Escola expulsa aluno autista após fugas; família acusa negligência e violência

Família acusa escola no Méier de negligência e violência contra aluno autista
Um adolescente de 13 anos com diagnóstico de autismo, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) foi expulso do Colégio Ruth Sant’Anna, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, após fugir 2 vezes da unidade. A família acusa a escola de negligência e agressividade durante a contenção do menino e contesta a decisão de afastá-lo da instituição.
Imagens de câmeras de segurança mostram o estudante escapando pelo portão da escola. Uma funcionária corre atrás do garoto, que chega a atravessar a rua. Um homem também vai atrás e o traz de volta imobilizado.
A mãe do adolescente afirma que o filho foi contido com violência. “Dá pra ver ele sendo segurado pelo pescoço, com o braço entortado. Não tem necessidade dessa força toda”, disse.
Além da violência, a família questiona a segurança da escola. “Tem um botão que abre o portão ao lado. Qualquer criança consegue sair”, afirmou a mãe.
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Segundo ela, 4 dias depois, o filho tentou fugir novamente, mas ninguém da escola entrou em contato para relatar o ocorrido.
“Só fiquei sabendo depois. O diretor levou ele direto numa viatura para o Conselho Tutelar”, contou.
A Polícia Militar informou que foi acionada pela escola nas ocasiões e que, na 2ª fuga, seguiu orientação da unidade para levar o adolescente ao Conselho Tutelar, onde seria realizada uma mediação com a família.
A escola expulsou o aluno. No comunicado enviado aos pais, afirmou que, “após avaliação técnica e pedagógica, constatou-se que o ambiente escolar regular não tem mais condições de garantir, com segurança, o direito à aprendizagem do aluno”. A direção recomendou que o jovem fosse encaminhado a uma instituição especializada.
Para os pais, a medida é discriminatória. Eles registraram o caso na Delegacia do Méier e procuraram a Comissão de Acompanhamento de Políticas Públicas para Autistas e Neurodivergentes da Câmara dos Vereadores do Rio.
O presidente da comissão, Paulo Messina, afirmou que as atitudes do colégio ferem a Lei Brasileira de Inclusão.
“A escola tem que estar preparada para tratar cada aluno individualmente. Isso é lei, não é uma escolha”, afirmou.
A mãe do estudante disse ainda que a escola não ofereceu mediação adequada. “Eles pediram um monte de laudos e nada foi feito. A mediadora que apresentaram só ficava brincando com ele. Na sala, ele ficava num canto sem fazer nada”, relatou.
A Casa de Lázaro, instituição mantenedora do colégio, lamentou o ocorrido e se solidarizou com os alunos, familiares e professores. A direção da escola informou que a nova gestão está tomando providências administrativas para apurar os fatos, alinhar condutas e acolher a família.
Professora universitária e doutora em Educação, Márcia Pletsch avaliou que houve falha no preparo dos profissionais da escola.
“Todos os profissionais que atuam no espaço educacional precisam estar preparados. É possível trabalhar com o autocontrole do aluno, por meio de estratégias com apoio de professores e terapeutas. Isso requer um trabalho cooperativo e qualificado”, explicou a especialista.
O Conselho Tutelar do Méier acompanha o caso, mas informou que ele corre sob segredo de justiça.
Homem imobiliza aluno após fuga de escola no Méier
Reprodução/TV Globo
Um adolescente de 13 anos com diagnóstico de autismo, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) foi expulso do Colégio Ruth Sant’Anna, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, após fugir 2 vezes da unidade. A família acusa a escola de negligência e agressividade durante a contenção do menino e contesta a decisão de afastá-lo da instituição.
Imagens de câmeras de segurança mostram o estudante escapando pelo portão da escola. Uma funcionária corre atrás do garoto, que chega a atravessar a rua. Um homem também vai atrás e o traz de volta imobilizado.
A mãe do adolescente afirma que o filho foi contido com violência. “Dá pra ver ele sendo segurado pelo pescoço, com o braço entortado. Não tem necessidade dessa força toda”, disse.
Além da violência, a família questiona a segurança da escola. “Tem um botão que abre o portão ao lado. Qualquer criança consegue sair”, afirmou a mãe.
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Segundo ela, 4 dias depois, o filho tentou fugir novamente, mas ninguém da escola entrou em contato para relatar o ocorrido.
“Só fiquei sabendo depois. O diretor levou ele direto numa viatura para o Conselho Tutelar”, contou.
A Polícia Militar informou que foi acionada pela escola nas ocasiões e que, na 2ª fuga, seguiu orientação da unidade para levar o adolescente ao Conselho Tutelar, onde seria realizada uma mediação com a família.
A escola expulsou o aluno. No comunicado enviado aos pais, afirmou que, “após avaliação técnica e pedagógica, constatou-se que o ambiente escolar regular não tem mais condições de garantir, com segurança, o direito à aprendizagem do aluno”. A direção recomendou que o jovem fosse encaminhado a uma instituição especializada.
Para os pais, a medida é discriminatória. Eles registraram o caso na Delegacia do Méier e procuraram a Comissão de Acompanhamento de Políticas Públicas para Autistas e Neurodivergentes da Câmara dos Vereadores do Rio.
O presidente da comissão, Paulo Messina, afirmou que as atitudes do colégio ferem a Lei Brasileira de Inclusão.
“A escola tem que estar preparada para tratar cada aluno individualmente. Isso é lei, não é uma escolha”, afirmou.
A mãe do estudante disse ainda que a escola não ofereceu mediação adequada. “Eles pediram um monte de laudos e nada foi feito. A mediadora que apresentaram só ficava brincando com ele. Na sala, ele ficava num canto sem fazer nada”, relatou.
A Casa de Lázaro, instituição mantenedora do colégio, lamentou o ocorrido e se solidarizou com os alunos, familiares e professores. A direção da escola informou que a nova gestão está tomando providências administrativas para apurar os fatos, alinhar condutas e acolher a família.
Professora universitária e doutora em Educação, Márcia Pletsch avaliou que houve falha no preparo dos profissionais da escola.
“Todos os profissionais que atuam no espaço educacional precisam estar preparados. É possível trabalhar com o autocontrole do aluno, por meio de estratégias com apoio de professores e terapeutas. Isso requer um trabalho cooperativo e qualificado”, explicou a especialista.
O Conselho Tutelar do Méier acompanha o caso, mas informou que ele corre sob segredo de justiça.
Homem imobiliza aluno após fuga de escola no Méier
Reprodução/TV Globo
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