Ao reforçar identidade ambiental, campanha abre voto popular para escolha da ave símbolo de Presidente Epitácio

Disputa estará em andamento até o dia 1º de outubro. Rio Paraná, em Presidente Epitácio (SP)
Assessoria de Imprensa/Prefeitura de Presidente Epitácio (SP)
Ao buscar reforçar a identidade ambiental da cidade e estimular a preservação da biodiversidade, a Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar (Apoena) e a Prefeitura de Presidente Epitácio (SP) realizam uma campanha para escolher uma ave símbolo para o município.
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“Presidente Epitácio é uma estância turística com uma das paisagens mais belas do Brasil, banhada pelo majestoso Rio Paraná e cercada por uma natureza exuberante. Essa campanha é mais uma forma de valorizar nossa fauna e reforçar o orgulho epitaciano. Queremos que a população participe ativamente desse processo, escolhendo a ave que melhor nos representa”, explicou o prefeito André Ferraz Lima (Republicanos).
O presidente da Apoena, Djalma Weffort, comentou que essa campanha vai além da escolha de um símbolo.
“Essa iniciativa é educativa, cultural e ambiental. Ela fortalece o vínculo entre as pessoas e o meio ambiente, destacando a necessidade de preservar as aves que convivem conosco, tanto na zona urbana quanto rural”, afirmou o ambientalista.
Educação ambiental
Ao g1, o ambientalista explicou que a campanha teve uma boa aceitação no município, com mais de 500 votos desde o dia em que a eleição da ave foi iniciada. Além disso, ele espera que, com os três meses do projeto, a procura e aceitação dos munícipes aumente.
“A aceitação tem sido muito boa, as pessoas debatem, conversam sobre isso. É importante, uma votação envolve a participação das pessoas e chama atenção para outras espécies, para a biodiversidade, para o meio ambiente. Então, ela não tem só uma finalidade de contabilizar votos. A finalidade é também educativa, de sensibilização da população, revelar as nossas aves, a riqueza de aves que nós temos, que muitas pessoas, às vezes, não conhecem, porque moram na cidade, estão comprometidas com o dia a dia e não tem tempo de observar. E, junto com as aves, as pessoas começam a se interessar também pela dieta da espécie, e pelas árvores que elas usam para nitificar, para pouso. Então, elas vão começando a conhecer um pouco mais os hábitos das aves. E isso leva ao entendimento de que é preciso conservar omeio ambiente, observar a natureza, plantar árvores”, destacou Weffort ao g1.
Ele ainda explicou, que a primeiro momento, a campanha envolvia apenas seis aves. Entretanto, em discussão com os especialistas, a Apoena ampliou para 12, como uma oportunidade de mais pássaros serem conhecidos, com base no guia elaborado pela associação.
“Percebemos que muitas aves bacanas ficariam de fora. Tem muita gente que fala: ‘Olha, tá difícil de escolher, porque são todas aves bonitas. São importantes’. E, às vezez, aquelas que não conhecem, é possível ver sua descrição, que são atraentes, têm cores, que têm um papel na natureza”, pontuou ao g1.
O presidente da Apoena também reforçou a importância de disseminar o conhecimento das aves, da natureza e da biodiversidade com um projeto educativo.
“A ideia é essa: valorizar e sensibilizar de uma forma didática para que as novas gerações também conheçam. Com o crescimento das cidades, com o desmatamento, muitas aves estão vindo para a cidade. Por exemplo, a arara-carindé aqui, 20 anos atrás, você não via na cidade. E, hoje, elas estão frequentando a área urbana, estão fazendo ninho. Porque ela já não está encontrando mais o que ela precisa na área rural. Então, como é que você pode conservar as aves? Você planta árvores na cidade, planta árvores nativas”, pontuou.
“Através das aves, temos um vetor para a gente melhorar a arborização, a qualidade de vida, o conhecimento”, completou ao g1.
Candidatas a ave símbolo de Presidente Epitácio
Entre as mais de 300 espécies de aves que habitam o município, foram selecionadas doze representantes, cada uma com características marcantes e importância ecológica. Confira abaixo:
Arara-canindé registrada pelo fotógrafo alemão Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Arara-canindé
Com plumagem azul e amarela vibrante, a arara-canindé é símbolo da exuberância da biodiversidade brasileira. Além de sua beleza, é essencial para a dispersão de sementes, indicando ecossistemas saudáveis.
