Bauru cai para 81º lugar em ranking de saneamento básico no país
Bauru está entre as 20 piores cidades do país em análise do ranking do saneamento básico
Bauru está entre os 20 piores municípios no ranking do saneamento básico de 2025. A cidade aparece em 81º lugar no estudo sobre saneamento, realizado pelo Instituto Trata Brasil (ITB) com as 100 cidades mais populosas do país. Caiu quatro posições em relação ao ano passado, quando ocupava o 77º lugar.
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No quesito tratamento de esgoto, a situação é pior. O município está em 99º lugar, entre 100. Apenas 3,7% do esgoto é tratado em Bauru. Na cidade, o serviço é ofertado pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE), autarquia do município.
Realizado desde 2009 pelo Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados, o estudo avalia os índices de tratamento de água e esgoto nas 100 cidades mais populosas do Brasil.
O Instituto, que monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, aponta que a falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas.
Outros 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto. Para o instituto, a falta de saneamento acaba gerando problemas na saúde da população, com hospitalizações provocadas por doenças de transmitidas pela água.
A reportagem procurou a Prefeitura e o DAE, mas ainda não houve retorno.
Obras na ETE de Bauru acontecem desde 2015 e ainda não foram concluídas
Reprodução/ TV TEM
Estação de esgoto
A cidade espera resolver parte do problema com a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vargem Limpa. A obra teve início em 2015, com previsão de entrega em 2016, mas foi paralisada em 2021.
Na época, a Prefeitura anunciou o rompimento do contrato entre o município e a COM Engenharia, apontando uma série de erros na execução da obra.
Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de SP (TCE-SP) apontou que a construção da ETE Vargem Limpa é a obra municipal paralisada mais cara do estado de SP.
Até outubro de 2023, foram desembolsados mais de R$ 105,1 milhões do poder público. De acordo com o TCE-SP, no início da obra da ETE Vargem Limpa, em 2015, a previsão era de que fossem gastos R$ 129,2 milhões para a entrega da estação.
Ranking
O Ranking elaborado pelo ITB é composto pela análise de três dimensões distintas do saneamento básico de cada município: Nível de Atendimento, Melhoria do Atendimento e Nível de Eficiência . Nesta edição, Campinas (SP) foi a primeira colocada, seguida por Limeira (SP) e Niterói (RJ).
Para produzir o ranqueamento, foram levados em consideração os indicadores mais recentes do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), ano-base 2023, publicado pelo Ministério das Cidades, além de uma ponderação de pesos na evolução dos indicadores estabelecida em metodologia criada em parceria com a consultoria GO Associados.
De acordo com o Instituto, os 20 piores municípios do ranking tiveram um investimento anual médio no período de 2019 a 2023 de R$ 78,40 por habitante, cerca de 65% abaixo do patamar médio necessário para a universalização, de R$ 223,82.
O Instituto aponta que, no caso desses municípios, por terem indicadores muito atrasados e distantes da universalização, ter um investimento anual médio por habitante abaixo do significa que a tomada de decisão municipal em benefício do saneamento é urgente.
Confira outros destaques do g1
Vista aérea de Bauru: cidade está entre as 20 piores do ranking de saneamento básico, que avalia os 100 municípios mais populosos do Brasil
Fernando Savioli/TV TEM
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No quesito tratamento de esgoto, a situação é pior. O município está em 99º lugar, entre 100. Apenas 3,7% do esgoto é tratado em Bauru. Na cidade, o serviço é ofertado pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE), autarquia do município.
Realizado desde 2009 pelo Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados, o estudo avalia os índices de tratamento de água e esgoto nas 100 cidades mais populosas do Brasil.
O Instituto, que monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, aponta que a falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas.
Outros 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto. Para o instituto, a falta de saneamento acaba gerando problemas na saúde da população, com hospitalizações provocadas por doenças de transmitidas pela água.
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Estação de esgoto
A cidade espera resolver parte do problema com a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vargem Limpa. A obra teve início em 2015, com previsão de entrega em 2016, mas foi paralisada em 2021.
Na época, a Prefeitura anunciou o rompimento do contrato entre o município e a COM Engenharia, apontando uma série de erros na execução da obra.
Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de SP (TCE-SP) apontou que a construção da ETE Vargem Limpa é a obra municipal paralisada mais cara do estado de SP.
Até outubro de 2023, foram desembolsados mais de R$ 105,1 milhões do poder público. De acordo com o TCE-SP, no início da obra da ETE Vargem Limpa, em 2015, a previsão era de que fossem gastos R$ 129,2 milhões para a entrega da estação.
Ranking
O Ranking elaborado pelo ITB é composto pela análise de três dimensões distintas do saneamento básico de cada município: Nível de Atendimento, Melhoria do Atendimento e Nível de Eficiência . Nesta edição, Campinas (SP) foi a primeira colocada, seguida por Limeira (SP) e Niterói (RJ).
Para produzir o ranqueamento, foram levados em consideração os indicadores mais recentes do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), ano-base 2023, publicado pelo Ministério das Cidades, além de uma ponderação de pesos na evolução dos indicadores estabelecida em metodologia criada em parceria com a consultoria GO Associados.
De acordo com o Instituto, os 20 piores municípios do ranking tiveram um investimento anual médio no período de 2019 a 2023 de R$ 78,40 por habitante, cerca de 65% abaixo do patamar médio necessário para a universalização, de R$ 223,82.
O Instituto aponta que, no caso desses municípios, por terem indicadores muito atrasados e distantes da universalização, ter um investimento anual médio por habitante abaixo do significa que a tomada de decisão municipal em benefício do saneamento é urgente.
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