Polícia investiga Didico, do Pagode do Adame, por agressões a ex; 'Amor de verdade não machuca', diz mulher
Beatriz Ramos registrou duas denúncias contra Matheus Souza de Castro, durante o período em que estiveram juntos. Em nota, o grupo informou que o artista foi afastado. O g1 tenta contato com Didico. Polícia investiga Didico, do Pagode do Adame, por agressões a ex-esposa no RJ
Reprodução/Redes sociais
O percussionista Matheus Souza de Castro, conhecido como Didico, do grupo Pagode do Adame, é investigado por agressões contra a ex-mulher. Em nota, o grupo informou que o artista foi afastado das atividades (veja mais detalhes abaixo).
Os episódios teriam ocorrido enquanto o casal ainda mantinha relacionamento. O caso foi revelado nesta segunda-feira (5), mas as denúncias são de setembro de 2024 e de 2020.
O g1 conversou com a jovem Beatriz Ramos, que contou que passou 6 anos ao lado do percussionista, e que ele teria começado a ser agressivo pouco depois do primeiro ano juntos.
Em 2020, Beatriz afirma ter sido agredida pelo então companheiro enquanto se recuperava do parto da primeira filha do casal, ainda no período do puerpério.
Um print postado por Beatriz mostra as ofensas feitas a ela: "você não é minha mulher e sim uma pi*****, falsa, vagabunda, você merece ser tratada igual pi*****, por isso tem que entrar na porrada e tomar pau desses caras."
"Em 2020 eu ainda estava no puerpério quando ele me agrediu. Depois, no final de 2020, a neném tinha quase um ano e ele me agrediu de novo", afirma Beatriz.
À polícia, em 2024, ela disse que foram pelo menos dez agressões ao longo do tempo que passaram juntos. A primeira denúncia foi ainda em 2020, mas depois o casal reatou.
LEIA TAMBÉM:
'Até quando?' Saiba identificar os tipos de violência doméstica, o que prevê a lei e como buscar ajuda
Beatriz Ramos
Arquivo pessoal
Em um texto nas redes sociais, Beatriz desabafa: "Estar em um relacionamento abusivo é viver uma guerra silenciosa. Uma batalha entre o que se sente e o que se merece. É caminhar entre migalhas de afeto e explosões de dor. E ainda assim, por vezes, o coração insiste em olhar para trás. Em imaginar que, talvez agora, tudo possa ser diferente."
"Essa carta não é um pedido de desculpas. É um desabafo, um grito, uma tentativa de colocar em palavras o que tantas pessoas vivem em silêncio. Não é fácil explicar por que alguém volta. Às vezes, é a esperança. Às vezes, o medo. Às vezes, a crença de que o amor pode mudar alguém", acrescenta.
Segundo o relato de Beatriz, a última agressão ocorreu quando ela tentou terminar o relacionamento após descobrir traições. Após o episódio, ela afirma ter ingerido uma alta dose de remédios controlados.
Depois de ser socorrida por familiares, Beatriz foi internada em uma clínica psiquiátrica por um mês com um quadro de depressão. Ela conta que foi um período difícil longe da filha, que ficou com as avós.
"O amor, por si só, não salva. E ninguém deveria ser campo de batalha de outra pessoa. A dor não deve ser romantizada. Amor de verdade não machuca. E se for para recomeçar, que seja comigo mesma. Inteira. Firme. Viva", diz.
Beatriz possui medidas protetivas expedidas pela Justiça que determinam a proibição de contato e o afastamento de Matheus do lar.
"A violência física aconteceu em setembro de 2024, mas como a Beatriz, infelizmente, não tinha quem a representasse, eu só entrei no caso em abril. Só no último dia 30 de abril conseguimos que ele fosse notificado da medida protetiva. Nesse momento, ela está protegida por uma medida protetiva vigente", explica a advogada Fabíola Marconi.
Procurada, a polícia informou que Matheus foi indiciado na investigação de 2020, e o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Rio (MPRJ).
Na denúncia mais recente, registrada em setembro de 2024, a investigação segue em andamento na 75ª DP (Rio do Ouro) e está sendo acompanhada pelo MPRJ.
Beatriz Ramos
Arquivo pessoal
Artista foi afastado do grupo
O grupo de Pagode do Adame publicou uma nota nas redes sociais dizendo que "em função de questões de ordem pessoal envolvendo o integrante Didico, o artista está afastado de todas as atividades com a banda até que os fatos sejam apurados pelas autoridades competentes".
Nota do Pagode do Adame
Reprodução/Redes sociais
"Somos veemente contrários a todas as formas de violência, inclusive a de gênero, seja ela física, psicológica, sexual, econômica ou política. Reforçamos nosso compromisso com o respeito, a responsabilidade e a transparência junto ao nosso público."
