Embalagem feita com repolho roxo muda de cor e mostra se peixe está estragado; entenda

Pesquisadores a Embrapa Instrumentalização São Carlos (SP) desenvolveram embalagem inteligente biodegradável. Embrapa desenvolve embalagem que mostra se peixe está estragado mesmo congelado
Pesquisadores da Embrapa Instrumentalização de São Carlos (SP) desenvolveram uma embalagem inteligente biodegradável que muda de cor indicando a qualidade do peixe e se o alimento está bom para o consumo.
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A pesquisa utiliza um extrato feito a partir de folhas danificadas de repolho roxo que seriam descartadas.
Para isso, elas são processadas com álcool e água, depois desidratadas e moídas, resultando em um extrato, que ao ser exposto a toxinas liberadas pelo peixe no seu processo de decomposição, pode mudar de cor. Quanto mais para o roxo, melhor a qualidade do peixe, e quanto mais azul, pior.
Como funciona o processo?
O pesquisador Josemar Oliveira explicou sobre o pigmento das plantas e o processo que indica se o alimento está estragado ou não.
"A embalagem foi desenvolvida utilizando um polímetro biodegradável e o extrato de repolho roxo, que contém antocianinas que são pigmentos naturais presentes em muitas plantas e tem capacidade de mudar de cor em função da condição que elas se encontram. No caso dos alimentos, quando começam a estragar, eles liberam alguns compostos que modificam o seu PH. E na embalagem inteligente a presença da antocianina faz com que quando os alimentos começam a liberar esses compostos característicos da deterioração, as embalagens mudam de cor indicando ao consumidor quando esse alimento está estragado ou não”, disse o pesquisador.
Pesquisadores da Embrapa Instrumentalização de São Carlos (SP) desenvolveram uma embalagem inteligente biodegradável que muda de cor indicando a qualidade do peixe
Rodrigo Sargaço/EPTV
De olho no peixe
O peixeiro Diego da Silva Amorim explicou que como os peixes são pescados a quilômetros de distância, o processo de transporte e armazenamento deve seguir padrões rigorosos de congelamento e higiene.
Ele comentou que o consumidor deve ficar atento a alguns sinais, por exemplo, a carne tem que estar sempre bem firme e as escamas não podem estar soltando.
Outro detalhe importante é que o olho do peixe deve estar preservado e sem sinais de ressecamento para o consumo. No caso de peixes congelados, é mais difícil saber se o peixe está bom para o consumo.
“Quando os peixes são pescados já entram em contato com gelo nos navios pesqueiros para garantir a qualidade, é uma carne delicada e precisa de refrigeração correta. A partir do momento que está filetado e colocado na bandeja, a dona de casa não sabe quantos dias que está filetado, se ele está fresco”, disse. Garantir o peixe sempre fresquinho não é uma das tarefas mais fáceis.
Até o momento, os testes foram feitos em peixes, mas a técnica também vai ser testada em outros tipos de alimentos
Rodrigo Sargaço/EPTV
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Embalagem inteligente
Para chegar na manta que vai em contato com o peixe dentro da embalagem, o extrato roxo feito a partir do repolho é misturado com outras duas substâncias líquidas que são biodegradáveis.
A mistura é colocada dentro de uma seringa e vai para esse equipamento que também foi desenvolvido para Embrapa Instrumentação. Com um jato de ar comprimido, a solução vai se transformando em uma fibra, que lembra um algodão doce, e depois se transforma em uma manta.
"Esse tipo de embalagem tem várias vantagens, e uma delas é que usamos materiais de fontes renováveis e o plástico utilizado na embalagem também é biodegradável", disse Josemar.
Os pesquisadores explicam também que o material interage todo o tempo que o produto estiver embalado, e assim consegue complementar a data de validade do produto.
Embalagem biodegradável que muda de cor indicando a qualidade do peixe. Pesquisa foi desenvolvida na Embrapa de São Carlos
Rodrigo Sargaço/EPTV
Testes
Até o momento, os testes foram feitos somente em peixes, já que é um tipo de carne que estraga com bastante facilidade, e que vem cada vez mais sendo consumida crua.
Os pesquisadores publicaram o resultado em um revista científica internacional e agora procuram por empresas interessadas em continuar com os testes em maior escala. A técnica também vai ser testada em outros tipos de alimentos. O processo de produção é de baixo custo.
"Nós podemos usar diferentes tipos de substâncias com a mesma metodologia para desenvolver embalagens inteligentes para outro tipos de alimentos como carne bovina, aves, e até queijos", comentou o pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso.
