Perícia cita pedra de 4,8 kg embaixo da casa de Oruam em investigação de tentativa de homicídio contra policiais

Pedra de 4,8 kg lançada contra policiais é encontrada perto da casa de Oruam
Reprodução
Uma pedra de concreto com 4,85 kg foi encontrada pela perícia da Polícia Civil na calçada em frente à casa do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio. O artista e seus amigos atacaram policiais e impediram a apreensão de um menor procurado por roubo, na última semana.
O objeto, com 23 cm de comprimento, 11 cm de largura e 14 cm de altura, pode ter sido arremessado de uma sacada a 4,5 metros de altura. Segundo a perícia, a pedra tinha potencial para causar ferimentos letais.
"A conclusão do laudo é categórica ao afirmar que as pedras lançadas contra os policiais civis procederam do imóvel de número 91, sendo objetos com potencial concreto de causar lesões corporais graves ou mesmo a morte, principalmente considerando-se a massa elevada da principal pedra encontrada, que ultrapassava 4,8 kg, e a altura do ponto de lançamento", dizia um trecho do laudo.
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A descoberta integra a investigação que levou à denúncia de Oruam e de Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, de 22 anos, por tentativa de homicídio qualificado contra dois policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Oruam e policiais se envolvem em confusão durante cumprimento de mandado contra menor infrator
O episódio ocorreu na madrugada de 22 de julho, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um menor acusado de tráfico, que estaria escondido na residência do cantor.
Segundo a denúncia, após a apreensão do adolescente, os dois denunciados e outros indivíduos não identificados passaram a lançar pedras contra os policiais, da varanda da casa de “Oruam”. Um dos agentes foi atingido nas costas, e outro precisou se abrigar atrás da viatura.
7 pedras encontradas
A perícia identificou sete pedras no local, todas com marcas de impacto recente. A maior delas, de 4,85 kg, foi encontrada abaixo da sacada de onde partiram os arremessos. As outras seis pedras variam em peso de 130 g a 282 g e em dimensões.
Pedras foram arremessadas de uma altura de 4,5 metros durante operação da Polícia Civil para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor acusado de tráfico.
Reprodução
"O conjunto probatório reforça a deliberação e intenção de causar resultado letal, ao utilizar-se de meio capaz de atingir os agentes públicos de maneira traiçoeira e repentina, no contexto de cumprimento de ordem judicial em via pública", dizia um trecho do laudo.
O laudo técnico concluiu que os objetos partiram do imóvel de número 91, onde morava o cantor. A viatura da Polícia Civil usada na operação também foi danificada, com marcas de impacto na tampa traseira e no teto.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram Oruam arremessando pedras e incitando os demais a fazerem o mesmo. Um outro vídeo mostra Oruam esmurrando um carro de polícia, antes dos agentes deixarem o local.
Oruam é flagrado atacando carro da polícia durante cumprimento de mandado contra menor
Segundo os investigadores, o rapper também publicou mensagens desafiando a polícia e reforçando sua ligação com o Comando Vermelho, facção da qual seu pai, Marcinho VP, é uma das principais lideranças.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) sustenta na denúncia que os réus agiram com dolo eventual, assumindo o risco de matar os agentes.
A denúncia foi oferecida com pedido de prisão preventiva, considerando o risco à ordem pública, à instrução do processo e à aplicação da lei penal.
Preso em Bangu
Oruam se entregou à polícia no último dia 22 para cumprir um mandado de prisão preventiva, na Cidade da Polícia acompanhado da mãe e da namorada.
O rapper foi indiciado por sete crimes:
Tráfico de drogas;
associação ao tráfico;
resistência;
desacato;
dano;
ameaça;
e lesão corporal.
Oruam se entrega à polícia
Kleyton Cintra/TV Globo
Em seu pedido de prisão, a DRE afirmou que a casa do rapper se tornou um 'ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da Justiça".
A polícia também citou que foram encontradas fotos de Oruam com Doca e com Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, chefe do CV no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
Defesa nega tentativa de homicídio
Quando a polícia abriu a investigação por tentativa de homicídio, a defesa de Oruam disse ao g1 que "Mauro não atentou contra a vida de ninguém, e isto será devidamente esclarecido nos autos do processo que trata dos fatos."
Segundo a defesa, causa perplexidade saber " que houve a abertura de um inquérito sobre fatos apurados em outro flagrante cujo indiciamento fora de lesão corporal e que teve, como resultado pericial, a conclusão de que a lesão supostamente sofrida pelo policial não causou risco de vida."
Posteriormente, a assessoria de imprensa do artista afirmou que "em momento de extremo desespero e legítima defesa", Oruam "jogou pedras nos mais de 20 carros descaracterizados que estavam em sua porta APÓS ser ameaçado de morte com armas de fogo, socos, chutes, empurrões, ter sua casa revirada e ser altamente agredido quando não oferecia nenhum tipo de resistência, sem qualquer justificativa legal".
A defesa também ressaltou que ele se entregou às autoridades, e que a ação policial contra Oruam têm sido marcada por violações de direitos:
"Desde o início, a ação policial têm sido marcada por violação dos procedimentos estabelecidos por lei, como a ausência de mandado judicial válido, uso de veículos descaracterizados e operações realizadas fora do horário permitido, fatores que configuram, em tese, abuso de autoridade (artigos 22 e seguintes da Lei nº 13.869/2019). Tal comportamento constitui uma afronta ao Estado Democrático de Direito, criando uma narrativa distorcida e ilegal, com o objetivo de criminalizar um artista que, na verdade, é um legítimo cidadão."
