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Quadrilha que movimentou R$ 1,2 milhão com extorsão em casas de prostituição ameaçava vítimas e atuava com garotas de programa

Quadrilha que movimentou R$ 1,2 milhão com extorsão em casas de prostituição ameaçava vítimas e atuava com garotas de programa
Polícia faz operação contra crimes de extorsão no Jardim Itatinga, em Campinas
A quadrilha com base em Campinas (SP), especializada em crimes de extorsão em casas noturnas do Jardim Itatinga, único bairro do Brasil planejado para prostituição, ameaçava as vítimas com armas de fogo e tinha a participação de parte das garotas de programa que atuam nos estabelecimentos.
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A informação é da Polícia Civil, que realizou nesta terça (15) uma operação em 14 cidades de São Paulo para desarticular o grupo, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo a investigação, a quadrilha movimentou R$ 1,2 milhão em um ano.
Pelo menos 12 pessoas foram detidas, entre elas dois adolescentes, além de algumas mulheres que trabalhavam como garotas de programa. No total, a Polícia Civil identificou pelo menos 27 integrantes da organização criminosa.
Delegado da Divisão de Investigações Criminais de Campinas (Deic), José Carlos Fernandes afirmou que o grupo atuava de forma organizada, com divisão de tarefas, em três frentes.
"As garotas de programa atraiam os clientes, outros membros do grupo ameaçavam e extorquiam esses homens dentro das casas noturnas e outros faziam transferência dos valores e recebiam em conta corrente", afirmou o delegado.
A prática de extorsão na região do Jardim Itatinga é tradicional e conhecida das forças policiais. De acordo com a Deic, os suspeitos obrigavam as pessoas que compareciam nas boates do bairro a realizar pagamentos de quantias exorbitantes. Na maioria das vezes, eles estavam armados.
Se as vítimas não pagassem, não eram liberadas pelos criminosos e continuavam mantidos como reféns.
"Há uma série de outras pessoas identificadas, que eram as recebedoras desse dinheiro. Além dos crimes de extorsão e organização criminosa, possivelmente há o crime também de lavagem de dinheiro", disse o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, Marcel Fehr, que presidiu o inquérito.
A Justiça autorizou o bloqueio de valores de 96 alvos identificados como recebedores dos valores obtidos pelo grupo.
Quantas vítimas?
No total, aproximadamente 40 pessoas registraram boletins de ocorrência, mas o número de vítimas pode ser maior. Parte dos presos que tiveram os mandados expedidos já estava na cadeia, inclusive por conta do crime de extorsão. Entre as apreensões, estão máquinas de cartões de crédito, carro, dinheiro, inclusive em moeda estrangeira, e aparelhos eletrônicos.
De acordo com a investigação, em uma das casas de prostituição onde a operação foi realizada, a polícia resgatou uma adolescente que passava por exploração sexual. A Polícia Civil afirmou que as extorsões aconteceram em pelo menos três casas noturnas do Itatinga.
"O bairro Itatinga é propício para várias atividades criminosas, como extorsão, tráfico de drogas, exploração sexual. Temos feito operações para minimizar as práticas criminosas que ocorrem naquele local", afirmou José Carlos Fernandes.
Agora, a Polícia Civil continua as investigações para identificar mais integrantes da quadrilha, principalmente as pessoas que eram responsável por movimentar e receber os valores. As quantias roubadas das vítimas variaram entre R$ 5 mil e R$ 30 mil.
A operação
A Justiça expediu 25 mandados de prisão temporária, sendo que 12 pessoas foram presas, além de duas ordens de internação provisória de adolescentes e 30 de busca e apreensão em 14 cidades do estado de São Paulo:
Campinas;
Indaiatuba (SP);
Itupeva (SP);
Monte Mor (SP)
Sumaré (SP)
Hortolândia (SP)
Araras (SP)
Santos (SP)
Catanduva (SP)
Mogi Guaçu
Praia Grande (SP)
São Vicente (SP)
Suzano (SP)
São Paulo (SP)
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A operação recebeu o nome de Illudere, que tem o significado de "ludibriar", e tem relação com o método usado pela quadrilha de enganar as vítimas antes de extorqui-las. Ainda de acordo com a polícia, os suspeitos são perigosos e integram à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Mandados de prisões e apreensões
Sumaré: um adolescente apreendido;
Praia Grande: um adolescente apreendido que já estava na Fundação Casa;
São Vicente: uma mulher presa
Mogi Guaçu: uma mulher que já estava presa
Monte Mor: um homem
Campinas: um homem em casa e um que já estava preso
Hortolândia: cinco homens que estavam presos
Operação prendeu suspeitos de extorsão em bairro de Campinas planejado para prostituição
Divulgação/Polícia Civil
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