Voa aos pares, muitas vezes acompanhados por um filhote. Nidifica preferencialmente em troncos de coqueiros mortos, onde escava um buraco fundo o bastante para minimizar o ataque de predadores e para se proteger da chuva e do vento.
Ao chegar no ninho, entra de cabeça para baixo para alimentar os filhotes com coquinhos e frutas variadas.
A espécie está ameaçada de extinção no Estado de São Paulo e já não mais se encontra no litoral paulista.
Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
Beija-flor
É o maior beija-flor da região oeste de São Paulo. Pode ser encontrado em bordas de mata, capoeiras e áreas verdes urbanas, onde é muito comum. Costuma visitar tanto jardins floridos de casas como ambientes domésticos mais restritos, como varanda de apartamentos. Alimenta-se basicamente do açúcar disponível no néctar das flores, mas também captura insetos em voo ou em teias de aranha.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
Bem-te-vi
O bem-te-vi é um dos pássaros mais populares do Brasil, junto com o sabiá-laranjeira e o canário-da-terra. É inconfundível pela sua vocalização, que interpretamos como "bem te vi", de onde vem seu nome popular.
Pertence a um grupo de aves muito parecidas entre si, como o neinei, o bentevizinho, entre outros. Ocorre em todo tipo de ambiente e possui uma alimentação muito variada.
Canarinho-da-terra (Sicalis flaveola) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Canarinho-da-terra
Conhecido pelo canto melodioso e pela plumagem amarela intensa, o canarinho-da-terra representa a alegria cotidiana e a convivência harmoniosa entre natureza e cidade. Comum e de ampla distribuição, o canário-da-terra pode ser encontrado em casais ou bandos, tanto em áreas rurais quanto urbanas.
Vocaliza com timbre agudo e forte, começando da madrugada até o fim da manhã. Constrói ninho em telhados, ninhos de joão-de-barro abandonados, postes de cerca e outras cavidades protegidas. Foi alvo de capturas ilegais e ainda é frequentemente atacado por animais domésticos, principalmente gatos.
Cavalaria (Paroaria capitata), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
Cavalaria
A cavalaria é facilmente encontrada em beira de rios e lagos, matas de várzea e em campos abertos do oeste paulista. Sua área de ocorrência em São Paulo parece estar em expansão, principalmente ao longo dos grandes rios, como o Peixe, Aguapeí e Tietê. Vive em grupos e está sempre irrequieta. Possui cabeça vermelho-vivo, dorso preto, barriga branca e bico amarelo. Alimenta-se de insetos e outros vertebrados, mas também aprecia frutos e sementes, que apanha da vegetação a baixa altura ou no chão. Permite aproximação de humanos e frequentemente procura alimento em áreas urbanas, onde estabelece território.
João-de-barro (Furnarius rufus), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
João-de-barro
Espécie de ocorrência ampla, o joão-de-barro pode ser facilmente encontrado em ambientes abertos e áreas urbanas, sendo uma das aves mais conhecidas do Brasil. Vive em casais, mas não há dimorfismo sexual. É territorial e defende bravamente seu espaço. Macho e fêmea vocalizam em dueto, com voz estridente, em conjunto pelo casal.
Seu ninho tem formato de forno e é construído de barro, capim e esterco, executado em conjunto pelo casal. A entrada para a câmara incubadora é estreita e curva, dificultando a predação dos filhotes.
João-pinto (Icterus croconotus), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
João-pinto
Pode ser avistado de longe devido às cores vivas de sua plumagem, principalmente o laranja, que contrasta com a máscara e o peito pretos. Não possui dimorfismo sexual. A alimentação varia de frutas a néctar, incluindo pequenos vertebrados e insetos.
É encontrado em áreas abertas, com árvores esparsas, visita chácaras à procura de frutas, mas também pode aparecer em áreas urbanas. Já foi muito perseguida e capturada por traficantes de animais silvestres para ser aprisionada em gaiola.
