Campinas fica abaixo da meta de alfabetização de crianças de até 7 anos estabelecida pelo governo federal; entenda

Padrão Nacional de Alfabetização, estabelecido pelo Ministério da Educação, determina índices diferentes para ser cumpridos por cada município. Metrópole tinha meta de 47,76% e ficou com 41,49% em 2024. Campinas (SP) não atingiu a meta estabelecida pelo governo federal para a taxa de alfabetização de crianças de até sete anos
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O Padrão Nacional de Alfabetização, estabelecido pelo Ministério da Educação, determina índices diferentes para ser cumpridos por cada município. De acordo com a pasta, a metrópole tinha meta de alfabetizados de 47,76% no ano passado, mas o registrado foi de 41,49%, menor que 2023 (41,7%).
Entre as maiores cidades da região de Campinas, Hortolândia (SP) e Sumaré (SP) também não conseguiram atingir a métrica estabelecida. O objetivo é que, até 2030, 80% das crianças estejam alfabetizadas.
Os números nacionais e de cada estado foram divulgados pelo Ministério da Educação na sexta-feira (11) e a EPTV, afiliada da TV Globo, obteve os dados separados de cada cidade. Veja abaixo os detalhes, o que significa o medido, como o governo federal chega nele e as posições das prefeituras.
O que significa?
? O que estabelece o Padrão Nacional de Alfabetização? O marcador define que uma criança de sete anos que esteja alfabetizada precisa, para além de ler e escrever, saber compreender textos curtos, localizar informações em parágrafos de até seis linhas e inferir informações que articulam linguagem verbal e não verbal, entre outras habilidades.
As informações são coletadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) por meio do indicador Criança Alfabetizada. Ele é calculado a partir de um teste, no qual cada estudante responde a 16 perguntas de múltipla escolha e três de respostas dissertativas, sendo uma produção textual.
Perceber o contexto é importante
Especialista em educação infantil e pedagoga, Lucelaine Zampolim afirmou que o cenário é preocupante, principalmente porque os primeiros anos de vida escolar são os mais importantes no processo de aprendizagem, e é necessário esforço do poder público para que a realidade possa ser transformada.
"Claro que não esperamos que uma criança de 7 anos compreenda um texto muito complexo, mas pequenos textos, a gente espera que haja a compreensão sim. A percepção do contexto em que a palavra está inserida é uma das bases da alfabetização já na primeira infância", afirmou.
O que dizem os governos municipais?
Campinas
A Prefeitura de Campinas informou que investe na formação de professores e vai fazer uma capacitação com a Unicamp. Além disso, segundo a Secretaria de Educação, haverá investimento em tecnologia e equipamentos. Veja trecho da nota:
As 45 escolas de Ensino Fundamental do município estão integradas a um sistema próprio, denominado Rebeca (Rede de Bibliotecas Escolares). O objetivo é aliar a tecnologia com recursos humanos para incentivar a leitura e, consequentemente, oferecer aos alunos um olhar mais crítico sobre as questões do mundo. Um rico acervo de livros é colocado à disposição dos alunos.
As ações formativas de 2025 articulam as iniciativas do CNCA (Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada) com o Programa Municipal de Leitura e Escrita (PMLE), que potencializa a produção de textos e o incentivo à leitura para os alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A Secretaria de Educação tem investido na Educação mediada pela tecnologia e com isso foram adquiridos equipamentos tanto para as escolas quanto para os docentes e alunos. Entre eles estão: mesas interativas e digitalizadoras, e projetor interativo. Os alunos do 1º ao 5 ª ano do Ensino Fundamental recebem aparelhos de chromebook para serem levados para casa. Os alunos também têm um leitor digital (kindle), como forma de incentivo a leitura.
Sumaré
A Prefeitura de Sumaré disse que avançou em ações como contratação de professores para reduzir o déficit de profissionais, formação continuada e definição de metas educativas, reajuste de repasses e revisão da legislação municipal. Confira trecho da nota:
A SME passou por uma reorganização, com a criação de departamentos especializados (Jurídico, Desporto Educacional, Engenharia e Arquitetura, Licitações e Comunicação), além da modernização do CIRASE e da regularização das licitações da merenda escolar.
Investimento em Pessoal e Formação
Novos concursados em fase de contratação;
Programas de capacitação em parceria com SEBRAE (ALI Produtividade), SAMU (Projeto Samuzinho) e Guarda Municipal (PROMAD);
Plano de Carreira para valorização dos servidores;
Formações especializadas para professores da EJA e Educação Infantil (LEEI).
