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Com práticas de vida no campo, agrofloresta une música, educação e sustentabilidade no interior de SP: 'Resposta da terra', diz frequentador

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Com práticas de vida no campo, agrofloresta une música, educação e sustentabilidade no interior de SP: 'Resposta da terra', diz frequentador
A propriedade localizada na zona rural de Guapiaçu (SP) une cultivo agroecológico, arte e sustentabilidade, além de história e cooperativismo. Agrofloresta no interior de SP une cultivo agroecológico e cultura
Uma propriedade localizada na zona rural de Guapiaçu (SP) une cultivo agroecológico, arte e sustentabilidade. Criado como uma alternativa para gerar renda em um momento de transição do agricultor, o local se transformou em um espaço onde cultura, educação e meio ambiente se complementam.
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O sitio, que recebeu o nome de Mãeã Natureza, é uma idealização de Walter Luiz Tadini Filho, de 34 anos, e fica a 20 quilômetros de São José do Rio Preto (SP), a maior cidade do noroeste paulista.
Em entrevista ao g1, o agricultor ecológico e responsável pelo projeto explicou que o nome Mãeã une as palavras “mãe” e “manhã”, expressando tanto o feminino criador quanto o período mais propício do dia para cultivar a vida. Segundo ele, o local funciona como um organismo em equilíbrio, com um modo de vida guiado por ancestralidade, educação ambiental e práticas regenerativas. Assista o vídeo acima.
Com filosofias sobre a vida no campo, agrofloresta no interior de SP une cultivo agroecológico e cultura.
Arquivo pessoal
Inicialmente, o projeto surgiu em meados de 2018 como uma tentativa de gerar renda em meio a um momento de transição pessoal de Walter. Entretanto, com o passar do tempo e com a influência de cursos e professores, a proposta se expandiu e tornou-se um espaço onde a música e a vida no campo caminham juntas.
“A roça melhora a música e a música melhora a roça”, afirma Walter, que é também compositor e cantor.
Essa conexão se manifesta de maneira especial um café da manhã mensal que reúne famílias e amigos para uma imersão na natureza, com apresentações musicais autorais. No palco improvisado entre os canteiros, Walter compartilha canções nascidas ali mesmo, entre o plantio e a colheita.
Walter viu o espaço familiar como oportunidade de promover momentos especiais entre famílias e amigos.
Arquivo pessoal
?História ancestral
A ancestralidade também está presente na propriedade. O sítio pertence à família de Walter há mais de um século, desde que seu bisavô chegou à região de Rio Preto. “É um sentimento maravilhoso estar conectado com o passado do lugar”, conta Tadini Filho.
Para garantir a viabilidade econômica do projeto, foi criada a Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA Mãeã), com apoio de visitantes e parceiros. Hoje, famílias contribuem mensalmente para receber uma cesta com alimentos frescos e agroecológicos, uma relação de troca e confiança.
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A cesta fornecida pela CSA Mãeã conta com embalagem zero plásticos. Folhas de taioba e bananeira forram uma caixa de papelão; as amarrações também são feitas com fibra de bananeira.
Arquivo pessoal
Quem participou da CSA também leva consigo as marcas da experiência. A advogada Adri Nayane Souza de Mendonça, de 31 anos, foi integrante do grupo por cerca de um ano, antes de mudar de cidade.
À reportagem, ela contou que a vivência a fez adquirir hábitos saudáveis e conhecer mais sobre a variedade de frutas, verduras, grãos e hortaliças.
“Tive uma ótima experiência. Gostava muito da variedade de vegetais da cesta, inclusive alguns que eu nem conhecia antes. A experiência me fez ter uma relação bem diferente, mais próxima e saudável com a comida”, explica.
Além das atividades de plantio e colheita, o espaço oferece outras vivências ligadas ao bem-estar e ao cuidado com o corpo e a mente, como oficinas, rodas de conversa e práticas de yoga ao ar livre. A proposta é proporcionar um encontro integral com a natureza e com a comunidade.
A educação e a construção de um futuro mais consciente também fazem parte das atividades. Crianças visitam o local e participam do cultivo. “A natureza está mais protegida quando as crianças estão próximas dela”, acredita Walter.
As atividades variadas possibilitam que pessoas de todas as idades se sintam a vontade no sítio.
Arquivo pessoal
Victor Luiz Machado, de 34 anos, analista de dados, conheceu a Mãeã em 2022 e se encantou com a força do lugar. “Foi amor à primeira vista. Cheguei lá sem saber muito o que esperar e quando vi aquela agrofloresta produzindo tanta comida, tudo no mesmo espaço, sem veneno, só no cuidado e no respeito… Meu olho brilhou”, compartilha.
Desde então, ele virou frequentador assíduo e até foi voluntário por seis meses na propriedade. “Aprendi desde o serviço pesado — capinar no sol quente não é brincadeira — até os detalhes mais delicados, tipo transplantar muda sem machucar a raiz. E o mais incrível era ver a resposta da terra: as plantas crescendo mais fortes, os frutos aparecendo, os bichos chegando”, conta.
Walter e Victor Luiz após uma colheita na Mãeã Natureza.
Arquivo pessoal
Ao longo dos últimos sete anos, a pastagem seca foi dando lugar à agrofloresta vibrante. E os sonhos da família continuam germinando com planos para a construção de lagos naturais, novas instalações, festivais de música e encontros.
“Disputar com o agronegócio não faz sentido. A ideia não é vender um produto, é compartilhar um alimento”, resume Walter.
** Colaborou sob supervisão de Henrique Souza
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