Senado avalia pautar IOF ainda nesta quarta e líderes veem chances de levar tema ao plenário no mesmo dia

O Senado avalia pautar ainda nesta quarta-feira (25) o projeto de decreto legislativo (PDL) que derruba o decreto do governo do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Dois líderes do Senado confirmaram ao blog que, se a Câmara apreciar cedo a medida, é possível levar o tema direto ao Plenário ainda nesta quarta.
"É uma tese, não está descartado. Vamos ver o grau da temperatura que a coisa avança. Depende da escalada da tensão até mais tarde", disse um líder do Senado.
Câmara aprova urgência do projeto pra derrubar decreto do governo de aumento do IOF
A votação de uma proposta no mesmo dia nas duas Casas é uma situação rara. E costuma ocorrer sempre que há um projeto prioritário, com prazo para ser votado.
No entanto, há insatisfação generalizada em relação à execução das emendas e também com a audiência marcada pelo ministro Flávio Dino na próxima sexta (27) para discutir constitucionalidade das emendas impositivas.
"Ninguém consegue desvincular o Dino do governo. Foi o governo que indicou o nome dele, o governo que defendeu o nome dele e o governo pediu votos por ele. Então, não faz sentido agora esse papo de independência", relatou o líder.
Líderes da Câmara afirmam que Motta não pautaria o projeto sem a garantia de que o Senado também votaria. Resta saber se isso ocorre no mesmo dia ou não.
"A informação que eu tenho é de que o Senado vai pautar também, senão o Hugo não compraria essa briga sozinho. E de que seria ainda hoje", informou um líder da Câmara.
Presidente do Senado, Senador Davi Alcolumbre e Deputado Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, em 4 de junho de 2025.
Ton Molina/Foto Arena/Estadão Conteúdo
Surpresa
A decisão de pautar o assunto na sessão desta quarta (25), que é virtual, pegou o governo de surpresa. Governistas ficaram sabendo da decisão de Motta pelo X. Uma reunião de emergência foi marcada pela ministra Gleisi Hoffmann nesta manhã.
O governo tenta argumentar que a suspensão do decreto do IOF dificultará ainda mais a execução orçamentária e, por isso, impactará nas emendas parlamentares.
O projeto não constava na ordem do dia desta quarta-feira (25). O presidente da Câmara informou aos líderes sobre a inclusão desse texto compartilhando uma postagem dele mesmo no X no grupo de WhatsApp dos líderes às 23h39 desta terça (24).
Na manhã desta quarta (25), líderes do Centrão responderam com um "de acordo". Já líderes de esquerda, como Pedro Campos (PSB-PE) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), questionaram o fato do projeto ser pautado sem conversa prévia e em cima da hora.
A inclusão do mérito da proposta na ordem do dia foi uma das demandas da oposição em um café realizado com Motta na quarta passada (18).
O presidente da Câmara escolheu para relatar o projeto o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO). O PL vinha pedindo o nome dele para relatar a CPMI do INSS, mas Motta já sinalizou que o nome escolhido para relator deve ser de Centro.
Dois líderes do Senado confirmaram ao blog que, se a Câmara apreciar cedo a medida, é possível levar o tema direto ao Plenário ainda nesta quarta.
"É uma tese, não está descartado. Vamos ver o grau da temperatura que a coisa avança. Depende da escalada da tensão até mais tarde", disse um líder do Senado.
Câmara aprova urgência do projeto pra derrubar decreto do governo de aumento do IOF
A votação de uma proposta no mesmo dia nas duas Casas é uma situação rara. E costuma ocorrer sempre que há um projeto prioritário, com prazo para ser votado.
No entanto, há insatisfação generalizada em relação à execução das emendas e também com a audiência marcada pelo ministro Flávio Dino na próxima sexta (27) para discutir constitucionalidade das emendas impositivas.
"Ninguém consegue desvincular o Dino do governo. Foi o governo que indicou o nome dele, o governo que defendeu o nome dele e o governo pediu votos por ele. Então, não faz sentido agora esse papo de independência", relatou o líder.
Líderes da Câmara afirmam que Motta não pautaria o projeto sem a garantia de que o Senado também votaria. Resta saber se isso ocorre no mesmo dia ou não.
"A informação que eu tenho é de que o Senado vai pautar também, senão o Hugo não compraria essa briga sozinho. E de que seria ainda hoje", informou um líder da Câmara.
Presidente do Senado, Senador Davi Alcolumbre e Deputado Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, em 4 de junho de 2025.
Ton Molina/Foto Arena/Estadão Conteúdo
Surpresa
A decisão de pautar o assunto na sessão desta quarta (25), que é virtual, pegou o governo de surpresa. Governistas ficaram sabendo da decisão de Motta pelo X. Uma reunião de emergência foi marcada pela ministra Gleisi Hoffmann nesta manhã.
O governo tenta argumentar que a suspensão do decreto do IOF dificultará ainda mais a execução orçamentária e, por isso, impactará nas emendas parlamentares.
O projeto não constava na ordem do dia desta quarta-feira (25). O presidente da Câmara informou aos líderes sobre a inclusão desse texto compartilhando uma postagem dele mesmo no X no grupo de WhatsApp dos líderes às 23h39 desta terça (24).
Na manhã desta quarta (25), líderes do Centrão responderam com um "de acordo". Já líderes de esquerda, como Pedro Campos (PSB-PE) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), questionaram o fato do projeto ser pautado sem conversa prévia e em cima da hora.
A inclusão do mérito da proposta na ordem do dia foi uma das demandas da oposição em um café realizado com Motta na quarta passada (18).
O presidente da Câmara escolheu para relatar o projeto o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO). O PL vinha pedindo o nome dele para relatar a CPMI do INSS, mas Motta já sinalizou que o nome escolhido para relator deve ser de Centro.
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