Mutum-de-penacho (Crax fasciolata) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Mutum-de-penacho
Ave de grande porte e hábitos terrestres, fundamental para a manutenção da floresta através da dispersão de frutos. A espécie encontra-se criticamente ameaçada de extinção no Estado de São Paulo, sua escolha reforça a necessidade urgente de conservação das áreas naturais. É encontrada em poucas localidades do oeste paulista, sempre em matas ciliares de rios. Impressiona pelo porte (83 centímetro e 2,3 quilos), o caminhar ereto e a beleza da plumagem. Na alimentação, consome frutas, sementes e folhas, mas também aprecia gafanhotos, caramujos e outros invertebrados.
Os filhotes nascem após cerca de 30 dias de incubação e logo acompanham os pais em suas andanças em busca de alimento, mas dormem ao abrigo das asas da mãe por algum tempo.
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Papagaio-verdadeiro
Espécie carismática, reconhecida pela inteligência e vocalização. Importante dispersor de sementes, simboliza a diversidade e a harmonia entre o homem e a natureza. O papagaio-verdadeiro é maior que o periquito e tem uma cauda larga e curta. Tem plumagem toda verde, com a cara amarela e a testa azul, além de uma mancha vermelha na asa e na cauda. Costumam reunir-se em grupos no final do dia para seguirem juntos para o dormitório noturno.
A vocalização lembra um “curau-curau". Alimenta-se de frutos e sementes. Faz ninho em ocos de árvores, mas também usa barrancos ou brechas de rochedos.
Pica-pau-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
Pica-pau-de-testa-amarela
É o pica-pau mais colorido do oeste paulista, com um acentuado dimorfismo sexual. O macho possui a cabeça vermelha e a testa amarela. A espécie é particularmente barulhenta e manifesta-se com voz estridente e alta, muitas vezes em voo, quando vai de copa em copa das árvores. A vocalização pode ser interpretada como “Benedito”, que lhe conferiu o nome popular. Alimenta-se principalmente de frutos. É sociável, costuma viver em casais ou pequenos grupos.
Quero-quero (Vanellus chilensis) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Quero-quero
Comportamento territorial e postura protetora fazem do quero-quero um símbolo de vigilância e resistência. É comum em campos abertos e áreas urbanizadas, destacando a importância das pastagens naturais. Uma das aves mais populares do Brasil, o quero-quero habita pastagens, banhados, brejos e áreas abertas, incluindo cidades. É ativo durante o dia, mas o “quero-quero” que dá sua vocalização pode ser ouvido também à noite. Vive em casais ou bandos.
Comunicam-se entre si por meio de chamados típicos e comportamentos variados, exibindo a plumagem. Alimenta-se de artrópodes e pequenos peixes. Nidifica em depressões rasas, cavadas diretamente no chão.
Os ovos, assim como os filhotes, pouco se destacam no solo, graças a seus padrões de camuflagem.
Tucano (Ramphastos toco) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Tucano
Famoso pelo bico longo e colorido, o tucano é essencial na dispersão de sementes e na manutenção da diversidade vegetal. Representa beleza, equilíbrio ecológico e preservação ambiental. Também chamado de tucano-toco, o tucanuçu possui um bico alaranjado grande que pode ser visto de longe, sendo uma das espécies mais conhecidas dessa família de aves.
Não vive exclusivamente em florestas, como a maior parte dos tucanos brasileiros, sendo encontrado em diferentes tipos de ambientes, como matas isoladas (capoeiras), campos e áreas urbanas. Vive em casal e forma pequenos bandos. Nidifica preferencialmente em ocos de árvores.
Participação popular
A escolha da ave símbolo é realizada por meio de votação popular, disponível no site oficial da Prefeitura de Presidente Epitácio, e seguirá até 1° de outubro.
Após a definição da ave símbolo pela população, a proposta será formalizada com a elaboração de um projeto de lei, que será encaminhado à Câmara Municipal, para oficializar a espécie escolhida.
De acordo com Djalma Weffort, esta campanha marca mais um passo importante na valorização ambiental e cultural da Estância Turística de Presidente Epitácio, unindo tradição, identidade e compromisso com a preservação da biodiversidade.
