Ter um pet 'vale' tanto quanto receber R$ 500 mil extras por ano ou se casar, aponta estudo britânico

Você sabia que pode ganhar dinheiro com a Linnpy?
Conheça nossa parceria com publisher. Você cadastra seu site em nossa plataforma, exibe nossos anúncios em seu sit...
Linnpy Oficial Patrocinado

Pesquisa no Reino Unido aponta que um animal de estimação pode ser tão bom para a sua felicidade quanto se casar ou ganhar uma bolada extra. Donos de cães demonstraram aumento de até 2,9 pontos em uma escala de 1 a 7 de satisfação com a vida.
Pixabay
Um estudo publicado na revista científica "Social Indicators Research" aponta que ter um animal de estimação pode ter um impacto direto e significativo na satisfação com a vida — a ponto de esse efeito ser comparável a receber cerca de R$ 530 mil (£70 mil) por ano em "bem-estar emocional".
Para chegar ao valor, os doutores em economia Michael Gmeiner (London School of Economics) e Adelina Gschwandtner (University of Kent) utilizaram um modelo matemático já conhecido que permite estipular um valor para fatos sociais (entenda mais abaixo e veja outros exemplos).
Os pesquisadores apontam que o impacto de conviver com um pet é tão forte quanto o de ver amigos e familiares frequentemente — e mais relevante que promoções no trabalho ou aumento de renda.
Siga o canal do g1 Bem-Estar no WhatsApp
Estudo que vai além das associações
Além da tentativa de estabelecer um valor, a novidade do estudo publicado em março está em isolar a causalidade, e não apenas observar correlações. Ou seja: os pesquisadores não quiseram saber se pessoas felizes têm pets, mas se ter um pet realmente torna alguém mais feliz.
Para isso, a principal estratégia do estudo foi selecionar pessoas que cuidam da casa de vizinhos enquanto eles viajam — o que inclui, com frequência, cuidar de seus pets. Isso foi usado como um “gatilho externo” para avaliar se essa exposição a animais de estimação levava as pessoas a adotarem seus próprios animais.
Os cientistas usaram dados do "Innovation Panel", parte de uma pesquisa longitudinal feita no Reino Unido com mais de 2,6 mil participantes. A pesquisa incluiu questões sobre personalidade (como extroversão, neuroticismo, consciência), relações familiares, saúde mental e física, situação financeira e, claro, presença de animais de estimação.
Donos de gatos tiveram aumento estimado em 3,7 pontos em uma escala de 1 a 7 de satisfação com a vida.
Divulgação
O que os resultados mostram?
Sem correções estatísticas, os donos de pets pareciam até levemente menos satisfeitos com a vida — o que reforça o risco de interpretações erradas baseadas apenas em correlação.
Com a correção, o cenário muda:
Donos de cães demonstraram aumento de até 2,9 pontos em uma escala de 1 a 7 de satisfação com a vida.
Donos de gatos também tiveram aumento, estimado em 3,7 pontos, embora com maior margem de erro.
Em termos financeiros, o “valor subjetivo” de ter um cão ou um gato é o equivalente a receber até £70 mil por ano, o que equivale a mais de R$ 500 mil na cotação atual.
⚠️ Importante
O valor monetário não representa um dado real, mas uma estimativa do quanto as pessoas valorizam emocionalmente a presença de um animal de estimação.
Os resultados valem especialmente para pessoas que já se mostram inclinadas a gostar de pets — como aquelas que cuidam dos bichos de vizinhos.
? Como os pesquisadores estimaram o “valor” de um pet?
Para estimar quanto vale, em termos emocionais, ter um animal de estimação, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como “abordagem da satisfação com a vida” (life satisfaction approach), bastante comum na economia do bem-estar.
