São José dos Campos é eleita uma das melhores cidades do mundo para se investir, segundo ranking internacional

Em 2025, São José caiu de posição no ranking, quando comparado a 2024, mas a cidade segue eleita como uma das mil cidades com mais potencial para receber novos negócios e gerar retorno para quem investe. Anel viário de São José dos Campos
Claudio Vieira/PMSJC
São José dos Campos, cidade no interior de São Paulo, foi eleita uma das melhores cidades do mundo para se investir, segundo o ranking Global Cities Index 2025 da Oxford Economics.
O levantamento lista as mil cidades nos cinco continentes que possuem mais potencial para receber novos negócios e gerar retorno para quem investe. São José foi a única cidade do Vale do Paraíba e região selecionada pelo estudo.
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Em 2024, São José foi elencada na colocação 611º. Já neste ano, a cidade caiu de posição e foi listada em 745º. Apesar da queda, o município aparece com melhor colocação do que algumas capitais do país, como Belém, Recife, João Pessoa, Salvador, Cuiabá, Maceió e Teresina, por exemplo.
Veja as cidades brasileiras que aparecem no ranking em 2025:
303º - São Paulo
339º - Brasília
449º - Rio de Janeiro
464º - Campinas
500º - Florianópolis
517º - Belo Horizonte
575º - São Gonçalo
586º - Porto Alegre
588º - Curitiba
598º - Fortaleza
650º - Baixada Santista
654º - Goiânia
667º - Ribeirão Preto
668º - Natal
678º - Campo Grande
689º - Vitória/Vila Velha
693º - Sorocaba
708º - Joinville
728º - Manaus
732º - Aracaju
? 745º - São José dos Campos
755º - Belém
756º - Recife
790º - João Pessoa
792º - Salvador
795º - Grande São Luís
797º - Cuiabá
865º - Maceió
912º - Teresina
Em 2024, essas foram as colocações das cidades brasileiras no ranking:
294º - São Paulo
309º - Brasília
356º - Rio de Janeiro
384º - Campinas
395º - Florianópolis
418º - Porto Alegre
458º - Curitiba
460º - Belo Horizonte
496º - Fortaleza
515º - Joinville
518º - Vitória - Vila Velha
524º - Goiânia
535º - Campo Grande
543º - Natal
545º - Ribeirão Preto
554º - São Gonçalo
556º - Baixada Santista
560º - Manaus
573º - Aracaju
579º - Sorocaba
581º - Recife
? 611º - São José dos Campos
617º - Belém
620º - João Pessoa
622º - Salvador
633º - Grande São Luís
635º - Cuiabá
728º - Teresina
794º - Maceió
Nas cinco primeiras posições do ranking de 2025 estão Nova Iorque, nos Estados Unidos, com o primeiro lugar; seguida de Londres, na Inglaterra; em terceiro está Paris, na França; em quarto está San José, dos Estados Unidos; e em quinto lugar foi eleita a cidade de Seattle, também nos EUA.
O ranking é feito a partir de avaliações sobre o desempenho das cidades em cinco categorias: economia, capital humano, qualidade de vida, meio ambiente e governança. A avaliação sobre a economia e o capital humano possuem maior peso.
? Economia: Avaliação sobre as transações comerciais, produção de bens e serviços e interações econômicas que envolvem os moradores e as empresas localizadas na cidade.
? Capital Humano: É o valor agregado aos trabalhadores por meio de experiências, conhecimentos técnicos, comportamentos, habilidades e competências pessoais, que fazem os profissionais da cidade se destacarem.
? Qualidade de vida: Uma avaliação do bem-estar geral dos moradores no que diz respeito a acesso à educação, saúde, moradia, emprego, lazer, cultura, entre outros aspectos do cotidiano e que ditam as preocupações dos moradores.
? Meio ambiente: São as práticas que a cidade adota e que visam proteger a natureza de ações que provocam danos ao meio ambiente, como a extinção de animais, a degradação das florestas, a poluição, o aquecimento global e o descarte incorreto de lixo.
?Governança: Avaliação sobre como é conduzida a gestão da cidade, observando políticas públicas e a prestação de serviços de interesse da sociedade.
Segundo o estudo, os melhores desempenhos de São José são em governança, meio ambiente e capital humano. Já os aspectos qualidade de vida e economia aparecem com atuações intermediárias na avaliação.
Arco da Inovação, em São José dos Campos
Divulgação/PMSJC
Economia de São José e queda no ranking
Para o economista Edson Trajano Vieira, que atua como professor na Universidade de Taubaté (UNITAU), o fato de São José dos Campos ser um polo da indústria aeronáutica e de produção de petróleo são fatores que fazem a cidade se destacar e ficar em colocação superior a de muitas capitais brasileiras.
“São José está entre as cidades de melhor ranking de investimento por ser uma cidade integrada a esse mundo global. São José tem dois segmentos de produção, os quais são, principalmente, a produção de petróleo a partir do pré-sal no Brasil e a aviação. Isso possibilita mais investimentos, inclusive, superando algumas capitais brasileiras”, afirmou.