O g1 tenta contato com Matheus Souza de Castro.
'Até quando?' Saiba como pedir socorro em casos de violência doméstica
Reprodução/Redes sociais
O percussionista Matheus Souza de Castro, conhecido como Didico, do grupo Pagode do Adame, é investigado por agressões contra a ex-mulher. Em nota, o grupo informou que o artista foi afastado das atividades (veja mais detalhes abaixo).
Os episódios teriam ocorrido enquanto o casal ainda mantinha relacionamento. O caso foi revelado nesta segunda-feira (5), mas as denúncias são de setembro de 2024 e de 2020.
O g1 conversou com a jovem Beatriz Ramos, que contou que passou 6 anos ao lado do percussionista, e que ele teria começado a ser agressivo pouco depois do primeiro ano juntos.
Em 2020, Beatriz afirma ter sido agredida pelo então companheiro enquanto se recuperava do parto da primeira filha do casal, ainda no período do puerpério.
Um print postado por Beatriz mostra as ofensas feitas a ela: "você não é minha mulher e sim uma pi*****, falsa, vagabunda, você merece ser tratada igual pi*****, por isso tem que entrar na porrada e tomar pau desses caras."
"Em 2020 eu ainda estava no puerpério quando ele me agrediu. Depois, no final de 2020, a neném tinha quase um ano e ele me agrediu de novo", afirma Beatriz.
À polícia, em 2024, ela disse que foram pelo menos dez agressões ao longo do tempo que passaram juntos. A primeira denúncia foi ainda em 2020, mas depois o casal reatou.
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'Até quando?' Saiba identificar os tipos de violência doméstica, o que prevê a lei e como buscar ajuda
Beatriz Ramos
Arquivo pessoal
Em um texto nas redes sociais, Beatriz desabafa: "Estar em um relacionamento abusivo é viver uma guerra silenciosa. Uma batalha entre o que se sente e o que se merece. É caminhar entre migalhas de afeto e explosões de dor. E ainda assim, por vezes, o coração insiste em olhar para trás. Em imaginar que, talvez agora, tudo possa ser diferente."
"Essa carta não é um pedido de desculpas. É um desabafo, um grito, uma tentativa de colocar em palavras o que tantas pessoas vivem em silêncio. Não é fácil explicar por que alguém volta. Às vezes, é a esperança. Às vezes, o medo. Às vezes, a crença de que o amor pode mudar alguém", acrescenta.
Segundo o relato de Beatriz, a última agressão ocorreu quando ela tentou terminar o relacionamento após descobrir traições. Após o episódio, ela afirma ter ingerido uma alta dose de remédios controlados.
Depois de ser socorrida por familiares, Beatriz foi internada em uma clínica psiquiátrica por um mês com um quadro de depressão. Ela conta que foi um período difícil longe da filha, que ficou com as avós.
"O amor, por si só, não salva. E ninguém deveria ser campo de batalha de outra pessoa. A dor não deve ser romantizada. Amor de verdade não machuca. E se for para recomeçar, que seja comigo mesma. Inteira. Firme. Viva", diz.
Beatriz possui medidas protetivas expedidas pela Justiça que determinam a proibição de contato e o afastamento de Matheus do lar.
"A violência física aconteceu em setembro de 2024, mas como a Beatriz, infelizmente, não tinha quem a representasse, eu só entrei no caso em abril. Só no último dia 30 de abril conseguimos que ele fosse notificado da medida protetiva. Nesse momento, ela está protegida por uma medida protetiva vigente", explica a advogada Fabíola Marconi.
Procurada, a polícia informou que Matheus foi indiciado na investigação de 2020, e o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Rio (MPRJ).
Na denúncia mais recente, registrada em setembro de 2024, a investigação segue em andamento na 75ª DP (Rio do Ouro) e está sendo acompanhada pelo MPRJ.
Beatriz Ramos
Arquivo pessoal
Artista foi afastado do grupo
O grupo de Pagode do Adame publicou uma nota nas redes sociais dizendo que "em função de questões de ordem pessoal envolvendo o integrante Didico, o artista está afastado de todas as atividades com a banda até que os fatos sejam apurados pelas autoridades competentes".
Nota do Pagode do Adame
Reprodução/Redes sociais
"Somos veemente contrários a todas as formas de violência, inclusive a de gênero, seja ela física, psicológica, sexual, econômica ou política. Reforçamos nosso compromisso com o respeito, a responsabilidade e a transparência junto ao nosso público."
O g1 tenta contato com Matheus Souza de Castro.
'Até quando?' Saiba como pedir socorro em casos de violência doméstica
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