Mergulhador salva raia apelidada de ‘Cláudia Arraia’ que estava presa com anzol em Fernando de Noronha; VÍDEO

Wagner Silva fez o mergulho na região do Porto de Santo Antônio e fez a remoção do anzol. Mergulhador remove anzol preso em raia em Fernando de Noronha e salva animal
O mergulhador Wagner Fernando da Costa Silva realizou uma operação de retirada de um anzol, que estava preso a uma raia, em Fernando de Noronha (veja vídeo acima). O animal foi identificado na região no Porto de Santo Antônio e até ganhou o nome ‘Cláudia Arraia’, uma homenagem à atriz Claudia Raia.
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Nesta quarta (11), Wagner contou como aconteceu a ação, que ocorreu no domingo (8). O animal, que estava numa profundidade de seis metros, é conhecido das pessoas que mergulham na área portuária.
“Essa raia é conhecida na região do Porto, ela já é vista há três anos e é fácil de identificar porque está sem cauda e tem uma marca de mordida de tubarão na bochecha. Eu vi que a raia estava com aquele anzol e resolvi ajudar”, falou o mergulhador.
Wagner Silva explicou que o animal estava debilitado. “No final da linha do anzol havia três bolos de sargaço, que pesavam. A raia estava muito cansada, por isso não foi difícil e eu consegui retirar o anzol”, relatou Wagner.
A operação foi registrada pelo cinegrafista Mateus Hamermüller da Costa. Os profissionais do mergulho ficaram satisfeitos com o sucesso da remoção do anzol.
“Ficamos felizes em ajudar, quando tem uma tartaruga ferida, por exemplo, fazemos contato com o pessoal do Projeto Tamar. Nós realizamos uma comunicação integrada para colaborar com a preservação de Fernando de Noronha”, comemorou Wagner Silva.
Raia foi resgatada por mergulhador em Noronha
Mateus Hamermüller da Costa/Acervo pessoal
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Importância da ação
A coordenadora do Projeto Tubarões e Raias de Noronha, Bianca Rangel, que também é pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), avaliou a importância da ação para a conservação das espécies.
“A colaboração de mergulhadores, guias e turistas é importante para o monitoramento e para a gente saber o grau do impacto humano nos animais. Além disso, essa ação foi crucial para o bem-estar dessa raia”, declarou a pesquisadora.
Bianca Rangel enfatizou que o trabalho foi feito por mergulhadores experientes. A operação não deve ser executada por pessoas sem preparo.
“No caso dessa raia, nós avaliamos que o risco foi muito baixo porque o animal está sem cauda, isso não oferece perigo. O animal também é conhecido na região e as pessoas sabem do comportamento. Essa operação merece aplausos. Nós achamos que ações deste tipo não devem ser feitas por pessoas sem treinamento”, avaliou Bianca Rangel.
A pesquisadora informou que as pessoas que identificarem animais marinhos com problemas devem fotografar ou filmar e entrar em contato com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) ou o Projeto Tubarões e Raias de Noronha.
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