Bastidores do São João: veja a correria nos ateliês para deixar quadrilhas prontas para as festas juninas

Artesãos trabalham sem folga para dar conta da demanda crescente de quadrilhas de Pernambuco e de outros estados. Corrida para produzir sapatos e figurinos de quadrilhas movimenta ateliês no Grande Recife
Com a chegada de junho, começa também a correria nos bastidores do São João. No Grande Recife, artesãos e profissionais anônimos trabalham sem parar para que as quadrilhas juninas brilhem nos palcos e arraiais espalhados pela região (veja vídeo acima).
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Em uma fábrica no Cabo de Santo Agostinho, há 16 anos o sapateiro Lucivan Batista produz alguns dos calçados mais exuberantes do circuito junino. São sapatos de cores inesperadas, muito brilho, xadrez, fitas e detalhes ousados que se tornaram a marca registrada do seu trabalho.
“Esse ano, tivemos uma demanda que não conseguimos atender às quadrilhas aqui do Recife, porque chegaram pedidos de outros estados. Os sapatos estão indo para Maceió, Campina Grande, Santarém, na Bahia… A cada ano, mais gente de fora procura”, contou.
Só neste São João, o ateliê de Lucivan vai produzir mais de mil pares de sapatos. Ele começou na profissão aos 12 anos, como auxiliar de sapateiro. Hoje, comanda uma equipe que trabalha de segunda a sábado.
"Para mim, é um prazer grande, porque eu gosto muito de cultura, tanto de quadrilha quanto de bloco de carnaval. Hoje, o foco é quadrilha. Então, a cada demanda, a gente procura fazer melhor para que eles queiram voltar no próximo ano", disse.
Artesão fazendo sapatos para quadrilhas juninas no Grande Recife
Reprodução/TV Globo
Outro que contribui para o espetáculo das quadrilhas é seu Audécio de Souza, sapateiro de 63 anos. Com 20 anos de experiência, ele costura pares sob medida para garantir conforto e beleza.
“Tem que ser confortável, porque a pessoa vai pular e dançar a noite toda. Mas também tem que ser bonito, porque a beleza chama atenção”, afirmou.
Além dos calçados, os aderecistas Maílson Souza e Alison Machado se dedicam à produção dos arranjos que vão enfeitar as cabeças de 40 casais de dançarinos. São centenas de bandeirinhas recortadas e contornadas com strass, tudo feito à mão.
"Está puxado, essa época do ano a gente não tem folga. De domingo a domingo, é a gente dormindo tarde e acordando cedo", disse Alison.
Para muitos desses profissionais, o São João é mais que trabalho: é realização pessoal. É assim para Maílson, que trocou o trabalho em telemarketing pela paixão pelas quadrilhas.
“É um sonho que eu não consegui realizar quando era jovem, na área da dança. Mas isso aqui é algo que eu faço com muita satisfação, muito prazer. Eu nem chamo de trabalho, porque é muito prazeroso”, completou Maílson.
Há ainda quem mantenha o mistério. Marcelo Melo, que há 30 anos costura figurinos para quadrilhas, prepara este ano 150 trajes completos — mas não revela os detalhes. É parte da disputa acirrada entre as quadrilhas.
“Amo o que faço, independente que seja figurino junino, carnavalesco ou figurino das bandas marciais. O melhor resultado é ver o trabalho na rua, o grupo feliz, lindo e encantando o público. Isso é maravilhoso para mim”, contou.
Figurino de quadrilhas juninas no Grande Recife
Reprodução/TV Globo
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
Com a chegada de junho, começa também a correria nos bastidores do São João. No Grande Recife, artesãos e profissionais anônimos trabalham sem parar para que as quadrilhas juninas brilhem nos palcos e arraiais espalhados pela região (veja vídeo acima).
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Em uma fábrica no Cabo de Santo Agostinho, há 16 anos o sapateiro Lucivan Batista produz alguns dos calçados mais exuberantes do circuito junino. São sapatos de cores inesperadas, muito brilho, xadrez, fitas e detalhes ousados que se tornaram a marca registrada do seu trabalho.
“Esse ano, tivemos uma demanda que não conseguimos atender às quadrilhas aqui do Recife, porque chegaram pedidos de outros estados. Os sapatos estão indo para Maceió, Campina Grande, Santarém, na Bahia… A cada ano, mais gente de fora procura”, contou.
Só neste São João, o ateliê de Lucivan vai produzir mais de mil pares de sapatos. Ele começou na profissão aos 12 anos, como auxiliar de sapateiro. Hoje, comanda uma equipe que trabalha de segunda a sábado.
"Para mim, é um prazer grande, porque eu gosto muito de cultura, tanto de quadrilha quanto de bloco de carnaval. Hoje, o foco é quadrilha. Então, a cada demanda, a gente procura fazer melhor para que eles queiram voltar no próximo ano", disse.
Artesão fazendo sapatos para quadrilhas juninas no Grande Recife
Reprodução/TV Globo
Outro que contribui para o espetáculo das quadrilhas é seu Audécio de Souza, sapateiro de 63 anos. Com 20 anos de experiência, ele costura pares sob medida para garantir conforto e beleza.
“Tem que ser confortável, porque a pessoa vai pular e dançar a noite toda. Mas também tem que ser bonito, porque a beleza chama atenção”, afirmou.
Além dos calçados, os aderecistas Maílson Souza e Alison Machado se dedicam à produção dos arranjos que vão enfeitar as cabeças de 40 casais de dançarinos. São centenas de bandeirinhas recortadas e contornadas com strass, tudo feito à mão.
"Está puxado, essa época do ano a gente não tem folga. De domingo a domingo, é a gente dormindo tarde e acordando cedo", disse Alison.
Para muitos desses profissionais, o São João é mais que trabalho: é realização pessoal. É assim para Maílson, que trocou o trabalho em telemarketing pela paixão pelas quadrilhas.
“É um sonho que eu não consegui realizar quando era jovem, na área da dança. Mas isso aqui é algo que eu faço com muita satisfação, muito prazer. Eu nem chamo de trabalho, porque é muito prazeroso”, completou Maílson.
Há ainda quem mantenha o mistério. Marcelo Melo, que há 30 anos costura figurinos para quadrilhas, prepara este ano 150 trajes completos — mas não revela os detalhes. É parte da disputa acirrada entre as quadrilhas.
“Amo o que faço, independente que seja figurino junino, carnavalesco ou figurino das bandas marciais. O melhor resultado é ver o trabalho na rua, o grupo feliz, lindo e encantando o público. Isso é maravilhoso para mim”, contou.
Figurino de quadrilhas juninas no Grande Recife
Reprodução/TV Globo
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