Polícia investiga estupro de vulnerável contra menina de 12 anos achada na casa de homem que conheceu em jogo online

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Inquérito policial será instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para apurar se houve o crime. A menina foi localizada em São Bernardo do Campo após cinco dias desaparecida. Adolescente de 12 anos que estava desaparecida retorna para casa em Santos
A Polícia Civil de Santos, no litoral de São Paulo, investiga se a menina de 12 anos que ficou desaparecida por cinco dias foi vítima de estupro de vulnerável. Conforme apurado pelo g1 nesta segunda-feira (14), um inquérito policial será instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para apurar se houve o crime.
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A adolescente desapareceu no dia 6 de julho e foi localizada cinco dias depois, na casa de um homem de 18 anos, em São Bernardo do Campo (SP). Na sexta-feira (11), ela retornou para Santos (SP) e prestou depoimento à Polícia Civil. Durante o período em que esteve desaparecida, a mãe informou ao g1 que a menina mantinha conversas com um homem que conheceu em um jogo online.
O delegado Thiago Nemi Bonametti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Investigação sobre Homicídios, contou que a menina disse não ter sido violentada.
Apesar disso, a polícia identificou a possibilidade de estupro de vulnerável com base nas declarações da adolescente sobre o período que esteve na casa do homem em São Bernardo do Campo. Isso porque a garota citou “relação afetiva” com ele.
Conforme apurado pelo g1, a menina contou para a polícia que mentiu a idade para o homem, dizendo que tinha 14 anos. A legislação brasileira considera que, nessa idade, uma pessoa pode consentir em relações sexuais. Porém, qualquer relação sexual com alguém com menos de 14 anos é considerada estupro de vulnerável.
Desta forma, a polícia registrou um boletim de ocorrência pelo crime e encaminhou o caso para a DDM, que irá instaurar um inquérito policial para apuração e análise de todas as circunstâncias e da existência ou não do crime de estupro de vulnerável.
O g1 apurou que o homem só deverá prestar depoimento após ser devidamente intimado no inquérito policial.
Delegado Bonametti registrou um BO sobre o caso na DDM, que vai instaurar inquérito para apurar estupro de vulnerável; tia da menina chegou a conversar com o homem que abrigou a sobrinha (à direita)
Reprodução e Arquivo pessoal
Jogo
Segundo Maria Patrícia Melo de Menezes, mãe da adolescente, a filha começou a conversar com um homem que conheceu por meio do jogo Free Fire pouco antes de sumir.
Segundo o site da Garena Free Fire, dona do aplicativo, trata-se de um jogo de batalha online pelo celular "feito para oferecer aos jogadores uma experiência social agradável". Ele pode ser baixado por qualquer pessoa, tendo classificação indicativa de 12 anos na App Store e 14 no Google Play.
O g1 não conseguiu contato com a companhia até a publicação desta reportagem.
Free Fire
TV Globo/Reprodução
Ida e retorno espontâneo
Bonametti disse que uma familiar do homem teria ido buscar a menina e a levado até a casa dele. A polícia ainda não sabe se ele estava junto, mas disse que a adolescente foi espontaneamente. "Foi consensual, apesar de ela ser uma criança praticamente, uma adolescente tecnicamente".
"Ela foi porque quis, obviamente algumas circunstâncias têm que ser verificadas exatamente. Ela não tem vontade ainda, não pode decidir sobre tudo da vida dela ainda, mas ela queria ir. Não foi forçada a ir, assim como quando quis voltar, voltou", complementou o delegado.
Delegado da (3º DEIC), Thiago Nemi Bonametti, concedeu entrevista coletiva na quarta-feira (24)
Reprodução/TV Ttribuna
Áudio um dia antes do aparecimento
A adolescente enviou um áudio à mãe na quinta-feira (11) dizendo que estava bem e na casa de uma amiga. "Mãe, eu tô bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23 eu tô em casa. Tá tudo bem, eu tô numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar", disse a menina à mãe, Maria Patricia, na quinta-feira (10) - veja a transcrição do áudio na íntegra abaixo:
"Mãe, eu tô bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23 eu tô em casa.