Essa abordagem parte de uma lógica simples: se sabemos o quanto diferentes fatores impactam a satisfação com a vida (medida por pesquisas com perguntas como “quão satisfeito você está com sua vida?” em uma escala de 1 a 7), e sabemos também o quanto a renda afeta essa mesma satisfação, é possível estimar quanto dinheiro seria necessário para gerar o mesmo impacto emocional que um determinado evento — como ter um pet, casar-se ou sofrer com barulho de aviões.
O estudo cita exemplos clássicos já publicados por outros economistas:
Casar-se, por exemplo, tem um efeito positivo que equivale a um aumento de cerca de £70 mil por ano (cerca de R$ 500 mil) no bem-estar subjetivo (Clark & Oswald, 2002).
Separar-se gera uma perda emocional estimada em –£170 mil por ano (cerca de R$ 1,3 milhão).
O método também já foi usado para estimar os prejuízos emocionais de problemas como ruídos de aviões (Van Praag & Baarsma, 2005) ou o medo de crimes (Moore & Shepherd, 2006).
No caso deste estudo, os autores aplicaram a técnica para calcular o “valor implícito” de ter um cachorro ou gato, cruzando dados sobre renda, satisfação com a vida e presença de pets.
Pets como substitutos afetivos?
Um ponto curioso: o impacto positivo dos pets foi maior entre pessoas não casadas. O estudo sugere que animais podem funcionar como uma espécie de substituto afetivo em algumas situações — o que não significa que pets sejam apenas uma “muleta emocional”, mas sim que oferecem vínculos significativos.
Cães x gatos: personalidades diferentes
A pesquisa também confirmou achados de estudos anteriores:
Donos de cães tendem a ser mais extrovertidos e sociáveis.
Donos de gatos são, em média, mais abertos e conscienciosos — mas também mais neuróticos.
“Esses perfis podem influenciar tanto a escolha do animal quanto o modo como cada pessoa se relaciona com ele”, explicam os autores.
Qual o impacto do estudo?
Segundo os autores, os achados podem embasar políticas públicas de saúde mental, por exemplo incentivando adoções responsáveis como ferramenta complementar de bem-estar. “Se pets têm um valor tão alto para o bem-estar quanto relações sociais humanas, eles devem ser considerados nas estratégias de promoção da saúde mental”, concluem.
Robô pet é testado como opção em novas abordagens para o tratamento de demências
Pixabay
Um estudo publicado na revista científica "Social Indicators Research" aponta que ter um animal de estimação pode ter um impacto direto e significativo na satisfação com a vida — a ponto de esse efeito ser comparável a receber cerca de R$ 530 mil (£70 mil) por ano em "bem-estar emocional".
Para chegar ao valor, os doutores em economia Michael Gmeiner (London School of Economics) e Adelina Gschwandtner (University of Kent) utilizaram um modelo matemático já conhecido que permite estipular um valor para fatos sociais (entenda mais abaixo e veja outros exemplos).
Os pesquisadores apontam que o impacto de conviver com um pet é tão forte quanto o de ver amigos e familiares frequentemente — e mais relevante que promoções no trabalho ou aumento de renda.
Siga o canal do g1 Bem-Estar no WhatsApp
Estudo que vai além das associações
Além da tentativa de estabelecer um valor, a novidade do estudo publicado em março está em isolar a causalidade, e não apenas observar correlações. Ou seja: os pesquisadores não quiseram saber se pessoas felizes têm pets, mas se ter um pet realmente torna alguém mais feliz.
Para isso, a principal estratégia do estudo foi selecionar pessoas que cuidam da casa de vizinhos enquanto eles viajam — o que inclui, com frequência, cuidar de seus pets. Isso foi usado como um “gatilho externo” para avaliar se essa exposição a animais de estimação levava as pessoas a adotarem seus próprios animais.
Os cientistas usaram dados do "Innovation Panel", parte de uma pesquisa longitudinal feita no Reino Unido com mais de 2,6 mil participantes. A pesquisa incluiu questões sobre personalidade (como extroversão, neuroticismo, consciência), relações familiares, saúde mental e física, situação financeira e, claro, presença de animais de estimação.
