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Professora morta com veneno: MP prevê mais de 30 anos de prisão para marido e sogra presos

Professora morta com veneno: MP prevê mais de 30 anos de prisão para marido e sogra presos
Promotor diz esperar pena com ao menos três qualificadoras contra o médico Luiz Antonio Garnica e a mãe dele, Elizabete Arrabaça. Denúncia à Justiça deve ser formalizada nos próximos dias. MP quer mais de 30 anos de cadeia para Elizabete Arrabaça, suspeita de matar a nora
O Ministério Público (MP) acredita que a Justiça irá condenar a mais de 30 anos de prisão o médico Luiz Antonio Garnica e a mãe dele, Elizabete Arrabaça, ambos presos por suspeita de matar a professora de pilates Larissa Rodrigues, em março deste ano em Ribeirão Preto (SP).
Segundo o promotor Marcus Túlio Nicolino, a denúncia contra os suspeitos, marido e sogra da vítima, deve ser formalizada à Justiça nos próximos dias. Ele acredita que uma eventual condenação por feminicídio poderia envolver ao menos três qualificadoras, sendo elas o uso de veneno, recurso que impossibilitou defesa da vítima, motivo torpe.
"Se as qualificadoras forem reconhecidas pelos jurados, ao fixar a pena, o juiz, com certeza, fixará uma pena acima de 30 anos de reclusão para cada um. Alguém pegaria uma pena maior. No caso, acredito que seria a futura ré, Elizabete, porque ela que ministrou diretamente o veneno para Larissa. Há elementos suficientes para denunciar ambos. Só estou esperando a polícia concluir as investigações, isso deve ocorrer nos próximos dias, para poder oferecer denúncia formal contra ambos", destacou.
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Nesta terça-feira (17), o diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto, Diógenes Tadeu Cardoso, afirmou que as alegações de Elizabete sobre as possíveis circunstâncias que levaram à morte de Larissa não têm fundamento técnico.
Em uma carta, a suspeita relatou que a professora havia tomado por engano veneno para rato guardado em uma caixa de um remédio para dor de estômago de Nathalia Garnica, filha de Elizabete que morreu em fevereiro.
Mas, segundo ele, as conclusões de um exame toxicológico nos restos mortais de Nathalia, quase um mês após a exumação, apontam que Nathalia e Larissa foram envenenadas por substâncias semelhantes, porém diferentes.
Isso porque o chumbinho, veneno ilegal para ratos, foi detectado no organismo das duas, mas os venenos tinham composições distintas.
"Pelo que a mídia está divulgando que essa carta diz que não foi ela, que alguém colocou em uma caixa de medicação e a filha tomou, e ela deu por um acaso para a nora, isso não tem fundamento técnico nas provas técnicas que a gente achou", diz.
Procurada, a defesa de Elizabete Arrabaça informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre o laudo.
Marido e sogra são suspeitos de envolvimento na morte de professora envenenada
Reprodução/EPTV
Professora envenenada
Larissa, de 37 anos, foi encontrada morta no apartamento em que vivia com o médico em Ribeirão Preto em 22 de março deste ano. O laudo toxicológico apontou envenenamento pela substância conhecida popularmente como "chumbinho".
O exame necroscópico descartou sinais de violência, mas apontou que ela teve lesões no pulmão e no coração, assim como a irmã de Garnica, que morreu aos 42 anos em fevereiro deste ano, após um infarto, mesmo não tendo problemas de saúde aparentes. Além disso, a proximidade das mortes chama atenção dos investigadores.
A morte da professora de pilates Larissa Rodrigues é tratada inicialmente como um homicídio qualificado na fase de inquérito policial, procedimento que resultou nas prisões temporárias do médico Luiz Antonio Garnica, marido da vítima, e da mãe dele, Elizabete Arrabaça, de 67 anos.
A Polícia Civil e o Ministério Público suspeitam que um pedido de divórcio de Larissa, que pouco tempo antes havia descoberto uma relação extraconjugal do marido, pode ter motivado o crime.
Além disso, suspeitam da sogra dela, a última pessoa a estar no apartamento da vítima antes da morte da professora. Tanto Garnica quanto Elizabete negam envolvimento na morte de Larissa.

Envenenamento por substâncias diferentes
A conclusão do IML faz parte de um laudo toxicológico finalizado quase um mês após a exumação de restos mortais de Nathalia Garnica, que morreu um mês antes da professora de pilates Larissa Rodrigues.
Cardoso adiantou à reportagem que as análises realizadas pelo Núcleo de Toxicologia do IML em São Paulo apontaram que a substância que matou Nathalia também é chumbinho, veneno ilegal para matar ratos, e foi encontrada em partes do pulmão, do estômago e do fígado.
Ele ressaltou, no entanto, que o chumbinho encontrado no organismo de Nathalia tem composição diferente do que levou à morte de Larissa.
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De acordo com o diretor do IML, a substância encontrada nos restos mortais de Nathalia é conhecida como "carbofurano", enquanto que a que foi encontrada no exame toxicológico de Larissa é o "aldicarb", com outra composição.
Antes de ser entregue à Polícia Civil, o laudo do IML ainda precisa ser assinado pelo médico responsável e contextualizado com outras informações técnicas.
As conclusões, segundo ele, não são passíveis de contraprova porque, além de a análise em São Paulo ser baseada em protocolos internacionais, foi antecedida por uma série de cuidados com a amostra coletada no túmulo onde o corpo de Nathalia foi sepultado, em Pontal (SP), em maio.
Nathalia Garnica e o irmão, o médico Luiz Antonio Garnica, de Ribeirão Preto (SP).
Reprodução/EPTV
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