Tá tudo bem, eu tô numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar.
Eu não vou ter mais WhatsApp, vou desinstalar lá o WhatsApp.
Ah, e o menino acabou de me ligar aqui, ficou me ligando a noite toda, perguntando onde que eu tava, que você tava mandando mensagem pra ele. Ele tá aqui, ó, mandando eu ir pra casa. É só que eu não quero.
Dia 23 eu tô em casa, mãe. E para de mandar mensagem pra ele, que eu não tô com ele. Eu tô com minha amiga. E ele fica me ligando aqui, está me incomodando hoje.
Eu tô bem. Não precisa se preocupar, tua filha tá bem, tá bom?
Guarda compartilhada
De acordo com o delegado Bonametti, a menina estava morando há 15 dias com a mãe, que tem guarda compartilhada com a avó. Segundo ele, o fato da adolescente ter saído de casa pode indicar problemas familiares que precisam ser resolvidos.
Para a investigação, ainda não está confirmada a informação de que a menor conheceu o rapaz por meio do jogo online. "A mãe fala isso né? (que conheceu no jogo), mas a gente não tem certeza porque ela já tinha o WhatsApp do contato dele como 'amorzinho'. A gente não sabe exatamente como que eles se conheceram", disse Bonametti.
Última imagem
Imagens de câmeras de monitoramento de imóveis no bairro Marapé, obtidas pelo repórter Mozarth Dias, da TV Tribuna, afiliada da Globo, flagraram a menina caminhando na calçada da Rua Nove de julho, no dia do desaparecimento (assista acima).
A adolescente estava vestindo roupas pretas e carregando uma mochila nas costas, além do celular e uma sacola branca nas mãos. No vídeo, ela aparece caminhando rapidamente.
Em determinado momento, a menina olha para trás enquanto segue caminhando, como se tivesse visto algo. Porém, ela logo volta a olhar para frente e segue o trajeto. Em outro trecho das imagens, a adolescente aparenta mexer no celular enquanto caminha.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
A Polícia Civil de Santos, no litoral de São Paulo, investiga se a menina de 12 anos que ficou desaparecida por cinco dias foi vítima de estupro de vulnerável. Conforme apurado pelo g1 nesta segunda-feira (14), um inquérito policial será instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para apurar se houve o crime.
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A adolescente desapareceu no dia 6 de julho e foi localizada cinco dias depois, na casa de um homem de 18 anos, em São Bernardo do Campo (SP). Na sexta-feira (11), ela retornou para Santos (SP) e prestou depoimento à Polícia Civil. Durante o período em que esteve desaparecida, a mãe informou ao g1 que a menina mantinha conversas com um homem que conheceu em um jogo online.
O delegado Thiago Nemi Bonametti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Investigação sobre Homicídios, contou que a menina disse não ter sido violentada.
Apesar disso, a polícia identificou a possibilidade de estupro de vulnerável com base nas declarações da adolescente sobre o período que esteve na casa do homem em São Bernardo do Campo. Isso porque a garota citou “relação afetiva” com ele.
Conforme apurado pelo g1, a menina contou para a polícia que mentiu a idade para o homem, dizendo que tinha 14 anos. A legislação brasileira considera que, nessa idade, uma pessoa pode consentir em relações sexuais. Porém, qualquer relação sexual com alguém com menos de 14 anos é considerada estupro de vulnerável.
Desta forma, a polícia registrou um boletim de ocorrência pelo crime e encaminhou o caso para a DDM, que irá instaurar um inquérito policial para apuração e análise de todas as circunstâncias e da existência ou não do crime de estupro de vulnerável.
O g1 apurou que o homem só deverá prestar depoimento após ser devidamente intimado no inquérito policial.
