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É #FAKE vaquinha para pagar translado de corpo de Juliana Marins ao Brasil; família alerta para golpe

É #FAKE vaquinha para pagar translado de corpo de Juliana Marins ao Brasil; família alerta para golpe
Mais de 80 anúncios falsos circulam nas redes sociais da Meta após brasileira ter sido encontrada sem vida na Indonésia; golpe já recebeu mais de R$ 14,3 mil de doadores. Uma das fraudes adultera reportagem do g1. É #FAKE vaquinha solidária para pagar translado de corpo de Juliana Marins; família alerta para golpe
Reprodução
Circulam nas redes sociais anúncios que divulgam uma vaquinha solidária para pagar pelo translado do corpo de Juliana Marins, brasileira que foi encontrada morta em 24 de junho após cair, três dias antes, em uma trilha do Monte Rinjani, na Indonésia. É #FAKE.
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Como são os anúncios falsos?
Os anúncios circulam nas redes sociais da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads) desde 25 de junho, um dia depois de Juliana Marins ter sido encontrada morta. O Fato ou Fake encontrou 85 propagandas vinculadas ao perfil "Vaquinha Solidária", do Facebook, que divulgam a arrecadação mentirosa. Na seção de avaliações da página, usuários comentaram que a conta aplica golpes.
Uma das versões da propaganda falsa usa um vídeo adulterado de Mariana Marins, irmã da publicitária, no qual ela aparece dizendo: "Venho pedir a ajuda de todos para arrecadarmos o valor de R$ 50 mil reais, necessário pra trazer o corpo da nossa querida irmã de volta para o Brasil [...]".
Outro anúncio adultera um vídeo do g1 para fazer parecer que a repórter Juliene Moretti estava pedindo que as vítimas clicassem no botão "saiba mais" para realizar a doação para a família.
A gravação também teve áudio manipulado.
Todos os anúncios levam para uma página enganosa, que imita a aparência do site "Vakinha" e exibe este título: "Ajude a trazer Juliana de volta para casa". O valor arrecadado até a última atualização desta reportagem era de R$ 14,3 mil, enviado por 289 apoiadores.
⚠️ Por que isso é mentiroso?
A família de Juliana publicou dois alertas sobre golpes com vaquinhas falsas, informando que não organizou qualquer tipo de arrecadação online. "Já dissemos e repetimos: a família não abriu nenhum vaquinha! Não doem! É fake!", diz um post publicado nesta quinta-feira (26), no perfil @resgatejulianamarins, usado pelos familiares para divulgar informações desde o início das buscas pela publicitária.
Além disso, os vídeos usados nos anúncios também não reais: as falas foram manipuladas com inteligência artificial. O Fato ou Fake submeteu as duas gravações à plataforma Hiya, que identifica áudios criados ou manipulados com esse recurso. Resultado da verificação: em uma escala de 0 a 100 de "nível de autenticidade", os áudios obtiveram a pontuação de 1 – trata-se, portanto, de um deepfake (artificial).
Na gravação verdadeira, a irmã de Juliana fala sobre as dificuldades de enviar um helicóptero para ajudar no resgate na Indonésia. O post autêntico está disponível na conta do Instagram criada pela família, publicado em 21 de junho deste ano.
Já o anúncio com a repórter Juliene Moretti usou um vídeo publicado em 24 de junho deste ano no g1. Originalmente, o post conta sobre a trajetória de vida da publicitária (veja abaixo).
Quem foi Juliana Marins, brasileira morta na Indonésia
Quem pagará pelo translado?
A legislação brasileira não prevê que o governo arque com o translado do corpo de brasileiros mortos no exterior. Dessa forma, os custos teriam que ser bancados por familiares e amigos da jovem.
Nesta quarta-feira (25), a prefeitura de Niterói, cidade onde Juliana morava, afirmou que assumirá o translado do corpo até o Brasil. O anúncio foi feito pelo prefeito Rodrigo Neves, em suas redes sociais:
"Hoje mais cedo conversei com Mariana, irmã de Juliana Marins, e assumimos o compromisso da prefeitura com o translado de Juliana da Indonésia para nossa cidade, onde será velada e sepultada. Que Deus conforte o coração da família linda de Juliana e todos seus amigos e amigas ??????", escreveu.
Já nesta quinta-feira (26), o presidente Lula escreveu em sua conta oficial do X que ligou para o pai de Juliana Marins e disse que o Itamaraty deve "prestar todo o apoio" para trazer o corpo da jovem ao Brasil.
Antes, o jogador Alexandre Pato também havia oferecidos ajuda à família para bancar a quantia. A TV Globo confirmou a informação da oferta, mas ainda não se sabe se a família da jovem aceitou a proposta.
Família de Juliana Marins alerta para golpes com vaquinhas falsas na internet.
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? O que diz a Meta?
Procurada pelo Fato ou Fake para comentar os anúncios golpistas, a assessoria de imprensa da Meta não havia respodindo até a última atualização desta reportagem.
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