Mulher que demorou 3 anos para engravidar comemora o primeiro Dia das Mães: 'Espera que valeu a pena'

Gabriele Maria, mãe do Vicente, compartilhou como foram os anos de espera e o sentimento em poder realizar seu maior sonho. Gabriele e o filho Vicente
Arquivo pessoal
"Não desistir jamais. Apesar das dificuldades, é uma espera que valeu a pena". É assim que Gabriele Maria, de 28 anos, definiu o tempo de 3 anos que demorou para engravidar. Neste domingo (11), ela comemora o primeiro Dia das Mães com o filho Vicente, de nove meses, nos braços.
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"É uma emoção enorme. Ver ele crescendo a cada dia tem sido a alegria da casa", comentou.
A moradora de Mendes (RJ) compartilhou ao g1 como foram os anos de espera e o sentimento em poder realizar seu maior sonho: ser mãe.
Gabriele e Lucas Berião se casaram em julho de 2020. O desejo de aumentar a família veio após completar um ano de casados.
"O início foi até tranquilo. Fui à ginecologista, falei que gostaria de engravidar, passei por exames e comecei a tomar vitaminas para se preparar para a gravidez", contou Gabriele.
Mas, com o passar dos meses, o casal teve que lidar com a dificuldade de engravidar. Apesar de não ter nenhum problema físico ou genético identificados, eles enfrentaram a decepção de exames de gravidez negativos.
Assim que notaram a dificuldade, a médica a encaminhou para profissionais especialistas em fertilidade e endocrinologista. Na ocasião, o Lucas também passou por exames para identificar se tinha alguma problema que pudesse estar influenciando.
"Foi quando comecei a ficar preocupada. O processo de tentativa vai ficando difícil e cansativo", lembrou.
O diagnóstico veio um tempo depois: Síndrome do ovário policístico. O distúrbio muda o processo normal de ovulação em virtude de um desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos e pode dificultar a engravidar (entenda abaixo).
No entanto, apesar do diagnóstico e o medo, Gabriele não perdeu a esperança. Afinal, agora eles sabiam o que estava dificultando o processo e poderiam fazer o tratamento adequado.
"Algumas muitas vezes pensei em desistir. Com o tempo, o medo de nunca engravidar aumentava. Mas, também era o que ajudava a não desistir", disse.
O processo de espera exigiu cuidados com a saúde física e, sobretudo, emocional. Gabriele começou a fazer exercícios físicos, mudou a alimentação, fez terapia para conseguir lidar com a carga mental e manteve a fé em Deus.
Além da ajuda profissional e a fé, ter o marido ao lado foi fundamental para conseguir passar por esse período.
"O meu marido, com certeza, foi a pessoa mais importante. Ele sempre manteve a tranquilidade diante da situação. Parecia que ele sabia que no momento certo íamos conseguir", comentou Gabriele.
Descoberta inesperada
Chá revelação do Vicente
Arquivo pessoal
A descoberta foi totalmente inesperada em um período em que o casal estava mudando para outro estado e tinha pausado as tentativas. Na ocasião, eles se ocuparam bastante, o que ajudou a distrair a mente.
Foi na manhã de uma quarta-feira em novembro de 2023 que as duas linhas do teste de gravidez ficaram vermelhas e Gabriele descobriu que estava grávida. Ela estava tendo muito enjoo e por isso decidiu fazer um teste de farmácia.
"No dia eu não acreditei! Fiz o exame de sangue que também deu positivo. Já estava de 2 meses de gestação. Acho que a ficha só começou a cair mesmo na primeira ultrassom que deu para ouvir o coraçãozinho dele", pontuou.
Gabriele no chá revelação
Arquivo pessoal
A notícia de que o neném estava a caminho foi uma alegria para o casal. Eles contaram para os familiares mais próximos, mas as outras pessoas só ficaram sabendo após o término do primeiro trimestre da gestação, período em que é mais comum os abortos acontecerem.
"A gravidez mudou tudo na minha vida. Cada ultrassom é uma emoção. Foi só felicidade. Planejar o quartinho, se preparar para o nascimento. É experiência maravilhosa", contou Gabriele.