Para Trajano, a queda na colocação de São José e de todas as outras cidades brasileiras que aparecem no ranking é impacto da política externa, que vive um ano de incertezas, em meio a ameaças de ‘tarifaços’ e guerras.
“Esse mundo global enfrenta muitos desafios. E isso pode ter contribuído para uma redução nesse indicador de São José em relação ao mundo e várias outras cidades brasileiras. Por exemplo, no setor aéreo, São José exporta aeronaves e o principal mercado é o mercado americano. E o mercado americano tem apresentado bastante incertezas, sobretudo com a política do novo presidente da república, o Trump, que tem colocado algumas tarifas internacionais mais elevadas. O setor aéreo, por ora, não foi muito afetado por isso, mas é um ambiente de bastante incerteza”, explicou.
“A própria produção de combustível liderada pela Petrobras tem apresentado grandes variações no mundo, então o grande desafio do Brasil é trabalhar com necessidades conectadas ao resto do mundo com uma competitividade tecnológica”, completou.
Ainda segundo o economista, o impacto da crise gerada pela pandemia ainda está presente na indústria joseense, que se recupera gradualmente. Nesse cenário, o professor acredita que os investimentos são direcionados para países com a indústria mais sólida.
“Não há dúvida que toda vez que nós temos um sistema de crise, os investimentos tendem a migrar para aqueles países mais consolidados em termos de atividade econômica, sobretudo atividade industrial. E hoje temos uma disputa muito intensa entre Estados Unidos e China e, consequentemente, qual o resultado disso? Essas cidades brasileiras ligadas a essa produção industrial e tecnológica, que é o principal objeto dessa pesquisa, ela apresenta essa competitividade menor”, ponderou.
“O setor industrial tem apresentado uma recuperação no país, mas bastante lenta ainda. Todas as cidades, inclusive São José dos Campos, apresentam um crescimento do emprego na atividade industrial. Mas, em São José, tem uma empresa que nos preocupa muito, que é a General Motors. A GM produzia muito para exportação dos países latino-americanos, sobretudo a Argentina. As exportações têm sido reduzidas ao longo da última década em função da grande crise econômica que a Argentina passa. Mas ainda há esse desafio nesse setor automobilístico na cidade", disse.
"Por outro lado, a Embraer tem apresentado resultados extremamente positivos, mesmo nesse ambiente de mais incerteza global, tem tido bastante sucesso, esse é o aspecto positivo que coloca São José dos Campos entre as cidades mais competitivas em termos de receber investimento”, finalizou.
São José dos Campos, SP
Adenir Britto/PMSJC
Serviços lideram empregos, mas ritmo ainda é lento
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Claudio Vieira/PMSJC
São José dos Campos, cidade no interior de São Paulo, foi eleita uma das melhores cidades do mundo para se investir, segundo o ranking Global Cities Index 2025 da Oxford Economics.
O levantamento lista as mil cidades nos cinco continentes que possuem mais potencial para receber novos negócios e gerar retorno para quem investe. São José foi a única cidade do Vale do Paraíba e região selecionada pelo estudo.
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Em 2024, São José foi elencada na colocação 611º. Já neste ano, a cidade caiu de posição e foi listada em 745º. Apesar da queda, o município aparece com melhor colocação do que algumas capitais do país, como Belém, Recife, João Pessoa, Salvador, Cuiabá, Maceió e Teresina, por exemplo.
Veja as cidades brasileiras que aparecem no ranking em 2025:
303º - São Paulo
339º - Brasília
449º - Rio de Janeiro
464º - Campinas
500º - Florianópolis
517º - Belo Horizonte
575º - São Gonçalo
586º - Porto Alegre
588º - Curitiba
598º - Fortaleza
650º - Baixada Santista
654º - Goiânia
667º - Ribeirão Preto
668º - Natal
678º - Campo Grande
689º - Vitória/Vila Velha
693º - Sorocaba
708º - Joinville
728º - Manaus
732º - Aracaju
? 745º - São José dos Campos
755º - Belém
756º - Recife
790º - João Pessoa
792º - Salvador
795º - Grande São Luís
797º - Cuiabá
865º - Maceió
912º - Teresina
Em 2024, essas foram as colocações das cidades brasileiras no ranking:
294º - São Paulo
309º - Brasília
356º - Rio de Janeiro
384º - Campinas
395º - Florianópolis
418º - Porto Alegre
458º - Curitiba
460º - Belo Horizonte
496º - Fortaleza
515º - Joinville
518º - Vitória - Vila Velha
524º - Goiânia
535º - Campo Grande
543º - Natal
545º - Ribeirão Preto
554º - São Gonçalo
556º - Baixada Santista
560º - Manaus
573º - Aracaju
579º - Sorocaba
581º - Recife
? 611º - São José dos Campos
617º - Belém
620º - João Pessoa
622º - Salvador
633º - Grande São Luís
635º - Cuiabá
728º - Teresina
794º - Maceió
Nas cinco primeiras posições do ranking de 2025 estão Nova Iorque, nos Estados Unidos, com o primeiro lugar; seguida de Londres, na Inglaterra; em terceiro está Paris, na França; em quarto está San José, dos Estados Unidos; e em quinto lugar foi eleita a cidade de Seattle, também nos EUA.
