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Prótese mais leve e barata é desenvolvida por pesquisadores da Unesp de Bauru

Prótese mais leve e barata é desenvolvida por pesquisadores da Unesp de Bauru
Dispositivo tem custo 45% menor que modelo do SUS, melhora estabilidade e reduz esforço na caminhada. Iniciativas do interior de SP transformam a vida de amputados com inovação e apoio social
Jornal da Unesp/Reprodução
Uma pesquisa de mestrado da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru (SP) desenvolveu uma prótese para membros inferiores que promete melhorar a autonomia de pessoas amputadas com menor custo e mais leveza.
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O protótipo foi produzido com aço inoxidável e polipropileno, pesa 740 gramas e pode custar cerca de R$ 2.500, quase metade do valor do modelo atual oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que custa R$ 4,6 mil e pesa 890 gramas.
Além da redução no peso e no custo, o modelo criado pelos pesquisadores tem uma mola interna com ajuste de flexão e extensão e uma trava automática. Essas adaptações aumentam a estabilidade, diminuem o esforço na caminhada e reduzem a necessidade de manutenção.
Carlos Roberto Grandini, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais e responsável pelo Laboratório de Anelasticidade e Biomateriais da Unesp, explica que o novo dispositivo alia baixo custo, leveza e resistência, com ajustes de flexão e extensão personalizados para cada usuário.
"Frente à escassez de soluções acessíveis e adequadas, a pesquisa de novos biomateriais que sejam capazes de reduzir peso e custo e aumentar a durabilidade aparece como caminho para ampliar a autonomia e a inclusão social de pessoas amputadas no Brasil".
Os primeiros testes clínicos com três pacientes mostraram melhora na autonomia e aumento da distância percorrida por dia. A próxima fase da pesquisa vai ampliar o número de voluntários para verificar se os benefícios se mantêm em diferentes perfis clínicos.
Alta demanda por próteses no país
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, cerca de cinco milhões de brasileiros com 60 anos ou mais têm algum grau de deficiência em membros inferiores. Entre os casos registrados, 85% passaram por amputações acima ou abaixo do joelho, provocadas principalmente por complicações vasculares como diabetes, além de traumas, infecções e tumores.
As complicações da amputação impactam diretamente a mobilidade das pessoas e comprometem atividades básicas do dia a dia, o convívio social e a qualidade de vida.
Hoje, o SUS oferece gratuitamente uma prótese de aço inoxidável. No entanto, o modelo demanda maior esforço físico para caminhar, eleva o risco de quedas e precisa de manutenção com frequência.
Acidentes de moto são principais causas de amputação
Um levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) apontou que 66% das vítimas de acidentes atendidas pelo SUS estavam em motocicletas. Em muitos casos, a consequência mais grave é a amputação de membros.
Em Bauru (SP), o SUS também oferece suporte a pessoas amputadas. Além do atendimento médico, os pacientes recebem próteses personalizadas feitas com ajuda de tecnologia 3D, que modela os dispositivos em resina e fibra de carbono de acordo com a necessidade de cada paciente.
Jhonatan Martins Ribeiro, por exemplo, perdeu a perna em um acidente de moto em 2024. Com a ajuda de amigos, conseguiu comprar uma prótese após a reabilitação. Ele lembra a insegurança no início do processo. "Na hora é aquele mix de sentimentos, porque a gente não sabe como vai ser a vida, a gente não conhece ninguém próximo que isso já ocorreu, então a gente fica nessa rua que a gente não sabe para onde ir".
Hoje, Jhonatan é técnico de um time amador em Bauru e retomou a autonomia com apoio do projeto Anjos Sem Perna, criado pelo fisioterapeuta Mateus Andreo.
Mateus também é amputado. Ele perdeu a perna em um acidente de moto há cinco anos e, desde então, realiza atendimentos voluntários uma vez por semana para pessoas que não têm condições de pagar pelo tratamento.
"Com certeza faz uma diferença absurda. Primeiro que eu consigo perceber o que eles estão passando e poder mostrar para eles que é possível através do exemplo", diz o fisioterapeuta.
Iniciativas do interior de SP transformam a vida de amputados com inovação e apoio social
TV TEM/Reprodução
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