Delegado Bonametti registrou um BO sobre o caso na DDM, que vai instaurar inquérito para apurar estupro de vulnerável; tia da menina chegou a conversar com o homem que abrigou a sobrinha (à direita)
Reprodução e Arquivo pessoal
Jogo
Segundo Maria Patrícia Melo de Menezes, mãe da adolescente, a filha começou a conversar com um homem que conheceu por meio do jogo Free Fire pouco antes de sumir.
Segundo o site da Garena Free Fire, dona do aplicativo, trata-se de um jogo de batalha online pelo celular "feito para oferecer aos jogadores uma experiência social agradável". Ele pode ser baixado por qualquer pessoa, tendo classificação indicativa de 12 anos na App Store e 14 no Google Play.
O g1 não conseguiu contato com a companhia até a publicação desta reportagem.
Free Fire
TV Globo/Reprodução
Ida e retorno espontâneo
Bonametti disse que uma familiar do homem teria ido buscar a menina e a levado até a casa dele. A polícia ainda não sabe se ele estava junto, mas disse que a adolescente foi espontaneamente. "Foi consensual, apesar de ela ser uma criança praticamente, uma adolescente tecnicamente".
"Ela foi porque quis, obviamente algumas circunstâncias têm que ser verificadas exatamente. Ela não tem vontade ainda, não pode decidir sobre tudo da vida dela ainda, mas ela queria ir. Não foi forçada a ir, assim como quando quis voltar, voltou", complementou o delegado.
Delegado da (3º DEIC), Thiago Nemi Bonametti, concedeu entrevista coletiva na quarta-feira (24)
Reprodução/TV Ttribuna
Áudio um dia antes do aparecimento
A adolescente enviou um áudio à mãe na quinta-feira (11) dizendo que estava bem e na casa de uma amiga. "Mãe, eu tô bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23 eu tô em casa. Tá tudo bem, eu tô numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar", disse a menina à mãe, Maria Patricia, na quinta-feira (10) - veja a transcrição do áudio na íntegra abaixo:
"Mãe, eu tô bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23 eu tô em casa.
Tá tudo bem, eu tô numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar.
Eu não vou ter mais WhatsApp, vou desinstalar lá o WhatsApp.
Ah, e o menino acabou de me ligar aqui, ficou me ligando a noite toda, perguntando onde que eu tava, que você tava mandando mensagem pra ele. Ele tá aqui, ó, mandando eu ir pra casa. É só que eu não quero.
Dia 23 eu tô em casa, mãe. E para de mandar mensagem pra ele, que eu não tô com ele. Eu tô com minha amiga. E ele fica me ligando aqui, está me incomodando hoje.
Eu tô bem. Não precisa se preocupar, tua filha tá bem, tá bom?
Guarda compartilhada
De acordo com o delegado Bonametti, a menina estava morando há 15 dias com a mãe, que tem guarda compartilhada com a avó. Segundo ele, o fato da adolescente ter saído de casa pode indicar problemas familiares que precisam ser resolvidos.
Para a investigação, ainda não está confirmada a informação de que a menor conheceu o rapaz por meio do jogo online. "A mãe fala isso né? (que conheceu no jogo), mas a gente não tem certeza porque ela já tinha o WhatsApp do contato dele como 'amorzinho'. A gente não sabe exatamente como que eles se conheceram", disse Bonametti.
Última imagem
Imagens de câmeras de monitoramento de imóveis no bairro Marapé, obtidas pelo repórter Mozarth Dias, da TV Tribuna, afiliada da Globo, flagraram a menina caminhando na calçada da Rua Nove de julho, no dia do desaparecimento (assista acima).
A adolescente estava vestindo roupas pretas e carregando uma mochila nas costas, além do celular e uma sacola branca nas mãos. No vídeo, ela aparece caminhando rapidamente.
Em determinado momento, a menina olha para trás enquanto segue caminhando, como se tivesse visto algo. Porém, ela logo volta a olhar para frente e segue o trajeto. Em outro trecho das imagens, a adolescente aparenta mexer no celular enquanto caminha.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
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