Dentista é acusado de negligência por familiares de pacientes que relataram falta de apoio após casos de botulismo em Três Pontas, MG

Famílias de pacientes diagnosticados com botulismo após procedimento estético denunciam que dentista ignorou sinais de complicações graves, deixando-os sem assistência adequada. Familiares de pacientes diagnosticados com botulismo dizem que dentista não prestou apoio
Famílias de pacientes diagnosticados com botulismo após um procedimento estético com toxina botulínica estão acusando o dentista responsável, Rodrigo Lucarini, de negligência. Os relatos apontam que, diante dos sintomas graves apresentados pelos pacientes, como dor, inchaço, paralisia facial e dificuldades respiratórias, o profissional teria minimizado a gravidade do quadro e não prestado a assistência necessária para evitar o agravamento dos casos.
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Os primeiros sinais de complicações começaram a surgir logo após a aplicação da toxina, realizada no final de junho. Uma das pacientes, tem 60 anos. O filho dela relatou que no dia seguinte ao procedimento, ela sentiu dor intensa e inchaço no rosto. Ela procurou o dentista, que a tranquilizou, afirmando que os sintomas eram comuns. No entanto, o quadro piorou nas semanas seguintes.
"Ela até encaminhou uma foto para ele, já com o rosto inchado, pálpebras já caídas, dificuldade de levantar o braço, dificuldade de fala, e perguntando se era normal, o qual o mesmo falou que continuaria sendo normal", contou Otávio José Simeão de Brito, filho da paciente.
Ainda conforme o relato de Otávio, a clínica entrou em contato com a mãe para que ela fosse realizar uma consulta, onde uma injeção anti-inflamatória foi aplicada. Quando os sintomas pioraram e surgiram dificuldades respiratórias, a paciente foi finalmente encaminhada ao hospital, onde foi diagnosticada com botulismo e internada.
Pacientes foram internados na Santa Casa de Três Pontas (MG)
EPTV/Reprodução
Uma mulher, que não quis ser identificada, relatou uma situação semelhante. Ela disse que os sogros também apresentaram sintomas após a aplicação da toxina. A família procurou pelo dentista nos primeiros sinais da doença, mas não recebeu o apoio que esperava.
"Eu acho que é de extrema irresponsabilidade esse dentista ter segurado os pacientes em casa, ter ido até a casa deles em mais de uma situação para aplicar um corticoide, sem nem saber o que ia acontecer. Ele não prestou assistência e não encaminhou os pacientes ao hospital", disse.
O Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG) foi acionado e já anunciou que está acompanhando de perto as denúncias. Uma equipe de fiscalização será enviada ao local para apurar as condições em que o procedimento foi realizado e investigar a conduta do dentista. Caso a negligência seja confirmada, Rodrigo Lucarini poderá ser processado por violação de normas éticas e até perder a licença para exercer a profissão.
Além disso, a Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, a Polícia Civil e órgãos de vigilância sanitária, também estão conduzindo investigações para garantir que o caso seja tratado de maneira adequada. A possível aplicação inadequada da toxina botulínica e a ausência de um acompanhamento médico adequado durante o período pós-procedimento estão no centro da apuração.
A defesa de Rodrigo Lucarini, por sua vez, afirmou que o dentista seguiu todos os protocolos exigidos para a aplicação da toxina e que os pacientes foram encaminhados para hospitais assim que surgiram os primeiros sinais de botulismo. No entanto, os familiares contestam essa versão, alegando que, se houvesse uma assistência mais atenta e ágil, as complicações poderiam ter sido evitadas.
O botulismo é uma doença rara, mas extremamente grave, que pode levar à paralisia respiratória e até à morte, se não tratada rapidamente. Sua ocorrência pode ser desencadeada por falhas no processo de aplicação da toxina botulínica em tratamentos estéticos. A investigação continua, e dois pacientes ainda permanecem internados na Santa Casa de Três Pontas, recebendo cuidados intensivos.
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"Ela até encaminhou uma foto para ele, já com o rosto inchado, pálpebras já caídas, dificuldade de levantar o braço, dificuldade de fala, e perguntando se era normal, o qual o mesmo falou que continuaria sendo normal", contou Otávio José Simeão de Brito, filho da paciente.
Ainda conforme o relato de Otávio, a clínica entrou em contato com a mãe para que ela fosse realizar uma consulta, onde uma injeção anti-inflamatória foi aplicada. Quando os sintomas pioraram e surgiram dificuldades respiratórias, a paciente foi finalmente encaminhada ao hospital, onde foi diagnosticada com botulismo e internada.
Pacientes foram internados na Santa Casa de Três Pontas (MG)
EPTV/Reprodução
Uma mulher, que não quis ser identificada, relatou uma situação semelhante. Ela disse que os sogros também apresentaram sintomas após a aplicação da toxina. A família procurou pelo dentista nos primeiros sinais da doença, mas não recebeu o apoio que esperava.
"Eu acho que é de extrema irresponsabilidade esse dentista ter segurado os pacientes em casa, ter ido até a casa deles em mais de uma situação para aplicar um corticoide, sem nem saber o que ia acontecer. Ele não prestou assistência e não encaminhou os pacientes ao hospital", disse.
O Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CRO-MG) foi acionado e já anunciou que está acompanhando de perto as denúncias. Uma equipe de fiscalização será enviada ao local para apurar as condições em que o procedimento foi realizado e investigar a conduta do dentista. Caso a negligência seja confirmada, Rodrigo Lucarini poderá ser processado por violação de normas éticas e até perder a licença para exercer a profissão.
Além disso, a Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, a Polícia Civil e órgãos de vigilância sanitária, também estão conduzindo investigações para garantir que o caso seja tratado de maneira adequada. A possível aplicação inadequada da toxina botulínica e a ausência de um acompanhamento médico adequado durante o período pós-procedimento estão no centro da apuração.
A defesa de Rodrigo Lucarini, por sua vez, afirmou que o dentista seguiu todos os protocolos exigidos para a aplicação da toxina e que os pacientes foram encaminhados para hospitais assim que surgiram os primeiros sinais de botulismo. No entanto, os familiares contestam essa versão, alegando que, se houvesse uma assistência mais atenta e ágil, as complicações poderiam ter sido evitadas.
O botulismo é uma doença rara, mas extremamente grave, que pode levar à paralisia respiratória e até à morte, se não tratada rapidamente. Sua ocorrência pode ser desencadeada por falhas no processo de aplicação da toxina botulínica em tratamentos estéticos. A investigação continua, e dois pacientes ainda permanecem internados na Santa Casa de Três Pontas, recebendo cuidados intensivos.
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