Morre engenheiro que mostrava rotina de tratamento de câncer raro nas redes sociais

Renan Sena morreu aos 30 anos após lutar contra um câncer raro no timo. O corpo foi velado e sepultado no Cemitério Parque da Saudade em Juiz de Fora. Renan Sena, de 29 anos, necessita de doses de Pembrolizum para tratar o câncer no timo
Arquivo Pessoal
Morreu aos 30 anos, na sexta-feira (25), o engenheiro eletricista e professor juiz-forano Renan Sena. Há mais de dois anos, ele lutava contra um tipo raro de câncer no timo — glândula próxima aos pulmões que participa da defesa imunológica.
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Renan Sena foi velado e sepultado no Cemitério Parque da Saudade em Juiz de Fora. O tratamento foi compartilhado em um perfil nas redes sociais, que mostrava o dia a dia do engenheiro, incluindo as sessões de quimioterapia para tentar evitar o avanço do câncer
Juiz-forano Renan Sena durante sessão de quimioterapia
Arquivo Pessoal
"A rede social tem sido um meio para divulgar a rotina do tratamento para ajudar outras pessoas que estão passando pelo mesmo problema, trazer informações e dicas que podem ajudar a quem está passando por esse momento difícil, além de mostrar como é viver com o câncer, que não é nada parecido com o que vemos na televisão, onde a doença é somente sinônimo de sofrimento e morte", contou Renan na época.
Em entrevista ao g1 em julho de 2024, Renan contou que a internet o ajudou a expor e desabafar sobre a doença, e receber força e apoio de amigos e desconhecidos.
Devido à raridade do caso — não há registro de outro diagnóstico igual no Brasil — ele enfrentou dificuldades para obter o remédio, que é importado e custa cerca de R$ 22 mil por ampola.
A avaliação médica indicava que o uso do remédio por dois anos resultaria em um tratamento estimado em aproximadamente R$ 1,8 milhão.
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