Pesquisa utiliza um extrato feito a partir de folhas danificadas de repolho roxo que seriam descartadas
Rodrigo Sargaço/EPTV
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Pesquisadores da Embrapa Instrumentalização de São Carlos (SP) desenvolveram uma embalagem inteligente biodegradável que muda de cor indicando a qualidade do peixe e se o alimento está bom para o consumo.
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A pesquisa utiliza um extrato feito a partir de folhas danificadas de repolho roxo que seriam descartadas.
Para isso, elas são processadas com álcool e água, depois desidratadas e moídas, resultando em um extrato, que ao ser exposto a toxinas liberadas pelo peixe no seu processo de decomposição, pode mudar de cor. Quanto mais para o roxo, melhor a qualidade do peixe, e quanto mais azul, pior.
Como funciona o processo?
O pesquisador Josemar Oliveira explicou sobre o pigmento das plantas e o processo que indica se o alimento está estragado ou não.
"A embalagem foi desenvolvida utilizando um polímetro biodegradável e o extrato de repolho roxo, que contém antocianinas que são pigmentos naturais presentes em muitas plantas e tem capacidade de mudar de cor em função da condição que elas se encontram. No caso dos alimentos, quando começam a estragar, eles liberam alguns compostos que modificam o seu PH. E na embalagem inteligente a presença da antocianina faz com que quando os alimentos começam a liberar esses compostos característicos da deterioração, as embalagens mudam de cor indicando ao consumidor quando esse alimento está estragado ou não”, disse o pesquisador.
Pesquisadores da Embrapa Instrumentalização de São Carlos (SP) desenvolveram uma embalagem inteligente biodegradável que muda de cor indicando a qualidade do peixe
Rodrigo Sargaço/EPTV
De olho no peixe
O peixeiro Diego da Silva Amorim explicou que como os peixes são pescados a quilômetros de distância, o processo de transporte e armazenamento deve seguir padrões rigorosos de congelamento e higiene.
Ele comentou que o consumidor deve ficar atento a alguns sinais, por exemplo, a carne tem que estar sempre bem firme e as escamas não podem estar soltando.
Outro detalhe importante é que o olho do peixe deve estar preservado e sem sinais de ressecamento para o consumo. No caso de peixes congelados, é mais difícil saber se o peixe está bom para o consumo.
“Quando os peixes são pescados já entram em contato com gelo nos navios pesqueiros para garantir a qualidade, é uma carne delicada e precisa de refrigeração correta. A partir do momento que está filetado e colocado na bandeja, a dona de casa não sabe quantos dias que está filetado, se ele está fresco”, disse. Garantir o peixe sempre fresquinho não é uma das tarefas mais fáceis.
Até o momento, os testes foram feitos em peixes, mas a técnica também vai ser testada em outros tipos de alimentos
Rodrigo Sargaço/EPTV
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Embalagem inteligente
Para chegar na manta que vai em contato com o peixe dentro da embalagem, o extrato roxo feito a partir do repolho é misturado com outras duas substâncias líquidas que são biodegradáveis.
A mistura é colocada dentro de uma seringa e vai para esse equipamento que também foi desenvolvido para Embrapa Instrumentação. Com um jato de ar comprimido, a solução vai se transformando em uma fibra, que lembra um algodão doce, e depois se transforma em uma manta.
"Esse tipo de embalagem tem várias vantagens, e uma delas é que usamos materiais de fontes renováveis e o plástico utilizado na embalagem também é biodegradável", disse Josemar.
Os pesquisadores explicam também que o material interage todo o tempo que o produto estiver embalado, e assim consegue complementar a data de validade do produto.
Embalagem biodegradável que muda de cor indicando a qualidade do peixe. Pesquisa foi desenvolvida na Embrapa de São Carlos
Rodrigo Sargaço/EPTV
Testes
Até o momento, os testes foram feitos somente em peixes, já que é um tipo de carne que estraga com bastante facilidade, e que vem cada vez mais sendo consumida crua.
Os pesquisadores publicaram o resultado em um revista científica internacional e agora procuram por empresas interessadas em continuar com os testes em maior escala. A técnica também vai ser testada em outros tipos de alimentos. O processo de produção é de baixo custo.
"Nós podemos usar diferentes tipos de substâncias com a mesma metodologia para desenvolver embalagens inteligentes para outro tipos de alimentos como carne bovina, aves, e até queijos", comentou o pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso.
Pesquisa utiliza um extrato feito a partir de folhas danificadas de repolho roxo que seriam descartadas
Rodrigo Sargaço/EPTV
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