Bombardeios mais intensos levam comitiva do DF de volta a bunker em Israel e ampliam dúvida sobre saída pela Jordânia

Israel está em guerra com o Irã, e saída das autoridades depende das condições de segurança. Segundo relatos, situação piorou na manhã desta terça. Bombardeios levam comitiva do DF de volta a bunker em Israel
O secretário de Relações Internacionais do Distrito Federal, Paco Britto, informou nesta terça-feira (17) à GloboNews que novos bombardeios pela manhã fizeram com que os secretários distritais que estão em Israel tivessem de se dirigir a um "bunker" no hotel onde estão hospedados. As autoridades estão seguras.
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Segundo os relatos feitos pelos secretários a Paco Britto, esta foi a primeira vez que, durante o dia, o grupo precisou se dirigir ao "bunker", o que indica agravamento da situação.
Secretário de Agricultura do GDF, Rafael Bueno, postou foto em Israel durante missão.
Redes sociais/Reprodução
As autoridades do governo do Distrito Federal (GDF) que estão em Israel são:
Marco Antônio Costa (Ciência e Tecnologia);
Ana Paula Soares Marra (Desenvolvimento Social);
Rafael Bueno (Agricultura);
José Eduardo Pereira Filho (Consórcio Brasil Central).
De acordo com Britto, a previsão é que a comitiva com secretários de Brasília deixe Israel nesta quarta (18) ou quinta-feira (19), dependendo das condições de segurança.
O trajeto provável para o grupo é deixar Tel Aviv e seguir em direção à Jordânia, onde o governo já autorizou a entrada de brasileiros após uma negociação entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o chanceler jordaniano, Ayman Safadi.
Diferentemente de um outro grupo de brasileiros que precisou se deslocar para a Arábia Saudita, o grupo de secretários do DF, segundo Paco Britto, embarcará na Jordânia em direção ao Brasil.
A locomoção para a Jordânia é necessária pois o espaço aéreo em Israel está fechado desde que a escalada da tensão na região nos últimos dias.
Tensão no Oriente Médio
Israel e Irã entram no quinto dia de agressões
Israel enfrenta uma guerra com o Irã desde que o governo de Benjamin Netanyahu decidiu atacar instalações militares iranianas, na semana passada. Desde então, os dois países têm se atacado mutuamente, levando a centenas de mortes, além de destruição em massa.
O cenário em Israel é ainda mais delicado porque o país também enfrenta uma guerra com o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e com o grupo terrorista Hezbollah, no Líbano.
Em recente nota divulgada acerca do conflito, na qual o Brasil disse avaliar que o ataque israelense fere a soberania iraniana, o Ministério das Relações Exteriores reforçou a orientação dada desde 2023 para que brasileiros evitem viajar para Israel em razão da "escalada das tensões".
Repatriação
Integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB) relataram à Globonews que a corporação está pronta para agir "a qualquer momento" caso o presidente Lula determine uma operação de repatriação dos brasileiros que estiverem em Israel e desejarem retornar ao país.
A GloboNews apurou que o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad, já foi comunicado pela FAB sobre o assunto.
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