Taxa de alfabetização em Campinas está abaixo da meta
Reprodução/EPTV
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O Padrão Nacional de Alfabetização, estabelecido pelo Ministério da Educação, determina índices diferentes para ser cumpridos por cada município. De acordo com a pasta, a metrópole tinha meta de alfabetizados de 47,76% no ano passado, mas o registrado foi de 41,49%, menor que 2023 (41,7%).
Entre as maiores cidades da região de Campinas, Hortolândia (SP) e Sumaré (SP) também não conseguiram atingir a métrica estabelecida. O objetivo é que, até 2030, 80% das crianças estejam alfabetizadas.
Os números nacionais e de cada estado foram divulgados pelo Ministério da Educação na sexta-feira (11) e a EPTV, afiliada da TV Globo, obteve os dados separados de cada cidade. Veja abaixo os detalhes, o que significa o medido, como o governo federal chega nele e as posições das prefeituras.
O que significa?
? O que estabelece o Padrão Nacional de Alfabetização? O marcador define que uma criança de sete anos que esteja alfabetizada precisa, para além de ler e escrever, saber compreender textos curtos, localizar informações em parágrafos de até seis linhas e inferir informações que articulam linguagem verbal e não verbal, entre outras habilidades.
As informações são coletadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) por meio do indicador Criança Alfabetizada. Ele é calculado a partir de um teste, no qual cada estudante responde a 16 perguntas de múltipla escolha e três de respostas dissertativas, sendo uma produção textual.
Perceber o contexto é importante
Especialista em educação infantil e pedagoga, Lucelaine Zampolim afirmou que o cenário é preocupante, principalmente porque os primeiros anos de vida escolar são os mais importantes no processo de aprendizagem, e é necessário esforço do poder público para que a realidade possa ser transformada.
"Claro que não esperamos que uma criança de 7 anos compreenda um texto muito complexo, mas pequenos textos, a gente espera que haja a compreensão sim. A percepção do contexto em que a palavra está inserida é uma das bases da alfabetização já na primeira infância", afirmou.
O que dizem os governos municipais?
Campinas
A Prefeitura de Campinas informou que investe na formação de professores e vai fazer uma capacitação com a Unicamp. Além disso, segundo a Secretaria de Educação, haverá investimento em tecnologia e equipamentos. Veja trecho da nota:
As 45 escolas de Ensino Fundamental do município estão integradas a um sistema próprio, denominado Rebeca (Rede de Bibliotecas Escolares). O objetivo é aliar a tecnologia com recursos humanos para incentivar a leitura e, consequentemente, oferecer aos alunos um olhar mais crítico sobre as questões do mundo. Um rico acervo de livros é colocado à disposição dos alunos.
As ações formativas de 2025 articulam as iniciativas do CNCA (Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada) com o Programa Municipal de Leitura e Escrita (PMLE), que potencializa a produção de textos e o incentivo à leitura para os alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A Secretaria de Educação tem investido na Educação mediada pela tecnologia e com isso foram adquiridos equipamentos tanto para as escolas quanto para os docentes e alunos. Entre eles estão: mesas interativas e digitalizadoras, e projetor interativo. Os alunos do 1º ao 5 ª ano do Ensino Fundamental recebem aparelhos de chromebook para serem levados para casa. Os alunos também têm um leitor digital (kindle), como forma de incentivo a leitura.
Sumaré
A Prefeitura de Sumaré disse que avançou em ações como contratação de professores para reduzir o déficit de profissionais, formação continuada e definição de metas educativas, reajuste de repasses e revisão da legislação municipal. Confira trecho da nota:
A SME passou por uma reorganização, com a criação de departamentos especializados (Jurídico, Desporto Educacional, Engenharia e Arquitetura, Licitações e Comunicação), além da modernização do CIRASE e da regularização das licitações da merenda escolar.
Investimento em Pessoal e Formação
Novos concursados em fase de contratação;
Programas de capacitação em parceria com SEBRAE (ALI Produtividade), SAMU (Projeto Samuzinho) e Guarda Municipal (PROMAD);
Plano de Carreira para valorização dos servidores;
Formações especializadas para professores da EJA e Educação Infantil (LEEI).
Taxa de alfabetização em Campinas está abaixo da meta
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