MP-SP é contra transferência de júri de acusado de matar idoso com voadora: 'Não pode se esconder', diz promotor

Tiago Gomes de Souza está preso pela agressão que resultou na morte de Cesar Fine Torresi, em Santos, no litoral de São Paulo. A defesa dele pediu para que o Tribunal do Júri fosse realizado em outra cidade. Preso por matar idoso com 'voadora' chora em reconstituição do crime em Santos (SP)
Silvio Luiz/A Tribuna Jornal e Arquivo Pessoal
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) foi contra o pedido da defesa de Tiago Gomes de Souza, acusado de matar um idoso de 77 anos com uma voadora em Santos, no litoral paulista, para que o júri popular seja realizado em outra cidade. O promotor de Justiça Fabio Perez Fernandez deixou um aviso ao réu na manifestação: "Você pode correr, mas não pode se esconder!".
À equipe de reportagem, o advogado do acusado, Eugênio Malavasi, explicou que a manifestação do MP-SP é de primeira instância. Por este motivo, a defesa aguarda a decisão em segunda instância, que cabe ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
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O caso aconteceu durante uma briga de trânsito na Rua Pirajá da Silva, no bairro Aparecida, no dia 8 de junho de 2024. Cesar Fine Torresi morreu após a agressão na frente do neto, de 11 anos, enquanto Tiago foi preso pelo crime.
O pedido para que o Tribunal do Júri seja realizado em outra cidade foi feito com a justificativa de que o caso foi amplamente divulgado e gerou indignação na população. De acordo com a defesa, estes fatores podem influenciar a opinião dos jurados de Santos, que devem ter uma conduta imparcial.
O promotor de Justiça se manifestou contra o pedido da defesa na terça-feira (3). Fabio Perez Fernandez afirmou que o crime foi "bárbaro" e causou comoção em todos que tiveram conhecimento dele, sejam ou não moradores de Santos. Segundo ele, isso não significa que os jurados, a serem escolhidos futuramente, estejam previamente dispostos a um ou outro entendimento.
"Não é, evidentemente, caso de desaforamento [transferência de cidade], mas se este vier acontecer, os familiares da vítima podem estar certos de que, seja lá onde for, haverá um promotor ávido por Justiça, que lutará até o final pelo nome e pela memória do senhor Cesar. Ao acusado, fica o aviso: você pode correr, mas não pode se esconder!", afirmou Fernandez.
O advogado de Tiago explicou que não se manifestará sobre a primeira instância. "A defesa aguarda, serenamente, sem fazer júri de forma antecipada, a decisão do TJ-SP, oportunidade que este advogado fará a devida e necessária sustentação oral perante os desembargadores", afirmou Malavasi.
Por outro lado, o juiz de Santos, Alexandre Betini, destacou que o "clamor público ainda está latente" porque o crime não completou um ano e já está prestes a ser julgado. Por este motivo, ele concordou com a defesa de que a repercussão pode comprometer a imparcialidade dos jurados. Vale destacar que a decisão deve ser do TJ-SP, que ainda não se pronunciou sobre o pedido.
O caso
Vídeo mostra prisão de homem que levou idoso à morte com 'voadora' no litoral de SP
De acordo com o BO, a criança relatou ao pai -- filho da vítima -- que ela e o avô atravessavam a Rua Pirajá da Silva entre os carros porque o trânsito estava parado.
De repente, segundo o menino, um carro avançou na direção deles, freou bruscamente e o idoso se apoiou no capô sem causar danos. No momento em que a vítima e o neto terminaram de atravessar, o motorista foi até eles a pé e deu a voadora, um chute no peito do homem.
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar no local, viu que o idoso era atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A vítima estava desacordada e foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste, onde foi entubada, teve três paradas cardíacas e não resistiu.
O episódio gerou revolta e motivou discussões de pessoas que passavam pelo local. O suspeito correu para um estabelecimento comercial, mas foi localizado pela PM e preso.
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
Silvio Luiz/A Tribuna Jornal e Arquivo Pessoal
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) foi contra o pedido da defesa de Tiago Gomes de Souza, acusado de matar um idoso de 77 anos com uma voadora em Santos, no litoral paulista, para que o júri popular seja realizado em outra cidade. O promotor de Justiça Fabio Perez Fernandez deixou um aviso ao réu na manifestação: "Você pode correr, mas não pode se esconder!".
À equipe de reportagem, o advogado do acusado, Eugênio Malavasi, explicou que a manifestação do MP-SP é de primeira instância. Por este motivo, a defesa aguarda a decisão em segunda instância, que cabe ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
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O caso aconteceu durante uma briga de trânsito na Rua Pirajá da Silva, no bairro Aparecida, no dia 8 de junho de 2024. Cesar Fine Torresi morreu após a agressão na frente do neto, de 11 anos, enquanto Tiago foi preso pelo crime.
O pedido para que o Tribunal do Júri seja realizado em outra cidade foi feito com a justificativa de que o caso foi amplamente divulgado e gerou indignação na população. De acordo com a defesa, estes fatores podem influenciar a opinião dos jurados de Santos, que devem ter uma conduta imparcial.
O promotor de Justiça se manifestou contra o pedido da defesa na terça-feira (3). Fabio Perez Fernandez afirmou que o crime foi "bárbaro" e causou comoção em todos que tiveram conhecimento dele, sejam ou não moradores de Santos. Segundo ele, isso não significa que os jurados, a serem escolhidos futuramente, estejam previamente dispostos a um ou outro entendimento.
"Não é, evidentemente, caso de desaforamento [transferência de cidade], mas se este vier acontecer, os familiares da vítima podem estar certos de que, seja lá onde for, haverá um promotor ávido por Justiça, que lutará até o final pelo nome e pela memória do senhor Cesar. Ao acusado, fica o aviso: você pode correr, mas não pode se esconder!", afirmou Fernandez.
O advogado de Tiago explicou que não se manifestará sobre a primeira instância. "A defesa aguarda, serenamente, sem fazer júri de forma antecipada, a decisão do TJ-SP, oportunidade que este advogado fará a devida e necessária sustentação oral perante os desembargadores", afirmou Malavasi.
Por outro lado, o juiz de Santos, Alexandre Betini, destacou que o "clamor público ainda está latente" porque o crime não completou um ano e já está prestes a ser julgado. Por este motivo, ele concordou com a defesa de que a repercussão pode comprometer a imparcialidade dos jurados. Vale destacar que a decisão deve ser do TJ-SP, que ainda não se pronunciou sobre o pedido.
O caso
Vídeo mostra prisão de homem que levou idoso à morte com 'voadora' no litoral de SP
De acordo com o BO, a criança relatou ao pai -- filho da vítima -- que ela e o avô atravessavam a Rua Pirajá da Silva entre os carros porque o trânsito estava parado.
De repente, segundo o menino, um carro avançou na direção deles, freou bruscamente e o idoso se apoiou no capô sem causar danos. No momento em que a vítima e o neto terminaram de atravessar, o motorista foi até eles a pé e deu a voadora, um chute no peito do homem.
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar no local, viu que o idoso era atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A vítima estava desacordada e foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste, onde foi entubada, teve três paradas cardíacas e não resistiu.
O episódio gerou revolta e motivou discussões de pessoas que passavam pelo local. O suspeito correu para um estabelecimento comercial, mas foi localizado pela PM e preso.
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