Caso Renato Nery: empresários apontados como mandantes de assassinato de advogado em Cuiabá se tornam réus

Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos são conduzidos à delegacia de Cuiabá
Ianara Garcia/TVCA
A 14ª Vara Criminal de Cuiabá acolheu, na segunda-feira (21), a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra o casal de empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, apontados como mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, em Cuiabá. Eles foram presos no início de maio, em Primavera do Leste, a 239 km da capital.
O g1 tentou localizar a defesa do casal, mas não tinha conseguido até a última atualização desta reportagem.
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Agora, os réus devem apresentar resposta, conforme previsto na legislação. Eles foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, uso de meio que resultou em perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima, mesmo crime pelo qual a Polícia Civil os indiciou neste mês. Além de associação a organização criminosa
O MPMT também pediu aumento de pena, uma vez que Renato tinha mais de 60 anos quando morreu.
De acordo com a denúncia, os dois articularam a morte de Renato motivado por uma discussão judicial envolvendo uma propriedade rural de mais de 12 mil hectares em Novo São Joaquim, a 493 km da capital.
Testemunhas relataram que Julinere demonstrava publicamente o quanto não gostava de Renato, chegando a proferir ameaças, como "ele não ia viver para gastar o que tomou dela". Já César participou igualmente como mentor do crime. O casal encomendou a morte do advogado por R$ 200 mil, tendo o policial militar Jackson Pereira Barbosa como intermediário.
LEIA MAIS:
Policiais militares são denunciados por 4 crimes envolvendo assassinato de advogado em Cuiabá
MPMT denuncia PM e caseiro por morte de advogado
MPMT denuncia à Justiça Militar PMs que teriam ocultado arma do crime em Cuiabá
Polícia conclui inquérito sobre suposto confronto envolvendo arma usada no assassinato de advogado em Cuiabá
Quem são e como agiram os investigados
Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos
Divulgação
Além do casal, sete policiais militares e o atirador são investigados por envolvimento direto no assassinato de Renato Nery. Veja abaixo quem são:
Caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva – atirador;
Sargento da PM Heron Teixeira Pena Vieira – intermediador que recebeu dinheiro, arma e contratou o Alex pra fazer executar;
PM Ícaro Nathan Santos Ferreira – intermediador que forneceu a arma usada e facilitou a transferência do pagamento;
PM Jackson Pereira Barbosa - intermediador que coordenou o crime e realizou pagamentos parciais;
PM Wailson Alessandro Medeiros Ramos - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
PM Wekcerlley Benevides de Oliveira - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
PM Leandro Cardoso - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
PM Jorge Rodrigo Martins - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime.
Negociações e motivo do assassinato
Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá
As investigações apontaram que a morte de Nery foi motivada por disputa de terra. Segundo a polícia, o advogado não temia morrer, mas sim perder suas terras, que tentava transferir para o nome das filhas.
O policial militar Heron confessou ter sido contratado para matar o advogado e que contratou Alex para executar Renato. Ele afirmou à polícia que recebeu R$ 200 mil para matar e, desse valor, pagou R$ 50 mil ao caseiro para a execução.
Nery foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento (veja acima).
Investigações
Em julho, após matar o advogado em frente a um escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, o caseiro fugiu de moto para uma chácara no bairro Capão Grande, em Várzea Grande.
O trajeto foi flagrado por diversas câmeras de segurança e no dia 8 de julho, a polícia conseguiu acesso à última imagem, que mostrava a moto a menos de 2 km da chácara. Com isso, dois dias depois, as equipes procuram a moto na região.
Segundo o delegado Bruno Abreu, a presença da polícia perto da chácara assustou os suspeitos, que tentaram simular um confronto para justificar o abandono da arma do crime e culpar outras pessoas.
Ianara Garcia/TVCA
A 14ª Vara Criminal de Cuiabá acolheu, na segunda-feira (21), a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra o casal de empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, apontados como mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, em Cuiabá. Eles foram presos no início de maio, em Primavera do Leste, a 239 km da capital.
O g1 tentou localizar a defesa do casal, mas não tinha conseguido até a última atualização desta reportagem.
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Agora, os réus devem apresentar resposta, conforme previsto na legislação. Eles foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, uso de meio que resultou em perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima, mesmo crime pelo qual a Polícia Civil os indiciou neste mês. Além de associação a organização criminosa
O MPMT também pediu aumento de pena, uma vez que Renato tinha mais de 60 anos quando morreu.
De acordo com a denúncia, os dois articularam a morte de Renato motivado por uma discussão judicial envolvendo uma propriedade rural de mais de 12 mil hectares em Novo São Joaquim, a 493 km da capital.
Testemunhas relataram que Julinere demonstrava publicamente o quanto não gostava de Renato, chegando a proferir ameaças, como "ele não ia viver para gastar o que tomou dela". Já César participou igualmente como mentor do crime. O casal encomendou a morte do advogado por R$ 200 mil, tendo o policial militar Jackson Pereira Barbosa como intermediário.
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Quem são e como agiram os investigados
Advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos
Divulgação
Além do casal, sete policiais militares e o atirador são investigados por envolvimento direto no assassinato de Renato Nery. Veja abaixo quem são:
Caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva – atirador;
Sargento da PM Heron Teixeira Pena Vieira – intermediador que recebeu dinheiro, arma e contratou o Alex pra fazer executar;
PM Ícaro Nathan Santos Ferreira – intermediador que forneceu a arma usada e facilitou a transferência do pagamento;
PM Jackson Pereira Barbosa - intermediador que coordenou o crime e realizou pagamentos parciais;
PM Wailson Alessandro Medeiros Ramos - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
PM Wekcerlley Benevides de Oliveira - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
PM Leandro Cardoso - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;
PM Jorge Rodrigo Martins - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime.
Negociações e motivo do assassinato
Advogado é baleado durante atentado em frente a escritório de Cuiabá
As investigações apontaram que a morte de Nery foi motivada por disputa de terra. Segundo a polícia, o advogado não temia morrer, mas sim perder suas terras, que tentava transferir para o nome das filhas.
O policial militar Heron confessou ter sido contratado para matar o advogado e que contratou Alex para executar Renato. Ele afirmou à polícia que recebeu R$ 200 mil para matar e, desse valor, pagou R$ 50 mil ao caseiro para a execução.
Nery foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento (veja acima).
Investigações
Em julho, após matar o advogado em frente a um escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, o caseiro fugiu de moto para uma chácara no bairro Capão Grande, em Várzea Grande.
O trajeto foi flagrado por diversas câmeras de segurança e no dia 8 de julho, a polícia conseguiu acesso à última imagem, que mostrava a moto a menos de 2 km da chácara. Com isso, dois dias depois, as equipes procuram a moto na região.
Segundo o delegado Bruno Abreu, a presença da polícia perto da chácara assustou os suspeitos, que tentaram simular um confronto para justificar o abandono da arma do crime e culpar outras pessoas.
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