Em março de 2024, eles chegaram até fazer um chá revelação para anunciar para a família se quem estava chegando era um menino ou uma menina.
Vicente nasceu no dia 17 de julho em 2024. O filho chegou para completar a família e realizar o maior sonho do casal: ser pais.
"Meu filho é o presente que Deus preparou para mim. Ele e o meu esposo são meu porto seguro", finalizou Gabriele.
Gabriele, Vicente e Lucas
Arquivo pessoal
Sobre a síndrome do ovário policístico
A síndrome do ovário policístico é um distúrbio que muda o processo normal de ovulação em virtude de um desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos.
Sinais e sintomas
Síndrome do ovário policístico pode causar problemas na ovulação
O sintoma mais comum é a alteração do ciclo menstrual. O fluxo fica menor e a menstruação fica mais escassa.
Além dessa alteração, os sinais e sintomas incluem excesso de pelos no rosto, barriga e seios, excesso de oleosidade na pele, queda de cabelo e dificuldade para engravidar. A síndrome não tem cura e é preciso cuidar até a menopausa.
Origem: óvulos que não eclodem
As mulheres já nascem com um estoque de óvulos que vão usar ao longo da vida. Na adolescência, eles começam a amadurecer. Fazem o caminho pelas trompas até o útero e são liberados na menstruação ou fecundados.
Isso não acontece regularmente com as mulheres que têm ovários policísticos. Muitos dos óvulos não eclodem, ficam sempre no mesmo lugar, como pequenos cistos, que vão acumulando.
Cada óvulo é produzido no ovário. Ele é empacotado em um folículo junto com um líquido para garantir a nutrição. Ao redor do 14º dia do ciclo, o folículo rompe e o óvulo cai na trompa, vai ser fecundado ou eliminado na menstruação.
Na síndrome dos ovários policísticos, o folículo, no 14º dia não rompe. E começam então a ser acumulados pequenos cistos, e aí a mulher não menstrua. Passa meses sem conseguir menstruar.
Eventualmente, um folículo rompe e aí esse óvulo vai embora e ela menstrua naquele mês. O acúmulo desses microcistos provoca alterações hormonais e essas alterações hormonais é que caracterizam a síndrome dos ovários policísticos.
Tratamentos
Prática de atividade física e evitar doces ajudam no tratamento do ovário policístico
A síndrome do ovário policístico é a segunda maior causa de infertilidade entre as brasileiras. Pílula, metformina e exercício físico são alguns das opções de tratamento. Cerca de 80% das mulheres com a síndrome têm resistência à insulina, que é o que causa o ovário policístico.
A Metformina, que é um remédio para diabetes, facilita a entrada de glicose para dentro da célula e baixa a insulina.
Relação com a insulina
O distúrbio funciona como um ciclo vicioso: o corpo apresenta resistência à insulina, hormônio que faz com que os açúcares entrem nas células. Com essa resistência, mais insulina é produzida para atingir o mesmo objetivo. No cérebro, esse hormônio provoca aumento no consumo de massas e doces e, no ovário, ele altera a produção dos hormônios femininos e masculinos. Isso gera ganho de peso e piora o problema da resistência à insulina.
Maioria mulheres com síndrome do ovário policístico também têm resistência à insulina
Oleosidade da pele
A síndrome do ovário policístico dificulta a gravidez e traz consequências também para a pele. A oleosidade pode aparecer na mulher com esse problema porque a glândula que produz o sebo é testosterona dependente. Como a mulher que sofre dessa doença tem maior produção de testosterona, a glândula passa a produzir mais gordura.
Algumas dicas podem ajudar a controlar o problema. O ideal é lavar o rosto duas vezes por dia com um sabonete adequado para o seu tipo de pele. Escolha filtro solar com toque seco e use sempre tônico ou adstringente. Não lave a pele com água quente, porque o calor retira o óleo e o organismo reage produzindo mais óleo.
Na hora de hidratar a pele, observe se o produto é para pele oleosa. Jamais use cremes para outros tipos de pele. Por fim, não durma com maquiagem porque o produto obstrui o poro, favorecendo o aparecimento dos cravos.
