Entre samba e blues, Vitor Kley segue em busca do ‘pote de ouro’ no sexto álbum, ‘As pequenas grandes coisas’

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Cantor homenageia o pai, o tenista Ivan Kley, falecido no início do mês, em uma das onze músicas autorais do disco produzido pelo próprio artista. Vitor Kley lança o álbum ‘As pequenas grandes coisas’, com 11 faixas gravadas entre Brasil e Portugal
Rodolfo Magalhães / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: As pequenas grandes coisas
Artista: Vitor Kley
Cotação: ★ ★ ★
♬ Em 2020, ao lançar o quarto álbum de estúdio, A bolha, Vitor Kley procurou se renovar, tendo caído na batida do samba-rock e experimentado levadas funkeadas ao dar forma ao cancioneiro autoral do disco feito sob direção artística de Renato Patriarca e Rick Bonadio.
Passados cinco anos, a edição do quinto álbum de estúdio do artista – As pequenas grandes coisas, sexto álbum na contabilidade geral da discografia do cantor, compositor e músico gaúcho – flagra Key na mesma posição, tentando ir além do estilo pop folk solar que iluminou a obra do artista a partir da edição do single O sol (2017).
Para tal, Kley assume pela primeira vez a produção musical de um álbum, mas, prudente, arregimentou nomes com Paul Ralphes, Giba Moojen, Marcelo Camelo e Felipe Vassão para colaborar na criação deste álbum feito entre as cidades de São Paulo (RJ) e Rio de Janeiro (RJ), com conexões no estado de Santa Catarina e em Lisboa, onde Camelo vive em Portugal.
Em termos de sonoridade, Vitor Kley consegue fugir do pastel pop sonoro ao longo das 11 músicas autorais que compõem o repertório inédito do álbum As pequenas grandes coisas, lançado na sexta-feira, 25 de abril. Uma das melhores músicas da atual safra autoral de Kley, Que seja de alegria é levada na batida de violão que embute toques de ritmos negros norte-americanos.
Na sequência, a canção Carta marcada (Vitor Kley, Gustavo Simão, Deco Martins, Gabriel Froede, Androla e Tauanna Maia) é enviada com mix pop de samba e bolero. Mais para frente do disco, De novo foi arranjada para remeter à sonoridade pop rock da década de 1980 enquanto Tudo de bom (Ô moça) se apresenta na forma de samba suave formatado com a colaboração de Marcelo Camelo na produção da bem resolvida faixa.
A questão do disco reside no repertório nem sempre à altura das pretensões do artista e pontuado no álbum As pequenas grandes coisas por baladas como Vai ficar bem, Uma porrada de problema (Vitor Kley, Gustavo Simão) e Quando é pra ser (Vitor Kley, Gustavo Simão, Deco Martins, Tauanna Maia). Umas foram gravadas com mais energia. Outras tem a pulsação suave de um reggae de cepa pop.
No todo, em essência, essa produção autoral oscila, talvez porque Kley componha quase sempre sozinho. Das 11 músicas do álbum, seis são da lavra solitária do compositor. Para romper de fato a bolha, Vitor Kley talvez precisasse abrir parcerias de peso com compositores que o transportassem para outro universo melódico e/ou poético.
No mais, justiça seja feita, o artista tem procurado crescer e dar voz a emoções reais, presentes em Vai por mim, música feita por Vitor em homenagem ao pai – o tenista Ivan Kley (1958 – 2025), falecido no início do mês – e apresentada em gravação que embute versos declamados pelo filósofo Clóvis de Barros, creditado como parceiro de Vitor na composição.
No bom arremate do álbum As pequenas grandes coisas, Arco-íris ilumina a cadência de um blues, sinalizando que, com algum esforço, os caminhos de Vitor Kley poderão ficar mais coloridos em próximos discos se o artista continuar em busca do ainda distante (mas cada vez mais próximo...) pote de ouro.
Capa do álbum ‘As pequenas grandes coisas’, de Vitor Kley
Rodolfo Magalhães / Divulgação
Rodolfo Magalhães / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: As pequenas grandes coisas
Artista: Vitor Kley
Cotação: ★ ★ ★
♬ Em 2020, ao lançar o quarto álbum de estúdio, A bolha, Vitor Kley procurou se renovar, tendo caído na batida do samba-rock e experimentado levadas funkeadas ao dar forma ao cancioneiro autoral do disco feito sob direção artística de Renato Patriarca e Rick Bonadio.
Passados cinco anos, a edição do quinto álbum de estúdio do artista – As pequenas grandes coisas, sexto álbum na contabilidade geral da discografia do cantor, compositor e músico gaúcho – flagra Key na mesma posição, tentando ir além do estilo pop folk solar que iluminou a obra do artista a partir da edição do single O sol (2017).
Para tal, Kley assume pela primeira vez a produção musical de um álbum, mas, prudente, arregimentou nomes com Paul Ralphes, Giba Moojen, Marcelo Camelo e Felipe Vassão para colaborar na criação deste álbum feito entre as cidades de São Paulo (RJ) e Rio de Janeiro (RJ), com conexões no estado de Santa Catarina e em Lisboa, onde Camelo vive em Portugal.
Em termos de sonoridade, Vitor Kley consegue fugir do pastel pop sonoro ao longo das 11 músicas autorais que compõem o repertório inédito do álbum As pequenas grandes coisas, lançado na sexta-feira, 25 de abril. Uma das melhores músicas da atual safra autoral de Kley, Que seja de alegria é levada na batida de violão que embute toques de ritmos negros norte-americanos.
Na sequência, a canção Carta marcada (Vitor Kley, Gustavo Simão, Deco Martins, Gabriel Froede, Androla e Tauanna Maia) é enviada com mix pop de samba e bolero. Mais para frente do disco, De novo foi arranjada para remeter à sonoridade pop rock da década de 1980 enquanto Tudo de bom (Ô moça) se apresenta na forma de samba suave formatado com a colaboração de Marcelo Camelo na produção da bem resolvida faixa.
A questão do disco reside no repertório nem sempre à altura das pretensões do artista e pontuado no álbum As pequenas grandes coisas por baladas como Vai ficar bem, Uma porrada de problema (Vitor Kley, Gustavo Simão) e Quando é pra ser (Vitor Kley, Gustavo Simão, Deco Martins, Tauanna Maia). Umas foram gravadas com mais energia. Outras tem a pulsação suave de um reggae de cepa pop.
No todo, em essência, essa produção autoral oscila, talvez porque Kley componha quase sempre sozinho. Das 11 músicas do álbum, seis são da lavra solitária do compositor. Para romper de fato a bolha, Vitor Kley talvez precisasse abrir parcerias de peso com compositores que o transportassem para outro universo melódico e/ou poético.
No mais, justiça seja feita, o artista tem procurado crescer e dar voz a emoções reais, presentes em Vai por mim, música feita por Vitor em homenagem ao pai – o tenista Ivan Kley (1958 – 2025), falecido no início do mês – e apresentada em gravação que embute versos declamados pelo filósofo Clóvis de Barros, creditado como parceiro de Vitor na composição.
No bom arremate do álbum As pequenas grandes coisas, Arco-íris ilumina a cadência de um blues, sinalizando que, com algum esforço, os caminhos de Vitor Kley poderão ficar mais coloridos em próximos discos se o artista continuar em busca do ainda distante (mas cada vez mais próximo...) pote de ouro.
Capa do álbum ‘As pequenas grandes coisas’, de Vitor Kley
Rodolfo Magalhães / Divulgação
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