Donos de gatos tiveram aumento estimado em 3,7 pontos em uma escala de 1 a 7 de satisfação com a vida.
Divulgação
O que os resultados mostram?
Sem correções estatísticas, os donos de pets pareciam até levemente menos satisfeitos com a vida — o que reforça o risco de interpretações erradas baseadas apenas em correlação.
Com a correção, o cenário muda:
Donos de cães demonstraram aumento de até 2,9 pontos em uma escala de 1 a 7 de satisfação com a vida.
Donos de gatos também tiveram aumento, estimado em 3,7 pontos, embora com maior margem de erro.
Em termos financeiros, o “valor subjetivo” de ter um cão ou um gato é o equivalente a receber até £70 mil por ano, o que equivale a mais de R$ 500 mil na cotação atual.
⚠️ Importante
O valor monetário não representa um dado real, mas uma estimativa do quanto as pessoas valorizam emocionalmente a presença de um animal de estimação.
Os resultados valem especialmente para pessoas que já se mostram inclinadas a gostar de pets — como aquelas que cuidam dos bichos de vizinhos.
? Como os pesquisadores estimaram o “valor” de um pet?
Para estimar quanto vale, em termos emocionais, ter um animal de estimação, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como “abordagem da satisfação com a vida” (life satisfaction approach), bastante comum na economia do bem-estar.
Essa abordagem parte de uma lógica simples: se sabemos o quanto diferentes fatores impactam a satisfação com a vida (medida por pesquisas com perguntas como “quão satisfeito você está com sua vida?” em uma escala de 1 a 7), e sabemos também o quanto a renda afeta essa mesma satisfação, é possível estimar quanto dinheiro seria necessário para gerar o mesmo impacto emocional que um determinado evento — como ter um pet, casar-se ou sofrer com barulho de aviões.
O estudo cita exemplos clássicos já publicados por outros economistas:
Casar-se, por exemplo, tem um efeito positivo que equivale a um aumento de cerca de £70 mil por ano (cerca de R$ 500 mil) no bem-estar subjetivo (Clark & Oswald, 2002).
Separar-se gera uma perda emocional estimada em –£170 mil por ano (cerca de R$ 1,3 milhão).
O método também já foi usado para estimar os prejuízos emocionais de problemas como ruídos de aviões (Van Praag & Baarsma, 2005) ou o medo de crimes (Moore & Shepherd, 2006).
No caso deste estudo, os autores aplicaram a técnica para calcular o “valor implícito” de ter um cachorro ou gato, cruzando dados sobre renda, satisfação com a vida e presença de pets.
Pets como substitutos afetivos?
Um ponto curioso: o impacto positivo dos pets foi maior entre pessoas não casadas. O estudo sugere que animais podem funcionar como uma espécie de substituto afetivo em algumas situações — o que não significa que pets sejam apenas uma “muleta emocional”, mas sim que oferecem vínculos significativos.
Cães x gatos: personalidades diferentes
A pesquisa também confirmou achados de estudos anteriores:
Donos de cães tendem a ser mais extrovertidos e sociáveis.
Donos de gatos são, em média, mais abertos e conscienciosos — mas também mais neuróticos.
“Esses perfis podem influenciar tanto a escolha do animal quanto o modo como cada pessoa se relaciona com ele”, explicam os autores.
Qual o impacto do estudo?
Segundo os autores, os achados podem embasar políticas públicas de saúde mental, por exemplo incentivando adoções responsáveis como ferramenta complementar de bem-estar. “Se pets têm um valor tão alto para o bem-estar quanto relações sociais humanas, eles devem ser considerados nas estratégias de promoção da saúde mental”, concluem.
Robô pet é testado como opção em novas abordagens para o tratamento de demências
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
0 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0