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Protesto por justiça para ambulante baleado por delegado interdita única rodovia de Fernando de Noronha por mais de nove horas; VÍDEO

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Protesto por justiça para ambulante baleado por delegado interdita única rodovia de Fernando de Noronha por mais de nove horas; VÍDEO
Moradores e turistas seguiram caminhando na BR-363 para chegar ao aeroporto da ilha. Falta de administrador-geral desde janeiro e de avaliação do indicado ao cargo pela Alepe também motivaram ato. Moradores de Fernando de Noronha fazem protesto e pedem justiça para ambulante baleado
Moradores de Fernando de Noronha fizeram um protesto na quinta-feira (15), interditando a BR-363 por mais de nove horas após tocar fogo em pneus, colchões, móveis e galhos de árvores (veja vídeo acima). Os manifestantes pediram justiça para o ambulante Emanuel Apory, baleado pelo delegado Luiz Alberto Braga, depois de uma briga por ciúmes em uma festa de samba na ilha.
“Nós pedimos justiça por Emanuel, que teve o sangue foi derramado. Precisamos ser livres e não levar tiros quando saímos na rua”, afirmou a manicure Jaciara Silva, que participou do protesto usando um curativo simbólico na perna com a foto do ambulante baleado.
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O caso aconteceu no dia 5 de maio, no Forte Nossa Senhora dos Remédios (veja vídeo abaixo). Emanuel levou dois tiros na perna, teve fratura exposta, foi transferido para o Recife e foi operado no Hospital da Restauração, onde segue internado sem previsão de alta.
Delegado discute e atira em morador de Fernando de Noronha
A Polícia Militar (PM) acompanhou o protesto, que começou às 9h e terminou às 18h30, quando a rodovia foi liberada. Durante o protesto, os participantes reclamaram de problemas enfrentados pela comunidade.
“Nós lutamos por justiça social, a ilha está abandonada, jogada às traças. Precisamos da presença das autoridades em Noronha. Fomos abandonados pelo Conselho Distrital, pelo governo do estado e pela Assembleia Legislativa de Pernambuco”, disse o condutor de visitantes Emerson Souza.
O g1 entrou em contato com a Administração da Ilha, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e o Conselho Distrital, para pedir respostas às reivindicações dos moradores; e com a Secretaria Estadual de Saúde, para saber sobre o quadro clínico de Emanuel Apory, mas não obteve as informações solicitadas até a última atualização desta reportagem.
Protesto fechou a BR-363
Ana Clara Marinho/TV Globo
Falta de administrador
Desde janeiro deste ano, quando Thallyta Figueirôa foi exonerada, Fernando de Noronha não tem administrador-geral. A governadora Raquel Lyra (PSC) indicou o biólogo Walber Santana para o cargo, desistiu da nomeação em março e susbtituiu a indicação pelo advogado Virgílio Oliveira, que precisa ter o nome aprovado pela Alepe.
A presidência da Assembleia informou que o indicado para a ilha só será avaliado depois que a governadora liberar o pagamento das emendas impositivas de 2024.
“Estamos à deriva, a ilha e o turismo estão prejudicados. Estamos cobrando a presença da governadora e a postura decente da Alepe, os deputados estão prejudicando Noronha. É palhaçada o que estamos vivendo”, afirmou a empresária Patrícia Dias no protesto.
Domício Cordeiro, ex-administrador de Fernando de Noronha na década de 1990, também esteve no protesto e prestou solidariedade à população local.
Rodovia interditada
O protesto foi realizado nas proximidades da entrada do Hotel de Trânsito, na Vila da Basinha, único caminho para o aeroporto da ilha. Os manifestantes liberaram apenas a passagem das ambulâncias e de veículos do Corpo de Bombeiros.
Os moradores e os turistas que tinham voos marcados tiveram que seguir a pé para o aeroporto. O cantor Ju Medeiros foi um dos passageiros que seguiu caminhado para embarcar.
“Tem que ir a pé, Noronha tem essas coisas, vamos ver se resolve isso. Preciso embarcar para cuidar da minha saúde”, disse Ju Medeiros.
O empresário Thiago dos Santos, turista de Fortaleza, passou no protesto e apoiou os moradores. “Eu cheguei na quarta (14), no meu voo tinham mais de 100 pessoas. Eu e minha esposa pagamos mais de R$ 1.600 de taxa de preservação ambiental para encontrar a população local nessa situação. Isso é uma palhaçada, é revoltante”, disse o turista.
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Relembre o caso
Emanuel Pedro Apory, que tem 26 anos e trabalha com locação de barracas de praia, foi baleado na perna pelo delegado substituto de Fernando de Noronha, Luiz Alberto Braga de Queiroz, durante um evento de samba no Forte dos Remédios;
Segundo testemunhas, tiros foram disparados após discussão provocada por ciúme;
O ambulante foi levado para Hospital São Lucas, de onde foi transferido, num avião de salvamento, para o Recife;
O paciente passou por cirurgia para corrigir uma fratura exposta na perna, no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área central da capital pernambucana;
A Polícia Civil instaurou um inquérito, conduzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), localizado no Recife;
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informou que o delegado foi ouvido e teve a arma recolhida;
Luiz Alberto Braga de Queiroz foi afastado das funções públicas por 120 dias.
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