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Assessoria de Imprensa/Prefeitura de Presidente Epitácio (SP)
Ao buscar reforçar a identidade ambiental da cidade e estimular a preservação da biodiversidade, a Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar (Apoena) e a Prefeitura de Presidente Epitácio (SP) realizam uma campanha para escolher uma ave símbolo para o município.
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“Presidente Epitácio é uma estância turística com uma das paisagens mais belas do Brasil, banhada pelo majestoso Rio Paraná e cercada por uma natureza exuberante. Essa campanha é mais uma forma de valorizar nossa fauna e reforçar o orgulho epitaciano. Queremos que a população participe ativamente desse processo, escolhendo a ave que melhor nos representa”, explicou o prefeito André Ferraz Lima (Republicanos).
O presidente da Apoena, Djalma Weffort, comentou que essa campanha vai além da escolha de um símbolo.
“Essa iniciativa é educativa, cultural e ambiental. Ela fortalece o vínculo entre as pessoas e o meio ambiente, destacando a necessidade de preservar as aves que convivem conosco, tanto na zona urbana quanto rural”, afirmou o ambientalista.
Educação ambiental
Ao g1, o ambientalista explicou que a campanha teve uma boa aceitação no município, com mais de 500 votos desde o dia em que a eleição da ave foi iniciada. Além disso, ele espera que, com os três meses do projeto, a procura e aceitação dos munícipes aumente.
“A aceitação tem sido muito boa, as pessoas debatem, conversam sobre isso. É importante, uma votação envolve a participação das pessoas e chama atenção para outras espécies, para a biodiversidade, para o meio ambiente. Então, ela não tem só uma finalidade de contabilizar votos. A finalidade é também educativa, de sensibilização da população, revelar as nossas aves, a riqueza de aves que nós temos, que muitas pessoas, às vezes, não conhecem, porque moram na cidade, estão comprometidas com o dia a dia e não tem tempo de observar. E, junto com as aves, as pessoas começam a se interessar também pela dieta da espécie, e pelas árvores que elas usam para nitificar, para pouso. Então, elas vão começando a conhecer um pouco mais os hábitos das aves. E isso leva ao entendimento de que é preciso conservar omeio ambiente, observar a natureza, plantar árvores”, destacou Weffort ao g1.
Ele ainda explicou, que a primeiro momento, a campanha envolvia apenas seis aves. Entretanto, em discussão com os especialistas, a Apoena ampliou para 12, como uma oportunidade de mais pássaros serem conhecidos, com base no guia elaborado pela associação.
“Percebemos que muitas aves bacanas ficariam de fora. Tem muita gente que fala: ‘Olha, tá difícil de escolher, porque são todas aves bonitas. São importantes’. E, às vezez, aquelas que não conhecem, é possível ver sua descrição, que são atraentes, têm cores, que têm um papel na natureza”, pontuou ao g1.
O presidente da Apoena também reforçou a importância de disseminar o conhecimento das aves, da natureza e da biodiversidade com um projeto educativo.
“A ideia é essa: valorizar e sensibilizar de uma forma didática para que as novas gerações também conheçam. Com o crescimento das cidades, com o desmatamento, muitas aves estão vindo para a cidade. Por exemplo, a arara-carindé aqui, 20 anos atrás, você não via na cidade. E, hoje, elas estão frequentando a área urbana, estão fazendo ninho. Porque ela já não está encontrando mais o que ela precisa na área rural. Então, como é que você pode conservar as aves? Você planta árvores na cidade, planta árvores nativas”, pontuou.
“Através das aves, temos um vetor para a gente melhorar a arborização, a qualidade de vida, o conhecimento”, completou ao g1.
Candidatas a ave símbolo de Presidente Epitácio
Entre as mais de 300 espécies de aves que habitam o município, foram selecionadas doze representantes, cada uma com características marcantes e importância ecológica. Confira abaixo:
Arara-canindé registrada pelo fotógrafo alemão Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Arara-canindé
Com plumagem azul e amarela vibrante, a arara-canindé é símbolo da exuberância da biodiversidade brasileira. Além de sua beleza, é essencial para a dispersão de sementes, indicando ecossistemas saudáveis.