Síndrome do ovário policístico pode ser controlada
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Arquivo pessoal
"Não desistir jamais. Apesar das dificuldades, é uma espera que valeu a pena". É assim que Gabriele Maria, de 28 anos, definiu o tempo de 3 anos que demorou para engravidar. Neste domingo (11), ela comemora o primeiro Dia das Mães com o filho Vicente, de nove meses, nos braços.
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"É uma emoção enorme. Ver ele crescendo a cada dia tem sido a alegria da casa", comentou.
A moradora de Mendes (RJ) compartilhou ao g1 como foram os anos de espera e o sentimento em poder realizar seu maior sonho: ser mãe.
Gabriele e Lucas Berião se casaram em julho de 2020. O desejo de aumentar a família veio após completar um ano de casados.
"O início foi até tranquilo. Fui à ginecologista, falei que gostaria de engravidar, passei por exames e comecei a tomar vitaminas para se preparar para a gravidez", contou Gabriele.
Mas, com o passar dos meses, o casal teve que lidar com a dificuldade de engravidar. Apesar de não ter nenhum problema físico ou genético identificados, eles enfrentaram a decepção de exames de gravidez negativos.
Assim que notaram a dificuldade, a médica a encaminhou para profissionais especialistas em fertilidade e endocrinologista. Na ocasião, o Lucas também passou por exames para identificar se tinha alguma problema que pudesse estar influenciando.
"Foi quando comecei a ficar preocupada. O processo de tentativa vai ficando difícil e cansativo", lembrou.
O diagnóstico veio um tempo depois: Síndrome do ovário policístico. O distúrbio muda o processo normal de ovulação em virtude de um desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos e pode dificultar a engravidar (entenda abaixo).
No entanto, apesar do diagnóstico e o medo, Gabriele não perdeu a esperança. Afinal, agora eles sabiam o que estava dificultando o processo e poderiam fazer o tratamento adequado.
"Algumas muitas vezes pensei em desistir. Com o tempo, o medo de nunca engravidar aumentava. Mas, também era o que ajudava a não desistir", disse.
O processo de espera exigiu cuidados com a saúde física e, sobretudo, emocional. Gabriele começou a fazer exercícios físicos, mudou a alimentação, fez terapia para conseguir lidar com a carga mental e manteve a fé em Deus.
Além da ajuda profissional e a fé, ter o marido ao lado foi fundamental para conseguir passar por esse período.
"O meu marido, com certeza, foi a pessoa mais importante. Ele sempre manteve a tranquilidade diante da situação. Parecia que ele sabia que no momento certo íamos conseguir", comentou Gabriele.
Descoberta inesperada
Chá revelação do Vicente
Arquivo pessoal
A descoberta foi totalmente inesperada em um período em que o casal estava mudando para outro estado e tinha pausado as tentativas. Na ocasião, eles se ocuparam bastante, o que ajudou a distrair a mente.
Foi na manhã de uma quarta-feira em novembro de 2023 que as duas linhas do teste de gravidez ficaram vermelhas e Gabriele descobriu que estava grávida. Ela estava tendo muito enjoo e por isso decidiu fazer um teste de farmácia.
"No dia eu não acreditei! Fiz o exame de sangue que também deu positivo. Já estava de 2 meses de gestação. Acho que a ficha só começou a cair mesmo na primeira ultrassom que deu para ouvir o coraçãozinho dele", pontuou.
Gabriele no chá revelação
Arquivo pessoal
A notícia de que o neném estava a caminho foi uma alegria para o casal. Eles contaram para os familiares mais próximos, mas as outras pessoas só ficaram sabendo após o término do primeiro trimestre da gestação, período em que é mais comum os abortos acontecerem.
"A gravidez mudou tudo na minha vida. Cada ultrassom é uma emoção. Foi só felicidade. Planejar o quartinho, se preparar para o nascimento. É experiência maravilhosa", contou Gabriele.
Em março de 2024, eles chegaram até fazer um chá revelação para anunciar para a família se quem estava chegando era um menino ou uma menina.