Reprodução
Uma pedra de concreto com 4,85 kg foi encontrada pela perícia da Polícia Civil na calçada em frente à casa do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio. O artista e seus amigos atacaram policiais e impediram a apreensão de um menor procurado por roubo, na última semana.
O objeto, com 23 cm de comprimento, 11 cm de largura e 14 cm de altura, pode ter sido arremessado de uma sacada a 4,5 metros de altura. Segundo a perícia, a pedra tinha potencial para causar ferimentos letais.
"A conclusão do laudo é categórica ao afirmar que as pedras lançadas contra os policiais civis procederam do imóvel de número 91, sendo objetos com potencial concreto de causar lesões corporais graves ou mesmo a morte, principalmente considerando-se a massa elevada da principal pedra encontrada, que ultrapassava 4,8 kg, e a altura do ponto de lançamento", dizia um trecho do laudo.
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A descoberta integra a investigação que levou à denúncia de Oruam e de Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, de 22 anos, por tentativa de homicídio qualificado contra dois policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Oruam e policiais se envolvem em confusão durante cumprimento de mandado contra menor infrator
O episódio ocorreu na madrugada de 22 de julho, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um menor acusado de tráfico, que estaria escondido na residência do cantor.
Segundo a denúncia, após a apreensão do adolescente, os dois denunciados e outros indivíduos não identificados passaram a lançar pedras contra os policiais, da varanda da casa de “Oruam”. Um dos agentes foi atingido nas costas, e outro precisou se abrigar atrás da viatura.
7 pedras encontradas
A perícia identificou sete pedras no local, todas com marcas de impacto recente. A maior delas, de 4,85 kg, foi encontrada abaixo da sacada de onde partiram os arremessos. As outras seis pedras variam em peso de 130 g a 282 g e em dimensões.
Pedras foram arremessadas de uma altura de 4,5 metros durante operação da Polícia Civil para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor acusado de tráfico.
Reprodução
"O conjunto probatório reforça a deliberação e intenção de causar resultado letal, ao utilizar-se de meio capaz de atingir os agentes públicos de maneira traiçoeira e repentina, no contexto de cumprimento de ordem judicial em via pública", dizia um trecho do laudo.
O laudo técnico concluiu que os objetos partiram do imóvel de número 91, onde morava o cantor. A viatura da Polícia Civil usada na operação também foi danificada, com marcas de impacto na tampa traseira e no teto.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram Oruam arremessando pedras e incitando os demais a fazerem o mesmo. Um outro vídeo mostra Oruam esmurrando um carro de polícia, antes dos agentes deixarem o local.
Oruam é flagrado atacando carro da polícia durante cumprimento de mandado contra menor
Segundo os investigadores, o rapper também publicou mensagens desafiando a polícia e reforçando sua ligação com o Comando Vermelho, facção da qual seu pai, Marcinho VP, é uma das principais lideranças.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) sustenta na denúncia que os réus agiram com dolo eventual, assumindo o risco de matar os agentes.
A denúncia foi oferecida com pedido de prisão preventiva, considerando o risco à ordem pública, à instrução do processo e à aplicação da lei penal.
Preso em Bangu
Oruam se entregou à polícia no último dia 22 para cumprir um mandado de prisão preventiva, na Cidade da Polícia acompanhado da mãe e da namorada.
O rapper foi indiciado por sete crimes:
Tráfico de drogas;
associação ao tráfico;
resistência;
desacato;
dano;
ameaça;
e lesão corporal.
Oruam se entrega à polícia
Kleyton Cintra/TV Globo
Em seu pedido de prisão, a DRE afirmou que a casa do rapper se tornou um 'ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da Justiça".
A polícia também citou que foram encontradas fotos de Oruam com Doca e com Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, chefe do CV no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
Defesa nega tentativa de homicídio
Quando a polícia abriu a investigação por tentativa de homicídio, a defesa de Oruam disse ao g1 que "Mauro não atentou contra a vida de ninguém, e isto será devidamente esclarecido nos autos do processo que trata dos fatos."
Segundo a defesa, causa perplexidade saber " que houve a abertura de um inquérito sobre fatos apurados em outro flagrante cujo indiciamento fora de lesão corporal e que teve, como resultado pericial, a conclusão de que a lesão supostamente sofrida pelo policial não causou risco de vida."
Posteriormente, a assessoria de imprensa do artista afirmou que "em momento de extremo desespero e legítima defesa", Oruam "jogou pedras nos mais de 20 carros descaracterizados que estavam em sua porta APÓS ser ameaçado de morte com armas de fogo, socos, chutes, empurrões, ter sua casa revirada e ser altamente agredido quando não oferecia nenhum tipo de resistência, sem qualquer justificativa legal".
A defesa também ressaltou que ele se entregou às autoridades, e que a ação policial contra Oruam têm sido marcada por violações de direitos:
"Desde o início, a ação policial têm sido marcada por violação dos procedimentos estabelecidos por lei, como a ausência de mandado judicial válido, uso de veículos descaracterizados e operações realizadas fora do horário permitido, fatores que configuram, em tese, abuso de autoridade (artigos 22 e seguintes da Lei nº 13.869/2019). Tal comportamento constitui uma afronta ao Estado Democrático de Direito, criando uma narrativa distorcida e ilegal, com o objetivo de criminalizar um artista que, na verdade, é um legítimo cidadão."
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