Voa aos pares, muitas vezes acompanhados por um filhote. Nidifica preferencialmente em troncos de coqueiros mortos, onde escava um buraco fundo o bastante para minimizar o ataque de predadores e para se proteger da chuva e do vento.
Ao chegar no ninho, entra de cabeça para baixo para alimentar os filhotes com coquinhos e frutas variadas.
A espécie está ameaçada de extinção no Estado de São Paulo e já não mais se encontra no litoral paulista.
Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
Beija-flor
É o maior beija-flor da região oeste de São Paulo. Pode ser encontrado em bordas de mata, capoeiras e áreas verdes urbanas, onde é muito comum. Costuma visitar tanto jardins floridos de casas como ambientes domésticos mais restritos, como varanda de apartamentos. Alimenta-se basicamente do açúcar disponível no néctar das flores, mas também captura insetos em voo ou em teias de aranha.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
Bem-te-vi
O bem-te-vi é um dos pássaros mais populares do Brasil, junto com o sabiá-laranjeira e o canário-da-terra. É inconfundível pela sua vocalização, que interpretamos como "bem te vi", de onde vem seu nome popular.
Pertence a um grupo de aves muito parecidas entre si, como o neinei, o bentevizinho, entre outros. Ocorre em todo tipo de ambiente e possui uma alimentação muito variada.
Canarinho-da-terra (Sicalis flaveola) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Canarinho-da-terra
Conhecido pelo canto melodioso e pela plumagem amarela intensa, o canarinho-da-terra representa a alegria cotidiana e a convivência harmoniosa entre natureza e cidade. Comum e de ampla distribuição, o canário-da-terra pode ser encontrado em casais ou bandos, tanto em áreas rurais quanto urbanas.
Vocaliza com timbre agudo e forte, começando da madrugada até o fim da manhã. Constrói ninho em telhados, ninhos de joão-de-barro abandonados, postes de cerca e outras cavidades protegidas. Foi alvo de capturas ilegais e ainda é frequentemente atacado por animais domésticos, principalmente gatos.
Cavalaria (Paroaria capitata), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
Cavalaria
A cavalaria é facilmente encontrada em beira de rios e lagos, matas de várzea e em campos abertos do oeste paulista. Sua área de ocorrência em São Paulo parece estar em expansão, principalmente ao longo dos grandes rios, como o Peixe, Aguapeí e Tietê. Vive em grupos e está sempre irrequieta. Possui cabeça vermelho-vivo, dorso preto, barriga branca e bico amarelo. Alimenta-se de insetos e outros vertebrados, mas também aprecia frutos e sementes, que apanha da vegetação a baixa altura ou no chão. Permite aproximação de humanos e frequentemente procura alimento em áreas urbanas, onde estabelece território.
João-de-barro (Furnarius rufus), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
João-de-barro
Espécie de ocorrência ampla, o joão-de-barro pode ser facilmente encontrado em ambientes abertos e áreas urbanas, sendo uma das aves mais conhecidas do Brasil. Vive em casais, mas não há dimorfismo sexual. É territorial e defende bravamente seu espaço. Macho e fêmea vocalizam em dueto, com voz estridente, em conjunto pelo casal.
Seu ninho tem formato de forno e é construído de barro, capim e esterco, executado em conjunto pelo casal. A entrada para a câmara incubadora é estreita e curva, dificultando a predação dos filhotes.
João-pinto (Icterus croconotus), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
João-pinto
Pode ser avistado de longe devido às cores vivas de sua plumagem, principalmente o laranja, que contrasta com a máscara e o peito pretos. Não possui dimorfismo sexual. A alimentação varia de frutas a néctar, incluindo pequenos vertebrados e insetos.
É encontrado em áreas abertas, com árvores esparsas, visita chácaras à procura de frutas, mas também pode aparecer em áreas urbanas. Já foi muito perseguida e capturada por traficantes de animais silvestres para ser aprisionada em gaiola.