O ranking é feito a partir de avaliações sobre o desempenho das cidades em cinco categorias: economia, capital humano, qualidade de vida, meio ambiente e governança. A avaliação sobre a economia e o capital humano possuem maior peso.
? Economia: Avaliação sobre as transações comerciais, produção de bens e serviços e interações econômicas que envolvem os moradores e as empresas localizadas na cidade.
? Capital Humano: É o valor agregado aos trabalhadores por meio de experiências, conhecimentos técnicos, comportamentos, habilidades e competências pessoais, que fazem os profissionais da cidade se destacarem.
? Qualidade de vida: Uma avaliação do bem-estar geral dos moradores no que diz respeito a acesso à educação, saúde, moradia, emprego, lazer, cultura, entre outros aspectos do cotidiano e que ditam as preocupações dos moradores.
? Meio ambiente: São as práticas que a cidade adota e que visam proteger a natureza de ações que provocam danos ao meio ambiente, como a extinção de animais, a degradação das florestas, a poluição, o aquecimento global e o descarte incorreto de lixo.
?Governança: Avaliação sobre como é conduzida a gestão da cidade, observando políticas públicas e a prestação de serviços de interesse da sociedade.
Segundo o estudo, os melhores desempenhos de São José são em governança, meio ambiente e capital humano. Já os aspectos qualidade de vida e economia aparecem com atuações intermediárias na avaliação.
Arco da Inovação, em São José dos Campos
Divulgação/PMSJC
Economia de São José e queda no ranking
Para o economista Edson Trajano Vieira, que atua como professor na Universidade de Taubaté (UNITAU), o fato de São José dos Campos ser um polo da indústria aeronáutica e de produção de petróleo são fatores que fazem a cidade se destacar e ficar em colocação superior a de muitas capitais brasileiras.
“São José está entre as cidades de melhor ranking de investimento por ser uma cidade integrada a esse mundo global. São José tem dois segmentos de produção, os quais são, principalmente, a produção de petróleo a partir do pré-sal no Brasil e a aviação. Isso possibilita mais investimentos, inclusive, superando algumas capitais brasileiras”, afirmou.
Para Trajano, a queda na colocação de São José e de todas as outras cidades brasileiras que aparecem no ranking é impacto da política externa, que vive um ano de incertezas, em meio a ameaças de ‘tarifaços’ e guerras.
“Esse mundo global enfrenta muitos desafios. E isso pode ter contribuído para uma redução nesse indicador de São José em relação ao mundo e várias outras cidades brasileiras. Por exemplo, no setor aéreo, São José exporta aeronaves e o principal mercado é o mercado americano. E o mercado americano tem apresentado bastante incertezas, sobretudo com a política do novo presidente da república, o Trump, que tem colocado algumas tarifas internacionais mais elevadas. O setor aéreo, por ora, não foi muito afetado por isso, mas é um ambiente de bastante incerteza”, explicou.
“A própria produção de combustível liderada pela Petrobras tem apresentado grandes variações no mundo, então o grande desafio do Brasil é trabalhar com necessidades conectadas ao resto do mundo com uma competitividade tecnológica”, completou.
Ainda segundo o economista, o impacto da crise gerada pela pandemia ainda está presente na indústria joseense, que se recupera gradualmente. Nesse cenário, o professor acredita que os investimentos são direcionados para países com a indústria mais sólida.
“Não há dúvida que toda vez que nós temos um sistema de crise, os investimentos tendem a migrar para aqueles países mais consolidados em termos de atividade econômica, sobretudo atividade industrial. E hoje temos uma disputa muito intensa entre Estados Unidos e China e, consequentemente, qual o resultado disso? Essas cidades brasileiras ligadas a essa produção industrial e tecnológica, que é o principal objeto dessa pesquisa, ela apresenta essa competitividade menor”, ponderou.
“O setor industrial tem apresentado uma recuperação no país, mas bastante lenta ainda. Todas as cidades, inclusive São José dos Campos, apresentam um crescimento do emprego na atividade industrial. Mas, em São José, tem uma empresa que nos preocupa muito, que é a General Motors. A GM produzia muito para exportação dos países latino-americanos, sobretudo a Argentina. As exportações têm sido reduzidas ao longo da última década em função da grande crise econômica que a Argentina passa. Mas ainda há esse desafio nesse setor automobilístico na cidade", disse.
"Por outro lado, a Embraer tem apresentado resultados extremamente positivos, mesmo nesse ambiente de mais incerteza global, tem tido bastante sucesso, esse é o aspecto positivo que coloca São José dos Campos entre as cidades mais competitivas em termos de receber investimento”, finalizou.
São José dos Campos, SP
Adenir Britto/PMSJC
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