Vicente nasceu no dia 17 de julho em 2024. O filho chegou para completar a família e realizar o maior sonho do casal: ser pais.
"Meu filho é o presente que Deus preparou para mim. Ele e o meu esposo são meu porto seguro", finalizou Gabriele.
Gabriele, Vicente e Lucas
Arquivo pessoal
Sobre a síndrome do ovário policístico
A síndrome do ovário policístico é um distúrbio que muda o processo normal de ovulação em virtude de um desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos.
Sinais e sintomas
Síndrome do ovário policístico pode causar problemas na ovulação
O sintoma mais comum é a alteração do ciclo menstrual. O fluxo fica menor e a menstruação fica mais escassa.
Além dessa alteração, os sinais e sintomas incluem excesso de pelos no rosto, barriga e seios, excesso de oleosidade na pele, queda de cabelo e dificuldade para engravidar. A síndrome não tem cura e é preciso cuidar até a menopausa.
Origem: óvulos que não eclodem
As mulheres já nascem com um estoque de óvulos que vão usar ao longo da vida. Na adolescência, eles começam a amadurecer. Fazem o caminho pelas trompas até o útero e são liberados na menstruação ou fecundados.
Isso não acontece regularmente com as mulheres que têm ovários policísticos. Muitos dos óvulos não eclodem, ficam sempre no mesmo lugar, como pequenos cistos, que vão acumulando.
Cada óvulo é produzido no ovário. Ele é empacotado em um folículo junto com um líquido para garantir a nutrição. Ao redor do 14º dia do ciclo, o folículo rompe e o óvulo cai na trompa, vai ser fecundado ou eliminado na menstruação.
Na síndrome dos ovários policísticos, o folículo, no 14º dia não rompe. E começam então a ser acumulados pequenos cistos, e aí a mulher não menstrua. Passa meses sem conseguir menstruar.
Eventualmente, um folículo rompe e aí esse óvulo vai embora e ela menstrua naquele mês. O acúmulo desses microcistos provoca alterações hormonais e essas alterações hormonais é que caracterizam a síndrome dos ovários policísticos.
Tratamentos
Prática de atividade física e evitar doces ajudam no tratamento do ovário policístico
A síndrome do ovário policístico é a segunda maior causa de infertilidade entre as brasileiras. Pílula, metformina e exercício físico são alguns das opções de tratamento. Cerca de 80% das mulheres com a síndrome têm resistência à insulina, que é o que causa o ovário policístico.
A Metformina, que é um remédio para diabetes, facilita a entrada de glicose para dentro da célula e baixa a insulina.
Relação com a insulina
O distúrbio funciona como um ciclo vicioso: o corpo apresenta resistência à insulina, hormônio que faz com que os açúcares entrem nas células. Com essa resistência, mais insulina é produzida para atingir o mesmo objetivo. No cérebro, esse hormônio provoca aumento no consumo de massas e doces e, no ovário, ele altera a produção dos hormônios femininos e masculinos. Isso gera ganho de peso e piora o problema da resistência à insulina.
Maioria mulheres com síndrome do ovário policístico também têm resistência à insulina
Oleosidade da pele
A síndrome do ovário policístico dificulta a gravidez e traz consequências também para a pele. A oleosidade pode aparecer na mulher com esse problema porque a glândula que produz o sebo é testosterona dependente. Como a mulher que sofre dessa doença tem maior produção de testosterona, a glândula passa a produzir mais gordura.
Algumas dicas podem ajudar a controlar o problema. O ideal é lavar o rosto duas vezes por dia com um sabonete adequado para o seu tipo de pele. Escolha filtro solar com toque seco e use sempre tônico ou adstringente. Não lave a pele com água quente, porque o calor retira o óleo e o organismo reage produzindo mais óleo.
Na hora de hidratar a pele, observe se o produto é para pele oleosa. Jamais use cremes para outros tipos de pele. Por fim, não durma com maquiagem porque o produto obstrui o poro, favorecendo o aparecimento dos cravos.
Síndrome do ovário policístico pode ser controlada
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