremidos porque, durante o monitoramento, ele avistou um funcionário que teria ficado desconfiado.
"Essa é a casa que ele fica. Algumas filmagens não ficaram boa (sic) porque um funcionário dele estava desconfiado. Está filmado a parte dos fundos da casa e a frente. Só tem funcionário e um segurança no cais comprido", diz Tribidi (Lisboa).
Alvo era o 'Cabeludo'
Uma outra mensagem do mesmo dia 16 de março indica um padrão na conduta da organização criminosa, segundo o MPRJ.
O codinome da vítima, Fernando Iggnácio, é o mesmo utilizado por Rogério Andrade, em mensagens criptografadas para Márcio Araújo: "Cabeludo".
"O cais de ferro na cor verde fica nos fundos da casa do cabeludo"
"Tribidi envia diversos vídeos da casa, além de passar para Araújo informações relevantes como presença de seguranças, presença de funcionários, local exato onde Cabeludo fica e posição ideal para parar barcos", diz um trecho da denúncia do MPRJ.
'O Cabeludo é o que interessa': Rogério Andrade teria ordenado morte de Fernando Iggnácio em mensagens de app criptografado
Reprodução e Jose Lucena/Estadão
Defesas respondem
O advogado Raphael Mattos, que representa Rogério Andrade, questionou a análise das mensagens utilizadas como provas do envolvimento de Rogério no crime:
"O Ministério Público ofereceu denúncia, baseada em análise dele próprio, de fotos de duas mensagens, datadas 9 meses antes dos fatos, sem qualquer suporte técnico, conforme dito pelo seus próprios funcionários contratados, que em razão disso, um suposto codinome, seria o senhor Rogério. Não há nada mais. Negamos qualquer participação nos fatos."
O advogado Diogo Macruz, que é responsável pela defesa de Gilmar Enéas Lisboa, não respondeu até a publicação desta reportagem.
Procurada, a defesa de Márcio Araújo de Souza afirmou que ele nega qualquer participação no crime, e que confia que, ao final do processo, restará evidenciada sua inocência.
A defesa também diz que espera por uma perícia eletrônica em diversos equipamentos para fazer suas alegações finais no processo.
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