Mutum-de-penacho (Crax fasciolata) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Mutum-de-penacho
Ave de grande porte e hábitos terrestres, fundamental para a manutenção da floresta através da dispersão de frutos. A espécie encontra-se criticamente ameaçada de extinção no Estado de São Paulo, sua escolha reforça a necessidade urgente de conservação das áreas naturais. É encontrada em poucas localidades do oeste paulista, sempre em matas ciliares de rios. Impressiona pelo porte (83 centímetro e 2,3 quilos), o caminhar ereto e a beleza da plumagem. Na alimentação, consome frutas, sementes e folhas, mas também aprecia gafanhotos, caramujos e outros invertebrados.
Os filhotes nascem após cerca de 30 dias de incubação e logo acompanham os pais em suas andanças em busca de alimento, mas dormem ao abrigo das asas da mãe por algum tempo.
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Papagaio-verdadeiro
Espécie carismática, reconhecida pela inteligência e vocalização. Importante dispersor de sementes, simboliza a diversidade e a harmonia entre o homem e a natureza. O papagaio-verdadeiro é maior que o periquito e tem uma cauda larga e curta. Tem plumagem toda verde, com a cara amarela e a testa azul, além de uma mancha vermelha na asa e na cauda. Costumam reunir-se em grupos no final do dia para seguirem juntos para o dormitório noturno.
A vocalização lembra um “curau-curau". Alimenta-se de frutos e sementes. Faz ninho em ocos de árvores, mas também usa barrancos ou brechas de rochedos.
Pica-pau-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons), pelo fotógrafo Peter Mix
Peter Mix
Pica-pau-de-testa-amarela
É o pica-pau mais colorido do oeste paulista, com um acentuado dimorfismo sexual. O macho possui a cabeça vermelha e a testa amarela. A espécie é particularmente barulhenta e manifesta-se com voz estridente e alta, muitas vezes em voo, quando vai de copa em copa das árvores. A vocalização pode ser interpretada como “Benedito”, que lhe conferiu o nome popular. Alimenta-se principalmente de frutos. É sociável, costuma viver em casais ou pequenos grupos.
Quero-quero (Vanellus chilensis) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Quero-quero
Comportamento territorial e postura protetora fazem do quero-quero um símbolo de vigilância e resistência. É comum em campos abertos e áreas urbanizadas, destacando a importância das pastagens naturais. Uma das aves mais populares do Brasil, o quero-quero habita pastagens, banhados, brejos e áreas abertas, incluindo cidades. É ativo durante o dia, mas o “quero-quero” que dá sua vocalização pode ser ouvido também à noite. Vive em casais ou bandos.
Comunicam-se entre si por meio de chamados típicos e comportamentos variados, exibindo a plumagem. Alimenta-se de artrópodes e pequenos peixes. Nidifica em depressões rasas, cavadas diretamente no chão.
Os ovos, assim como os filhotes, pouco se destacam no solo, graças a seus padrões de camuflagem.
Tucano (Ramphastos toco) registrado pelo fotógrafo Peter Mix no Oeste Paulista
Peter Mix
Tucano
Famoso pelo bico longo e colorido, o tucano é essencial na dispersão de sementes e na manutenção da diversidade vegetal. Representa beleza, equilíbrio ecológico e preservação ambiental. Também chamado de tucano-toco, o tucanuçu possui um bico alaranjado grande que pode ser visto de longe, sendo uma das espécies mais conhecidas dessa família de aves.
Não vive exclusivamente em florestas, como a maior parte dos tucanos brasileiros, sendo encontrado em diferentes tipos de ambientes, como matas isoladas (capoeiras), campos e áreas urbanas. Vive em casal e forma pequenos bandos. Nidifica preferencialmente em ocos de árvores.
Participação popular
A escolha da ave símbolo é realizada por meio de votação popular, disponível no site oficial da Prefeitura de Presidente Epitácio, e seguirá até 1° de outubro.
Após a definição da ave símbolo pela população, a proposta será formalizada com a elaboração de um projeto de lei, que será encaminhado à Câmara Municipal, para oficializar a espécie escolhida.
De acordo com Djalma Weffort, esta campanha marca mais um passo importante na valorização ambiental e cultural da Estância Turística de Presidente Epitácio, unindo tradição, identidade e compromisso com a preservação da biodiversidade.
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